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segunda-feira, 15 de junho de 2015

HSBC negocia venda com três bancos

Bradesco, Santander e Itaú teriam feito ofertas pela operação no país

Londres – O HSBC Holdings, maior banco da Europa, informou ontem um plano estratégico para restaurar lucros até 2017. Pela manhã chegou a ser noticiado o encerramento das atividades no Brasil. Em nota emitida pela instituição, porém, o HSBC Brasil afirmou estar em processo de venda e não de encerramento de operações: “O banco segue operando, e mesmo após a venda, seguirá prestando serviços a clientes”. A notícia provocou manifestações de funcionários.
A instituição também deverá eliminar quase 50 mil postos de trabalho no mundo na tentativa de reduzir custos de até 5 bilhões de dólares. Fontes afirmam que o banco negocia a venda das operações no Brasil com o Bradesco, o Santander e o Itaú. Conforme a instituição, 25 mil empregos serão cortados na venda das operações no Brasil e na Turquia, mas há informação sobre quando isso aconteceria. No caso do Brasil, o HSBC só continuaria funcionando para grandes decorações. Deverão ser cortadas de 20 mil a 25 mil vagas em tempo integral, ou 10% da força de trabalho. Somente no Reino Unido 8 mil postos poderão ser fechados.
Fontes próximas à negociação afirmaram que o Bradesco deve desembolsar entre 3,2 bilhões e 4 bilhões de dólares pela unidade brasileira do HSBC, que não é rentável. Em 2014, houve prejuízo de R$ 441 milhões. No Brasil há 853 agências. O Bradesco estaria disposto a pagar em dinheiro, segundo as fontes. Além disso, teria mais facilidade de integrar os ativos e de obter aprovação do governo do que um banco estrangeiro como o Santander, que também fez uma oferta. A compra, no entanto, não seria suficiente para o Bradesco passar o Itaú Unibanco em ativos. O HSBC é o sexto maior banco do país em ativos, segundo os balanços das instituições. O Bradesco passaria a ter R$ 1,18 trilhão em ativos, comparado com R$ 1,3 trilhão do Itaú. O Banco do Brasil é o maior, com R$ 1,54 trilhão. O Itaú, apesar de ter feito oferta, teria menos interesse por já ter o maior valor de mercado no Brasil. O Goldman Sachs Group coordena a venda.


Fonte: Correio do Povo, página 8 de 10 de junho de 2015.