Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diz que processo tem que ser rápido para o Brasil não parar
Dilma diz que fará tudo para defender o seu mandato | Foto: Marcelo Camargo / Abr / Divulgação / CP
Após a deflagração da abertura do processo de impeachmentda presidente Dilma Rousseff na última quarta-feira, o Governo federal agiu rápido. Reuniu ministros e traçou as linhas de defesa via Judiciário e na Câmara dos Deputados, convocando os líderes dos partidos da base para formar a "linha de frente" numa possível votação do pedido. O governo está confiante. Acredita que contará com os 172 votos exigidos para impedir que o plenário da Câmara consiga afastar Dilma do cargo e iniciar o julgamento de destituição.
Líderes da oposição, por sua vez, deram sinais de que não têm maioria. No entanto, calculam que quanto mais o tema se estender, maior será o desgaste de Dilma, já que o horizonte econômico está cada dia mais complicado e é previsível que comecem protestos nas ruas. "Fazemos agora o carnaval do impeachment e depois fazemos o impeachment propriamente dito", declarou o deputado opositor Rodrigo Maia, para quem a votação do julgamento deve ser realizada a partir de fevereiro.
Nessa quinta, foi lido no Plenário da Câmara, a denúncia e hoje Dilma foi oficialmente notificada. A presidente discursou nesta sexta em uma cerimônia com funcionários do setor da saúde que se converteu em um ato político. "Não ao golpe" e "Fora Cunha" foram alguns dos gritos lançados pelos presentes, que também levaram cartazes com a frase "Fique Dilma".
"Não tem fundamento o processo do meu impedimento", disse Dilma. "Vou fazer a defesa de meu mandato com todos os instrumentos previstos em nosso Estado democrático de direito", afirmou.
Agilidade
Ministros, legisladores e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram mobilizados para acelerar um processo que pode levar vários meses, justamente quando o Brasil caminha em direção a sua maior recessão em 85 anos e Dilma tem uma
popularidade de 10%, apenas onze meses depois de ter iniciado seu segundo mandato.
"Temos que resolver isso já", disse Lula, que junto a vários líderes governistas quer suspender o tradicional recesso do Congresso que se estende de 22 de dezembro a 1 de fevereiro.
Prováveis manifestações
A pressão da opinião pública é um fator chave, e tanto os partidários de Dilma quanto seus adversários sabem que isso pode fazer muitos legisladores mudarem de posição. "É muito provável que sejam convocadas manifestações para pressionar o Congresso a votar pelo impeachment", estimou Rubens Figueredo, professor de ciência política da Universidade de São Paulo, em declarações à AFP.
"A demora de todo este processo conspira contra a economia e a piora da economia é ruim para o governo", acrescentou.
A central sindical CUT convocou o apoio a Dilma nesta sexta-feira em Brasília. Ao mesmo tempo, vários grupos que criticam a economia planejam manifestações para o dia 13 de dezembro, domingo.
Levy pede que debate sobre impeachment seja rápido
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o encerramento rápido do debate sobre o impeachment. Na primeira declaração pública sobre o assunto, ele disse que ,quanto antes forem encerradas as discussões, melhor para o país, porque o governo pode prosseguir com o debate em torno da aprovação de medidas econômicas necessárias que dependem do Congresso Nacional.
O ministro ressaltou que o país passa por um momento político "muito particular", mas acrescentou que o país precisa continuar enfrentando os desafios para manter a economia. Ele lembrou da importância da recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para reequilibrar as contas da Previdência Social no próximo ano.
O ministro também defendeu que gastos com programas sociais sejam rediscutidos. Destacou que o governo está empenhado em regularizar os atrasos nos repasses a bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Líderes da oposição, por sua vez, deram sinais de que não têm maioria. No entanto, calculam que quanto mais o tema se estender, maior será o desgaste de Dilma, já que o horizonte econômico está cada dia mais complicado e é previsível que comecem protestos nas ruas. "Fazemos agora o carnaval do impeachment e depois fazemos o impeachment propriamente dito", declarou o deputado opositor Rodrigo Maia, para quem a votação do julgamento deve ser realizada a partir de fevereiro.
Nessa quinta, foi lido no Plenário da Câmara, a denúncia e hoje Dilma foi oficialmente notificada. A presidente discursou nesta sexta em uma cerimônia com funcionários do setor da saúde que se converteu em um ato político. "Não ao golpe" e "Fora Cunha" foram alguns dos gritos lançados pelos presentes, que também levaram cartazes com a frase "Fique Dilma".
"Não tem fundamento o processo do meu impedimento", disse Dilma. "Vou fazer a defesa de meu mandato com todos os instrumentos previstos em nosso Estado democrático de direito", afirmou.
Agilidade
Ministros, legisladores e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram mobilizados para acelerar um processo que pode levar vários meses, justamente quando o Brasil caminha em direção a sua maior recessão em 85 anos e Dilma tem uma
popularidade de 10%, apenas onze meses depois de ter iniciado seu segundo mandato.
"Temos que resolver isso já", disse Lula, que junto a vários líderes governistas quer suspender o tradicional recesso do Congresso que se estende de 22 de dezembro a 1 de fevereiro.
Prováveis manifestações
A pressão da opinião pública é um fator chave, e tanto os partidários de Dilma quanto seus adversários sabem que isso pode fazer muitos legisladores mudarem de posição. "É muito provável que sejam convocadas manifestações para pressionar o Congresso a votar pelo impeachment", estimou Rubens Figueredo, professor de ciência política da Universidade de São Paulo, em declarações à AFP.
"A demora de todo este processo conspira contra a economia e a piora da economia é ruim para o governo", acrescentou.
A central sindical CUT convocou o apoio a Dilma nesta sexta-feira em Brasília. Ao mesmo tempo, vários grupos que criticam a economia planejam manifestações para o dia 13 de dezembro, domingo.
Levy pede que debate sobre impeachment seja rápido
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o encerramento rápido do debate sobre o impeachment. Na primeira declaração pública sobre o assunto, ele disse que ,quanto antes forem encerradas as discussões, melhor para o país, porque o governo pode prosseguir com o debate em torno da aprovação de medidas econômicas necessárias que dependem do Congresso Nacional.
O ministro ressaltou que o país passa por um momento político "muito particular", mas acrescentou que o país precisa continuar enfrentando os desafios para manter a economia. Ele lembrou da importância da recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para reequilibrar as contas da Previdência Social no próximo ano.
O ministro também defendeu que gastos com programas sociais sejam rediscutidos. Destacou que o governo está empenhado em regularizar os atrasos nos repasses a bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
AFP, Agência Estado e Correio do Povo