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sábado, 8 de agosto de 2015

Hospitais em emergência: Prefeitura de Porto Alegre tenta obter repasses por via judicial

Por meio de ação judicial e de mandado de segurança, a Prefeitura de Porto Alegre tentará garantir os repasses para a saúde. O Estado deve R$ 60,3 milhões desde 2014 à cidade. “Estamos lidando com a vida das pessoas. A saúde deve ser sagrada”, afirmou ontem o prefeito José Fortunati. O fechamento de leitos em função do endividamento dos hospitais, desatualização da tabela do SUS e atraso do encaminhamento de recursos têm aumentado a demanda. A situação beira o colapso.
A contratualização com os governos estadual e federal preconiza 60% do atendimento para moradores de Porto Alegre e o restante para o Interior. Mas, do total de usuários de atendimento de alta complexidade, 64,3% são de outros municípios. “O número de pacientes de Porto Alegre não diminuiu. Estamos atendendo mais pessoas”, observou Fortunati. Na média complexidade, 56,2% são da Capital e 43,8% do Interior.
Constitucionalmente, as prefeituras têm obrigação de destinar 15% do orçamento para a saúde. Porto Alegre, assim como a média, reverte 23%. O secretário municipal Fernando Ritter disse que o Executivo está trabalhando para reorganizar o fluxo de pacientes e deve criar uma “sala de situação” para manter emergências. “A disputa por espaço aumentou. A água bateu no pescoço e já passou”, resumiu Ritter, dizendo que a prefeitura está tirando de outras áreas para destinar à saúde.


Fonte: Correio do Povo, página 13 de 10 de julho de 2015.