A proposta do governo para
revisão das bandeiras tarifárias prevê um aumento de 83% para a faixa
vermelha, que é a mais cara. Essa classificação define as cobranças
extras sobre a energia quando são usadas formas complementares de
abastecimento, como as usinas termelétricas –elas têm custos mais altos
do que as hidrelétricas.
A bandeira tarifária amarela deve ter aumento de 66,7%. Além dela e da vermelha, há também a faixa verde, que mantém as cobranças inalteradas.
Nesta quinta, Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, havia garantido que o aumento não seria superior a 50%.
O valor máximo cobrado atualmente, da bandeira vermelha, prevê um
aumento da conta de luz de R$ 3 a cada 100 kilowatt-hora (kWh). A ideia
agora é que esse valor passe para R$ 5,50 pela mesma quantidade de
energia consumida.
Os novos valores serão levados para aprovação da diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (6) durante reunião extraordinária.
A bandeira vermelha, mais cara, vai indicar não apenas que as usinas térmicas estão sendo usadas em larga escala, mas também que as empresas estão tendo de comprar muita energia extra para atender a demanda ou que o risco hidrológico aumentou (diferença entre energia contratada e a entregue pelas geradoras).
No caso da bandeira amarela, que sinaliza uma situação intermediária desses gastos, o valor que será proposto será de R$ 2,50.
Atualmente o preço adicional a cada 100 kWh consumidos é de R$ 1,50 quando a bandeira está nesta cor. Um aumento de 66,7%.
A Aneel ainda irá submeter as alterações por audiência pública. Após esse período, que deve ser curto, os novos valores começam a valer. Ao que tudo indica, já para o mês de março.
ECONOMIA
O governo também informou que estuda estender o horário de verão por mais um mês, na tentativa de economizar energia em um momento que o setor enfrenta dificuldades.
O assunto será discutido internamente pelos técnicos do governo no próximo dia 12, segundo reportagem do Jornal Nacional.
Fonte: Folha Online - 05/02/2015 e Endividado
A bandeira tarifária amarela deve ter aumento de 66,7%. Além dela e da vermelha, há também a faixa verde, que mantém as cobranças inalteradas.
Nesta quinta, Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, havia garantido que o aumento não seria superior a 50%.
Editoria de arte/Folhapress |
Os novos valores serão levados para aprovação da diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (6) durante reunião extraordinária.
A bandeira vermelha, mais cara, vai indicar não apenas que as usinas térmicas estão sendo usadas em larga escala, mas também que as empresas estão tendo de comprar muita energia extra para atender a demanda ou que o risco hidrológico aumentou (diferença entre energia contratada e a entregue pelas geradoras).
No caso da bandeira amarela, que sinaliza uma situação intermediária desses gastos, o valor que será proposto será de R$ 2,50.
Atualmente o preço adicional a cada 100 kWh consumidos é de R$ 1,50 quando a bandeira está nesta cor. Um aumento de 66,7%.
A Aneel ainda irá submeter as alterações por audiência pública. Após esse período, que deve ser curto, os novos valores começam a valer. Ao que tudo indica, já para o mês de março.
ECONOMIA
O governo também informou que estuda estender o horário de verão por mais um mês, na tentativa de economizar energia em um momento que o setor enfrenta dificuldades.
O assunto será discutido internamente pelos técnicos do governo no próximo dia 12, segundo reportagem do Jornal Nacional.
Fonte: Folha Online - 05/02/2015 e Endividado
Com juro mais alto, cliente deve pesquisar antes de financiar imóvel
por DOUGLAS GAVRAS
A relações-públicas Júlia
Moreira, 28, por pouco não desanimou de comprar seu apartamento em São
Paulo. Vivendo em um imóvel alugado há seis meses, ela se interessou
por uma unidade de um quarto na Consolação, região central da cidade.
Compra da casa fica até 10% mais cara com aumento de imposto e juros
Para comprar o imóvel, ela propôs pagar 60% do valor à vista e financiar o restante pela Caixa. "Estava buscando um apartamento desde dezembro e achei o lugar que queria um dia após o aumento das taxas de juros da Caixa. Fiquei chateada, mas só de sair do aluguel, já vale."
Júlia optou pela Caixa porque seu pai é servidor público e tem uma conta-salário no banco, o que diminui os juros do financiamento.
A instituição, que opera 70% do financiamento imobiliário do país, elevou as taxas de contratos feitos a partir de 19 de janeiro deste ano.
O maior aumento foi para imóveis acima de R$ 750 mil, contratados pelo SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), cuja taxa de balcão -quando o cliente não tem relacionamento com o banco, como uma conta-corrente- passou de 9,2% para 11% ao ano mais a TR (Taxa Referencial).
Simulação feita pelo site de comparação de produtos financeiros Canal do Crédito mostra que financiar um imóvel de R$ 800 mil na Caixa ficou até 7,3% mais caro do que a média dos bancos privados.
Pela análise, um contrato de R$ 640 mil, por 30 anos, pode custar até R$ 1,69 milhão no banco público a partir de abril, quando o ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis) passará de 2% para 3% na cidade de São Paulo (veja quadro).
Para Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, a elevação das taxas
da Caixa incentiva o comprador a comparar as condições de
financiamento dos outros bancos.
"Neste momento, a Caixa não é competitiva para o SFI e é preciso fazer a conta total, considerar os seguros pagos com o contrato para ver se aquele banco vale a pena."
"O mercado se sustenta em emprego, renda e confiança do consumidor. Ele não fará um financiamento se não se sentir seguro", diz Prata.
"O consumidor deve pedir descontos e negociar taxas melhores com seu gerente", recomenda Marco Aurélio Luz, presidente da Amspa (associação dos mutuários).
SETOR PREOCUPADO
Ainda que cerca de 80% dos imóveis em estoque -aqueles lançados e não vendidos por um período de até três anos- em São Paulo sejam de unidades que custem menos de R$ 750 mil, segundo o Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), a entidade teme que a alta de juros da Caixa iniba as vendas.
"Para os financiamentos feitos pelo SFI, isso pode inviabilizar operações", diz Claudio Bernardes, presidente da entidade.
Fonte: Folha Online - 08/02/2015 e Endividado
Compra da casa fica até 10% mais cara com aumento de imposto e juros
Para comprar o imóvel, ela propôs pagar 60% do valor à vista e financiar o restante pela Caixa. "Estava buscando um apartamento desde dezembro e achei o lugar que queria um dia após o aumento das taxas de juros da Caixa. Fiquei chateada, mas só de sair do aluguel, já vale."
Júlia optou pela Caixa porque seu pai é servidor público e tem uma conta-salário no banco, o que diminui os juros do financiamento.
A instituição, que opera 70% do financiamento imobiliário do país, elevou as taxas de contratos feitos a partir de 19 de janeiro deste ano.
O maior aumento foi para imóveis acima de R$ 750 mil, contratados pelo SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), cuja taxa de balcão -quando o cliente não tem relacionamento com o banco, como uma conta-corrente- passou de 9,2% para 11% ao ano mais a TR (Taxa Referencial).
Simulação feita pelo site de comparação de produtos financeiros Canal do Crédito mostra que financiar um imóvel de R$ 800 mil na Caixa ficou até 7,3% mais caro do que a média dos bancos privados.
Pela análise, um contrato de R$ 640 mil, por 30 anos, pode custar até R$ 1,69 milhão no banco público a partir de abril, quando o ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis) passará de 2% para 3% na cidade de São Paulo (veja quadro).
Editoria de arte/Folhapress | ||
"Neste momento, a Caixa não é competitiva para o SFI e é preciso fazer a conta total, considerar os seguros pagos com o contrato para ver se aquele banco vale a pena."
"O mercado se sustenta em emprego, renda e confiança do consumidor. Ele não fará um financiamento se não se sentir seguro", diz Prata.
"O consumidor deve pedir descontos e negociar taxas melhores com seu gerente", recomenda Marco Aurélio Luz, presidente da Amspa (associação dos mutuários).
SETOR PREOCUPADO
Ainda que cerca de 80% dos imóveis em estoque -aqueles lançados e não vendidos por um período de até três anos- em São Paulo sejam de unidades que custem menos de R$ 750 mil, segundo o Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), a entidade teme que a alta de juros da Caixa iniba as vendas.
"Para os financiamentos feitos pelo SFI, isso pode inviabilizar operações", diz Claudio Bernardes, presidente da entidade.
Editoria de arte/Folhapress | ||
TETO MAIS CARO Alta do ITBI e de financiamento na Caixa eleva custo da compra da casa nova |
Apps ajudam a achar estacionamento mais barato e facilitam pagamento
por FILIPE OLIVEIRA
Depois de passarem
nervoso tentando achar lugar para deixar o carro em São Paulo,
empreendedores decidiram criar aplicativos para facilitar a tarefa.
O Letspark, por exemplo, surgiu depois de Letícia Passarelli, 24, ter pago R$ 45 por um estacionamento próximo a avenida Paulista, para, minutos depois, ver um a R$ 20.
Seis meses depois, em setembro de 2013, ela ajudou a lançar o aplicativo, que mostra em um mapa a localização dos estacionamentos de cada região, seus horários de funcionamento e os preços de cada hora.
Para agilizar o desenvolvimento da plataforma, os dados são fornecidos pelos próprios usuários. Hoje, são 25 mil ativos e 3.000 lugares cadastrados, conta Passarelli.
Ela espera ter receita permitindo aos estacionamentos oferecer descontos ou aceitar reservas pelo aplicativo em dias de grandes eventos.
A Tem Vaga busca outras alternativas para que os aplicativos, além de informar, deem dinheiro. No segundo semestre, ela deve oferecer possibilidade de pagamento pela vaga por cartão de crédito pelo aplicativo (a companhia ficaria com um percentual da transação).
Outra ideia é substituir os cartões de Zona Azul usados para pagar a permanência em algumas vagas de rua. Fernando Botelho Lucas, 26, um dos sócios da Tem Vaga, conta que a empresa está fazendo um projeto piloto na cidade de Águas de São Pedro (SP) em que as vagas estão sendo equipadas com sensores. Quando alguém para nelas, poderá pagar pela permanência no local pelo celular.
Outra proposta vem da Ez Park. A empresa permite alugar vagas de garagem de casas que outros usuários põem para locação em sua plataforma. A ferramenta funciona nos Estados Unidos e Brasil. Lá são 6300 vagas anunciadas e aqui 660, conta Luiz Candreva, 28, fundador da empresa.
Fonte: Folha Online - 08/02/2015 e Endividado
O Letspark, por exemplo, surgiu depois de Letícia Passarelli, 24, ter pago R$ 45 por um estacionamento próximo a avenida Paulista, para, minutos depois, ver um a R$ 20.
Seis meses depois, em setembro de 2013, ela ajudou a lançar o aplicativo, que mostra em um mapa a localização dos estacionamentos de cada região, seus horários de funcionamento e os preços de cada hora.
Para agilizar o desenvolvimento da plataforma, os dados são fornecidos pelos próprios usuários. Hoje, são 25 mil ativos e 3.000 lugares cadastrados, conta Passarelli.
Ela espera ter receita permitindo aos estacionamentos oferecer descontos ou aceitar reservas pelo aplicativo em dias de grandes eventos.
A Tem Vaga busca outras alternativas para que os aplicativos, além de informar, deem dinheiro. No segundo semestre, ela deve oferecer possibilidade de pagamento pela vaga por cartão de crédito pelo aplicativo (a companhia ficaria com um percentual da transação).
Outra ideia é substituir os cartões de Zona Azul usados para pagar a permanência em algumas vagas de rua. Fernando Botelho Lucas, 26, um dos sócios da Tem Vaga, conta que a empresa está fazendo um projeto piloto na cidade de Águas de São Pedro (SP) em que as vagas estão sendo equipadas com sensores. Quando alguém para nelas, poderá pagar pela permanência no local pelo celular.
Outra proposta vem da Ez Park. A empresa permite alugar vagas de garagem de casas que outros usuários põem para locação em sua plataforma. A ferramenta funciona nos Estados Unidos e Brasil. Lá são 6300 vagas anunciadas e aqui 660, conta Luiz Candreva, 28, fundador da empresa.
Fonte: Folha Online - 08/02/2015 e Endividado
"Ronan
ameaçou envolver o ex-presidente Lula, e os ex-ministros José Dirceu e
Gilberto Carvalho no assassinato do então prefeito de Santo André Celso
Daniel" e recebeu R$ 6 MM
http://www.istoe.com.br/…/403624_A+EMPREITEIRA+E+O+AMIGAO+D…
http://www.istoe.com.br/…/403624_A+EMPREITEIRA+E+O+AMIGAO+D…
Relatório
inédito do Banco Central anexado a um inquérito da Polícia Federal,
obtido com exclusividade por ISTOÉ, revela que o pecuarista José Carlos
Marques Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, obteve em outubro de 2004
um...
istoe.com.br
Carro sujo mostra preocupação com água, mas é preciso cuidar da pintura
por FERNANDO MIRAGAYA
O estudante de engenharia
André César Franco, 21, limpava seu Chevrolet Corsa com água
semanalmente. Agora, estufa o peito para falar que não lava o carro há
quase três meses. "O que faço é, durante a chuva, pegar um pano e tirar
a sujeira", garante.
Com a crise hídrica, manter o carro sujo virou motivo de orgulho cívico em São Paulo. Existe até um movimento para as pessoas só lavarem o veículo quando houver água, o "Não Chove, Não Lavo".
Porém, não dá para apenas ignorar a sujeira. É como ficar muito tempo sem tomar banho: problemas na pele -nesse caso, na lataria- vão aparecer em alguma hora.
A lavagem sob chuva feita por Franco é uma das alternativas mais viáveis para não gastar água. Contudo, é importante secar o carro depois. Sob o efeito do sol, a água ácida dos temporais pode deixar manchas que só sairão com um polimento.
"É pior do que deixar a poeira acumular sobre a lataria", compara Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade).
Nos veículos empoeirados, é bom nem tentar disfarçar a sujeira passando pano seco.
"Como o pó acumulado pode ter partículas grossas, o efeito da tentativa de limpeza será o de uma lixa, provocando riscos", Satkunas.
NATUREZA PODE SER INIMIGA DA PINTURA
Excrementos de pássaros, insetos e frutas que se esparramam na lataria são perigosos. "Eles podem provocar perda de brilho e diminuição da resistência da pintura", avisa Edmundo Soares, consultor de Negócios da Glasurit, divisão de tintas automotivas da Basf.
Estacionar perto de grandes indústrias é outro veneno: há risco de corrosão por causa da fuligem. "Qualquer resíduo de origem química tem de ser eliminado. O enxofre, por exemplo, vai formar ácido sulfúrico ao misturar-se com a água da chuva", explica Satkunas.
Nem mesmo as capas veiculares salvam. Em uma área externa, o carro coberto fica sujeito a variações de temperatura em um ambiente abafado. Manchas amareladas poderão surgir, e um simples risco na superfície tende a virar ferrugem.
INTERIOR PEDE ATENÇÃO
Na cabine, aspirador de pó e lixeira portátil são grandes aliados em tempos de seca. Já o tapete de borracha pode ser limpo com pano úmido.
Esse também serve para disfarçar a sujeira nos acessos ao habitáculo. É importante limpar as soleiras e as borrachas em volta das portas. Desta forma, evita-se sujar as roupas e levar resíduos para dentro do veículo.
Outra dica é limpar os calçados antes de entrar.
Lá dentro, não fume: a nicotina engordura vidros e peças plásticas. E é prudente não comer no automóvel. "Fico bravo quando meu filho come bolacha dentro do carro", afirma o psicólogo Mauro de Almeida, 62.
Ele tem suas razões: seu Renault Sandero Stepway, comprado em novembro, nunca viu água. O carro, que é branco, está com "outra cor" graças às estradas de terra por onde trafega em São Pedro (a 192 km de São Paulo). "A água sempre foi uma preocupação para mim, mas confesso que a terra cobrindo o carro não é agradável".
MAIS CARA, LAVAGEM A SECO É OPÇÃO CONSCIENTE DURANTE CRISE
Ao permanecer muito tempo com sujeira e sem nenhum tipo de cuidado, a pintura tende a perder seu brilho e, nos casos extremos, ganhar manchas só removidas após o dono investir pesado.
"O polimento de um carro médio sai em torno de R$ 200, podendo chegar a R$ 500 em casos mais específicos", calcula Leonardo Pierucci, da GEB Reparações, que também recomenda o uso de capas para manter o carro limpo por mais tempo. "As de cetim ou lycra são as melhores, mas o veículo deve esta limpo antes de ser guardado e ficar em local coberto, já que elas não são impermeáveis".
Outro alento para quem não consegue ficar com o carro sujo é que engenheiros e especialistas aprovam as lavagens a seco -desde que feita com produtos específicos e panos próprios.
O processo consiste em aplicar um líquido químico na lataria, que age amolecendo a sujeira e facilitando sua remoção. Se o carro estiver mais sujo, usa-se uma quantidade maior do detergente.
Mas há limites: nos casos de barro e lama impregnados na lataria, o recomendável é utilizar água nesses locais, e só então com eles removidos aplicar a lavagem a seco.
Sem maior perigo de riscos na pintura do que uma lavagem convencional, o serviço, no entanto, é mais caro.
Entre os lava-rápidos consultados pela Folha, os preços oscilam de R$ 35 a R$ 75, contra uma variação de R$ 20 a R$ 50 do método tradicional. O investimento é maior, mas é uma alternativa para quem não quer ostentar a poeira do carro por aí.
Fonte: Folha Online - 08/02/2015 e Endividado
Com a crise hídrica, manter o carro sujo virou motivo de orgulho cívico em São Paulo. Existe até um movimento para as pessoas só lavarem o veículo quando houver água, o "Não Chove, Não Lavo".
Porém, não dá para apenas ignorar a sujeira. É como ficar muito tempo sem tomar banho: problemas na pele -nesse caso, na lataria- vão aparecer em alguma hora.
A lavagem sob chuva feita por Franco é uma das alternativas mais viáveis para não gastar água. Contudo, é importante secar o carro depois. Sob o efeito do sol, a água ácida dos temporais pode deixar manchas que só sairão com um polimento.
"É pior do que deixar a poeira acumular sobre a lataria", compara Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade).
Nos veículos empoeirados, é bom nem tentar disfarçar a sujeira passando pano seco.
"Como o pó acumulado pode ter partículas grossas, o efeito da tentativa de limpeza será o de uma lixa, provocando riscos", Satkunas.
NATUREZA PODE SER INIMIGA DA PINTURA
Excrementos de pássaros, insetos e frutas que se esparramam na lataria são perigosos. "Eles podem provocar perda de brilho e diminuição da resistência da pintura", avisa Edmundo Soares, consultor de Negócios da Glasurit, divisão de tintas automotivas da Basf.
Estacionar perto de grandes indústrias é outro veneno: há risco de corrosão por causa da fuligem. "Qualquer resíduo de origem química tem de ser eliminado. O enxofre, por exemplo, vai formar ácido sulfúrico ao misturar-se com a água da chuva", explica Satkunas.
Nem mesmo as capas veiculares salvam. Em uma área externa, o carro coberto fica sujeito a variações de temperatura em um ambiente abafado. Manchas amareladas poderão surgir, e um simples risco na superfície tende a virar ferrugem.
Ilustração Alexandre Affonso/Editoria de Arte/Folhapress | ||
Na cabine, aspirador de pó e lixeira portátil são grandes aliados em tempos de seca. Já o tapete de borracha pode ser limpo com pano úmido.
Esse também serve para disfarçar a sujeira nos acessos ao habitáculo. É importante limpar as soleiras e as borrachas em volta das portas. Desta forma, evita-se sujar as roupas e levar resíduos para dentro do veículo.
Outra dica é limpar os calçados antes de entrar.
Lá dentro, não fume: a nicotina engordura vidros e peças plásticas. E é prudente não comer no automóvel. "Fico bravo quando meu filho come bolacha dentro do carro", afirma o psicólogo Mauro de Almeida, 62.
Ele tem suas razões: seu Renault Sandero Stepway, comprado em novembro, nunca viu água. O carro, que é branco, está com "outra cor" graças às estradas de terra por onde trafega em São Pedro (a 192 km de São Paulo). "A água sempre foi uma preocupação para mim, mas confesso que a terra cobrindo o carro não é agradável".
MAIS CARA, LAVAGEM A SECO É OPÇÃO CONSCIENTE DURANTE CRISE
Ao permanecer muito tempo com sujeira e sem nenhum tipo de cuidado, a pintura tende a perder seu brilho e, nos casos extremos, ganhar manchas só removidas após o dono investir pesado.
"O polimento de um carro médio sai em torno de R$ 200, podendo chegar a R$ 500 em casos mais específicos", calcula Leonardo Pierucci, da GEB Reparações, que também recomenda o uso de capas para manter o carro limpo por mais tempo. "As de cetim ou lycra são as melhores, mas o veículo deve esta limpo antes de ser guardado e ficar em local coberto, já que elas não são impermeáveis".
Outro alento para quem não consegue ficar com o carro sujo é que engenheiros e especialistas aprovam as lavagens a seco -desde que feita com produtos específicos e panos próprios.
O processo consiste em aplicar um líquido químico na lataria, que age amolecendo a sujeira e facilitando sua remoção. Se o carro estiver mais sujo, usa-se uma quantidade maior do detergente.
Mas há limites: nos casos de barro e lama impregnados na lataria, o recomendável é utilizar água nesses locais, e só então com eles removidos aplicar a lavagem a seco.
Sem maior perigo de riscos na pintura do que uma lavagem convencional, o serviço, no entanto, é mais caro.
Entre os lava-rápidos consultados pela Folha, os preços oscilam de R$ 35 a R$ 75, contra uma variação de R$ 20 a R$ 50 do método tradicional. O investimento é maior, mas é uma alternativa para quem não quer ostentar a poeira do carro por aí.
Fonte: Folha Online - 08/02/2015 e Endividado
Japonês Kakebo chega ao Brasil para ajudar a controlar despesas do lar
por FABÍOLA SALANI
Garrafa de água para
enfrentar o calor sufocante, R$ 2,50. Picolé de frutas para conseguir
chegar ao destino, outros R$ 2,50. Pão de queijo para driblar a fome,
R$ 3,50. Balas, R$ 1,50. Pronto, você gastou R$ 10 e nem percebeu.
Boa parte dos livros sobre finanças pessoais mira no controle desses pequenos gastos como ferramenta para equilibrar o orçamento e achar onde cortar despesas.
E um livro colorido, com dicas de economia doméstica e formato de agenda
para anotar todas as despesas do dia a dia, chega ao Brasil para
ajudar nessa tarefa.
O Kakebo –que em japonês significa "livro de contas das despesas de casa"– traz dicas de economia de maneira divertida, para incentivar o usuário a marcar seus gastos e manter seus propósitos.
As páginas dedicadas a anotar as despesas vêm divididas com os dias da semana, sem datas, para que a pessoa comece um ciclo de um ano quando quiser.
A recomendação é apenas que o início se dê em uma segunda-feira –como nas dietas para emagrecer, segunda fica sendo o dia de começar um planejamento financeiro.
Na edição brasileira, um porquinho dá dicas para economizar e representa o dinheiro poupado; um lobo faz as vezes de "vilão" do orçamento. No início de cada mês, o usuário é convidado a listar suas receitas e despesas fixas, além de traçar objetivos e estimar a economia a ser feita.
Nas páginas seguintes, ele vai marcando o dinheiro usado para "sobrevivência" (categoria na qual estão alimentação, farmácia, transporte, filhos e animais de estimação), "lazer e vícios" (bares, restaurantes, cigarros, baladas, cosméticos e roupas), "cultura" (livros, música, espetáculos, filmes e jornais e revistas) e os "extras" (viagens, presentes, eletrônicos, objetos para o lar). No total semanal, aparece o lobo faminto por aquele valor.
A divertida página do fim do mês mostra lobo e porquinho brigando pelo orçamento e permite organizar despesas por categoria, facilitando a decisão sobre onde cortar.
Em Portugal e na Espanha, onde já foi lançado, o livro desperta comentários positivos de usuários em redes sociais, que, contudo, reclamam do formato, que, segundo eles, é difícil de ser levado de um lado para o outro.
Os editores negam que isso afete o progresso dos usuários e afirmam que eles são encorajados a guardar notas para depois lançá-las no livro, num momento definido individualmente.
A versão 2015 lançada na Espanha trouxe um pequeno livro em formato de passaporte exatamente para ser mais facilmente transportada.
Ao fim e ao cabo, o Kakebo funciona mais como um estímulo para controlar as finanças do que como ferramenta em si. O sucesso vai depender da disciplina do usuário.
Como disse José Vignoli, educador financeiro do Meu Bolso Feliz, do SPC Brasil, "é mais um tipo de controle de finanças pessoais, voltado para alertar sobre os pequenos gastos que ao final do ano podem somar valores consideráveis. Nada muito diferente das regras básicas de controle pessoal, mas traz um charme que faz vender bem".
Para Vignoli, o Kakebo é um "aplicativo impresso": "É muito usado no Japão dentro da cultura oriental de consumo, que difere da nossa".
Kakebo – Agenda de finanças pessoais
Editora Bestseller
Quanto R$ 30 (200 págs.)
Classificação Bom
Fonte: Folha Online - 09/02/2015 e Endividado
Boa parte dos livros sobre finanças pessoais mira no controle desses pequenos gastos como ferramenta para equilibrar o orçamento e achar onde cortar despesas.
Divulgação | ||
Capa da edição brasileira do Kakebo, livro de finanças pessoais |
O Kakebo –que em japonês significa "livro de contas das despesas de casa"– traz dicas de economia de maneira divertida, para incentivar o usuário a marcar seus gastos e manter seus propósitos.
As páginas dedicadas a anotar as despesas vêm divididas com os dias da semana, sem datas, para que a pessoa comece um ciclo de um ano quando quiser.
A recomendação é apenas que o início se dê em uma segunda-feira –como nas dietas para emagrecer, segunda fica sendo o dia de começar um planejamento financeiro.
Na edição brasileira, um porquinho dá dicas para economizar e representa o dinheiro poupado; um lobo faz as vezes de "vilão" do orçamento. No início de cada mês, o usuário é convidado a listar suas receitas e despesas fixas, além de traçar objetivos e estimar a economia a ser feita.
Nas páginas seguintes, ele vai marcando o dinheiro usado para "sobrevivência" (categoria na qual estão alimentação, farmácia, transporte, filhos e animais de estimação), "lazer e vícios" (bares, restaurantes, cigarros, baladas, cosméticos e roupas), "cultura" (livros, música, espetáculos, filmes e jornais e revistas) e os "extras" (viagens, presentes, eletrônicos, objetos para o lar). No total semanal, aparece o lobo faminto por aquele valor.
A divertida página do fim do mês mostra lobo e porquinho brigando pelo orçamento e permite organizar despesas por categoria, facilitando a decisão sobre onde cortar.
Em Portugal e na Espanha, onde já foi lançado, o livro desperta comentários positivos de usuários em redes sociais, que, contudo, reclamam do formato, que, segundo eles, é difícil de ser levado de um lado para o outro.
Os editores negam que isso afete o progresso dos usuários e afirmam que eles são encorajados a guardar notas para depois lançá-las no livro, num momento definido individualmente.
A versão 2015 lançada na Espanha trouxe um pequeno livro em formato de passaporte exatamente para ser mais facilmente transportada.
Ao fim e ao cabo, o Kakebo funciona mais como um estímulo para controlar as finanças do que como ferramenta em si. O sucesso vai depender da disciplina do usuário.
Como disse José Vignoli, educador financeiro do Meu Bolso Feliz, do SPC Brasil, "é mais um tipo de controle de finanças pessoais, voltado para alertar sobre os pequenos gastos que ao final do ano podem somar valores consideráveis. Nada muito diferente das regras básicas de controle pessoal, mas traz um charme que faz vender bem".
Para Vignoli, o Kakebo é um "aplicativo impresso": "É muito usado no Japão dentro da cultura oriental de consumo, que difere da nossa".
Kakebo – Agenda de finanças pessoais
Editora Bestseller
Quanto R$ 30 (200 págs.)
Classificação Bom
Fonte: Folha Online - 09/02/2015 e Endividado