Em um episódio mal explicado, deputado demitiu em abril 17 funcionários do gabinete e da bancada do PSD
O gabinete do deputado estadual Mário Jardel (PSD) já tinha se tornado alvo de polêmica em abril. Em um dia, o parlamentar demitiu 17 funcionários do gabinete e da bancada do PSD e se afastou do trabalho alegando motivo de saúde.
Ao retornar, uma semana depois, reclamou que não conseguia mandar na própria equipe e que estava "vendo coisas erradas". Em entrevista coletiva na sede do partido, ele disse à época:
— Fazia tempo que eu não estava dormindo direito. Tanto é que eu pedi um atestado de alguns dias, por não estar tomando conta do meu gabinete. Foi uma decisão técnica. Poucos fariam o que eu fiz, e acho que eu entrei para a história da política gaúcha. Em pouco tempo que eu estava na política, eu vi que não era do jeito que deveria ser.
Ele não explicou o que ocorria no gabinete, mas logo surgiram gravações apontando para uma forte disputa por cargos. A medida adotada por Jardel causou o rompimento de relações com seu principal apoiador na política, o deputado federal e vice-presidente do PSD no Estado Danrlei de Deus. Danrlei criticou o modo de agir do ex-companheiro de futebol.
– Não quero relacionar-me publicamente com quem conduz seu mandato e sua vida da maneira como meu ex-colega demonstrou que vai conduzir – disse o ex-goleiro do Grêmio, companheiro de Jardel na campanha vitoriosa da Libertadores de 1995.
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Envolvido em polêmicas, Jardel garantiu: "Quero fazer um mandado digno"
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Jardel saiu do episódio anunciando querer ser um político digno, a exemplo de seu desempenho em campo:
— Eu quero fazer um mandato digno de Jardel dentro de campo. Quero fazer um gol. Gol da Educação, do Esporte. E é o que eu vou fazer daqui pra frente, agora que tá no meu controle, é o que eu vou fazer.
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Em nota, Danrlei rompe relação política e pessoal com Jardel
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Confira trechos da entrevista coletiva, realizada em abril:
A Operação Gol Contra aponta que Jardel montou um "permanente esquema delituosos com inúmeros desvios de verbas públicas, concussões, falsidades documentais e, em especial, lavagem de dinheiro." Para o MP, a mudança da estrutura do gabinete foi voltada "para o enriquecimento exclusivo do parlamentar".