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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Governo prepara pacote trabalhista que deve somar R$ 10 bi, diz ministro

O governo federal prepara mais um pacote envolvendo programas trabalhistas que deve somar, entre aumento de arrecadação e corte de gastos, R$ 10 bilhões neste ano.

Em visita à sede da Força Sindical, em São Paulo, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou hoje que entre as medidas estão o aumento de fiscalização nas empresas e a redução de despesas com programas relacionados à saúde do trabalho. Os detalhes das ações devem ser anunciados até março.

Apesar de procurar reduzir despesas em mais programas trabalhistas, o ministro afirmou aos sindicalitas que não vai haver redução de investimentos em benefícios sociais. Na sede da central sindical, Dias ouviu muitas críticas relacionadas a regras que já foram alteradas, como a de concessão do seguro-desemprego.

Segundo Dias, cerca de R$ 2,7 bilhões seriam obtidos com o incremento da fiscalização eletrônica. Esse tipo de ação aumenta o universo de empresas fiscalizadas, coibindo inadimplência e fraude no pagamento de contribuições, como o FGTS. A fiscalização eletrônica foi lançada em abril do ano passado. Na ocasião, o ministério informou que ela se restringiria ao pagamento do FGTS. Depois, seria expandida para o cumprimento de cota de aprendizes, dimensionamento de serviços especializados em segurança, prevenção de acidentes de trabalho, etc. O governo estima que só no FGTS a sonegação seja de 7% a 8% dos valores pagos, que somaram R$ 94 bilhões em 2013, no dado mais recente disponível.

Segundo Dias, a fiscalização eletrônica também deve ajudar a elevar a cobrança de multas das empresas que desrespeitam as regras trabalhistas.

O ministro ainda afirmou hoje que outros R$ 2,6 bilhões viriam da formalização de 500 mil trabalhadores. Segundo ele, existem hoje cerca de 14 milhões a 15 milhões de trabalhadores nessa situação. Ele não detalhou como vai colocar todo esse contingente no mercado formal. Em outra frente, o Ministério vai tentar reduzir os gastos relacionados à saúde do trabalho, que custam algo em torno de R$ 70 bilhões por ano. "Vamos nos debruçar sobre as planilhas para saber o que pode ser otimizado", afirmou.
Fonte: Folha Online - 09/02/2015 e Endividado
 

Mercado financeiro prevê inflação de 7,15% para 2015

Analistas estimam, ainda, que o país terá crescimento zero do Produto Interno Bruto este ano

Rio - O mercado financeiro voltou a elevar a previsão de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2015, de 7,01% para 7,15%. Para 2016, a expectativa é que a inflação feche em 5,6%. Analistas estimam, ainda, que o país terá crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país) este ano. As projeções estão no boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC).

A previsão para fechamento, em 2015, dos preços administrados — que são os regulados pelo governo, como gasolina e energia — também piorou, subindo de 9% para 9,48%. A projeção da taxa de câmbio foi mantida em R$ 2,80 para o fim deste ano.

Com relação à Selic, taxa básica de juros da economia, o Focus manteve a projeção de que ela encerrará este ano em 12,5% ao ano. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano, patamar atingido após o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciar decisão de elevá-la em 0,5 ponto percentual, no último dia 21 de janeiro.

A dívida líquida do setor público foi estimada em 37,2% do PIB. No setor externo, o déficit em conta-corrente, o indicador que mede o desequilíbrio das contas externas, foi mantido em US$ 78 bilhões. O saldo estimado para a balança comercial segue em US$ 5 bilhões.

Os investimentos estrangeiros diretos (IED) previstos deverão permanecer em US$ 60 bilhões. Por fim, a previsão de crescimento da produção industrial recuou de 0,5%, na semana passada, para 0,44%. O Focus é uma pesquisa semanal do Banco Central. As estimativas divulgadas nesta segunda-feira são avaliações feitas por instituições financeiras na semana passada.
Fonte: Agência Brasil - 09/02/2015 e Endividado


 
Em 2014, quatro pacientes do Hospital de Clínicas precisaram de transplante de córnea em função de infecções
 
zhora.co
 
 

Confiança do consumidor cai onze pontos por falta d′água

Aumento de preços dos alimentos e de tarifas (como de energia elétrica) também podem ter levado à forte queda no Índice Nacional de Confiança

A crise hídrica e a piora nas condições de crédito fizeram a confiança dos brasileiros despencar 11 pontos em janeiro de 2015 sobre o último mês de 2014. É o que revela o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em janeiro, o INC marcou 137 pontos; em dezembro, eram 148 pontos. O aumento de preços dos alimentos em razão da seca e a elevação de tarifas, como de energia elétrica, também podem ter levado à forte queda na confiança.

O índice, encomendado pela ACSP ao Instituto Ipsos, varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo. A margem de erro é de três pontos. As entrevistas foram feitas entre os dias 16 e 31 de janeiro.

"Foi uma queda generalizada nas regiões e classes sociais. E pioraram também os indicadores que medem a percepção do consumidor em relação à sua situação financeira, ao seu emprego e ao seu consumo", avalia Rogério Amato, que preside a ACSP e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

O maior pessimismo pode ser explicado pela crise hídrica e pela possibilidade, também, de crise elétrica. "Os debates sobre esses temas estão sendo intensificados, deixando os consumidores mais pessimistas e cautelosos", diz o dirigente.

Outra razão para o menor otimismo do brasileiro em janeiro é a restrição do crédito e da piora das condições de crédito, após as altas da Selic e do IOF.

Em janeiro de 2014, o Índice Nacional de Confiança marcou 143 pontos e, em janeiro de 2013, eram 161 pontos - antes, portanto, das manifestações populares.

Classes
O INC teve forte recuo, de 17 pontos, na classe DE: em janeiro foram registrados 137 pontos ante 154 em dezembro de 2014, possivelmente em razão da alta dos preços e da falta de água em algumas regiões. 

O recuo também ocorreu na classe C, com queda de 15 pontos (143 pontos em janeiro contra 158), provavelmente pelas mesmas razoes da classe DE e, também, pela piora nas condições de crédito.

A classe AB, a mais bem informada, permanece a menos otimista e ficou com o INC estável, com 119 pontos em janeiro - mesma pontuação de dezembro de 2014. 

Regiões
O INC despencou no Sudeste (136 pontos em janeiro ante 148 em dezembro) e no Nordeste (132 contra 154).

A confiança melhorou apenas nas regiões Norte/Centro-Oeste, caracterizadas pelo forte agronegócio. Nesses locais, o INC marcou 140 pontos em janeiro e 131 em dezembro. Os motivos podem ser a alta do dólar - beneficiando as commodities - e as grandes safras. Foi uma recuperação nessas duas áreas ante dezembro, quando a queda da confiança estava concentrada exatamente nessas regiões, que na época sofreram com as quedas das commodities nos mercados internacionais.

Na região Sul também houve melhora por essas mesmas razões, com INC de 152 pontos em janeiro sobre 146 no mês anterior.  

Insegurança no emprego 
As recentes notícias de demissões em indústrias fizeram com que os brasileiros ficassem mais inseguros em janeiro com relação à sua situação no mercado de trabalho. Segundo a pesquisa da ACSP, 35% dos consumidores se sentiam seguros no emprego - em dezembro, a parcela era de 40% e, em janeiro de 2014, de 44%.

Subiu ligeiramente o número de pessoas conhecidas dos entrevistados que perderam o emprego. Em janeiro, a média era de 3,3 pessoas conhecidas demitidas, ante 3,1 em dezembro.  

Piorou o indicador do INC que mede a situação financeira atual do consumidor. Em dezembro, 45% dos entrevistados julgaram boa sua atual situação financeira, e em janeiro essa parcela caiu para 40%.

Provavelmente, isso levou inclusive à retirada recorde da caderneta de poupança em janeiro - os consumidores que possuem reserva estão retirando o que têm para suprir recursos para equilibrar o orçamento.  

Com relação à situação financeira futura, o quadro é de estabilidade.

Tudo isso impacta inclusive na intenção de compras de eletrodomésticos: em janeiro, 41% dos entrevistados estavam favoráveis à compra desses itens, contra 43% em dezembro e 44% há um ano. O consumidor está cauteloso, refletindo nas vendas. O mesmo ocorre com compras de bens de grande valor (veículos e imóveis): em janeiro, 32% dos consumidores estavam mais à vontade para esse tipo de aquisição e 36% estavam menos à vontade. Em dezembro, essas parcelas eram de 34% e 33%, respectivamente.
Fonte: Terra - 09/02/2015 e Endividado