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sábado, 11 de julho de 2015

Governo grego apela para 'voto orgulhoso'

Protestos a favor e contra exigências de credores antecedem o referendo

Atenas – Duas manifestações tomaram conta de Atenas ontem. Apoiadores da opção “sim” no referendo que se realiza neste domingo se reuniram com faixas e bandeiras seguidos por outro protesto a favor do “não”. No referendo, os gregos deverão dizer se aceitam ou não as exigências dos credores da Grécia (Fundo Monetário Internacional, União Europeia e Banco Central Europeu) em troca de ajuda financeira. Entre as medidas de aperto estão aumento de impostos e cortes na aposentadoria.
A votação pode decidir se a Grécia receberá outro resgate financeiro em troca de mais medidas de aperto ou se mergulha ainda mais fundo em uma crise econômica. Também pode determinar se a Grécia se tornará o primeiro país a deixar o bloco europeus de moeda única formado por 19 nações, cuja adesão deveria ser irrevogável. Em Atenas, em discurso para mais de 20 mil pessoas, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, voltou ontem a pedir que o povo não aceite as medidas de austeridade apresentadas pelos credores.
O premiê usou palavras fortes para se referir aos alertas dos credores de que a Grécia pode ser expulsa da zona do euro caso não aceite as medidas de austeridade propostas. Ele pediu à população que vote por um “orgulhoso não” contra “ultimatos” e “contra aqueles que querem aterrorizar vocês”. Tsipras acusou, ainda os credores de “chantagem” ao segurarem o crédito.
Segundo o jornal britânico Financial Times, os bancos gregos planejam um confisco de depósitos em meio ao temor de um colapso no sistema financeiro. A notícia, publicada dois dias antes do referendo, foi prontamente desmentida pela Associação de Bancos da Grécia, para quem a informação é “completamente infundada”.
Para o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, um plano de contingenciamento da Grécia, que incluiria o confisco de depósitos bancários, é um “boato malicioso”. Varoufakis ousou sua conta no Twitter para desmentir a notícia. Segundo o jornal, o governo de Atenas teria um plano de contingência que incluiria a retenção de até 30% dos depósitos bancários superiores a 8 mil euros.


Fonte: Correio do Povo, página 6 de 4 de julho de 2015.