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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Governo admite pela primeira vez que país deve ter deficit comercial no ano

por RENATA AGOSTINI

Faltando apenas um mês para o fim do ano, o governo reconheceu pela primeira vez que as importações devem superar as exportações do país em 2014. Caso a previsão se concretize, será o primeiro deficit comercial brasileiro anual desde 2000.
Até o início do mês passado, mesmo com um deficit bilionário acumulado, o governo ainda insistia na possibilidade de saldo positivo.
O resultado negativo de novembro, de US$ 2,4 bilhões, forçou a revisão da expectativa. O deficit mensal foi o maior desde pelo menos 1994, ano do início da série do Ministério do Desenvolvimento (Mdic).

Editoria de Arte/Folhapress

"O Mdic está trabalhando agora com deficit comercial para 2014. Embora o número de dezembro seja tradicionalmente superavitário, ainda assim não deverá superar o deficit acumulado de janeiro a novembro", afirma Roberto Dantas, diretor do departamento de estatística e apoio à exportação do Mdic.
Segundo ele, dados do governo mostram que o deficit de novembro foi o maior desde pelo menos 1950.
A diferença entre o que país vende e compra do exterior compõe as contas externas, o cálculo das operações comerciais e financeiras do Brasil com o resto do mundo.
Um resultado comercial negativo ajuda a aumentar o rombo nessa conta. Caso o fluxo de investimentos estrangeiros diretos –aplicados em atividades produtivas– seja insuficiente, o país precisa aumentar seu endividamento ou atrair investimentos mais voláteis para "cobrir" a diferença.
Em outubro, o deficit na balança comercial já fora a principal causa do saldo negativo nas contas externas de acordo com o Banco Central.
PREMISSAS ERRADAS
O governo previu, no início de novembro, que ao longo do mês haveria aumento nos preços do minério de ferro, produto com peso expressivo nas exportações.
Apostou também na manutenção das exportações de carnes e na melhora da chamada conta petróleo, que calcula a diferença entre a importação e a exportação de petróleo e combustível.
Nenhuma das três premissas se confirmou. As exportações de carne caíram no mês, com redução nos embarques especialmente para Venezuela e Arábia Saudita. Já a queda nos preços internacionais afetou as receitas do país com a venda de petróleo e de minério de ferro.
No total, as vendas para o exterior em novembro somaram US$ 15,7 bilhões, 25% abaixo do registrado no mesmo mês de 2013. Houve redução nas exportações para todos os principais destinos, com exceção dos EUA.
De janeiro a novembro, as vendas estão em queda pelo terceiro ano consecutivo. E a indústria é quem mais sofre.
A participação de produtos manufaturados nas vendas chegou ao menor patamar desde pelo menos 1994. Boa parte do fraco desempenho deve-se à crise na Argentina.
Fonte: Folha Online - 01/12/2014 e Endividado

 

Comissão aprova casos em que consumidor incluído no SPC não será indenizado

por Luiz Gustavo Xavier

Empresa que retirar de imediato o nome do consumidor do SPC não pagará indenização por danos morais
A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou na quarta-feira (26) projeto do deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC) que prevê o não pagamento de indenização por danos morais a consumidores que tiverem seus nomes indevidamente inseridos em bancos de cadastro restritivos, por compras realizadas em estabelecimentos comerciais mediante fraude ou com documentos falsos do consumidor prejudicado (PL 3470/12).
O substitutivo aprovado inclui o dispositivo no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) e estabelece claramente que o não pagamento de indenizações contra empresa só será possível apenas se a compra for realizada no interior do estabelecimento comercial ou em seu site, e, ao mesmo tempo, a empresa for notificada pelo consumidor prejudicado e tiver retirado imediatamente o seu nome de sistemas de proteção ao crédito, como Serasa e SPC.
Proteção legal
Segundo o relator, deputado Aureo (SD-RJ), o texto aprovado buscou aprimorar a técnica legislativa do projeto original para adequá-lo na busca de proteção legal dos direitos do consumidor, uma vez que visava disciplinar o problema apenas sob a ótica dos estabelecimentos comerciais, na condição de fornecedores de produtos e serviços, que alegam serem igualmente prejudicados pela ação de estelionatários.
De acordo com o parlamentar, “o consumidor que tiver seus documentos extraviados ou seus dados furtados ou ‘clonados’ e utilizados de forma criminosa por pessoas desonestas, passa a ter um instrumento legal que lhe permitirá exigir uma conduta mais responsável dos fornecedores de produtos e serviços, que deverão adotar um controle mais rigoroso no momento em que contratam com pessoas estelionatárias que se fazem passar por consumidor honesto”, destacou Aureo.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, inclusive no mérito.
Íntegra da proposta: PL-3470/2012.
Fonte: Agência Câmara - 01/12/2014 e Endividado

 

Aumento da expectativa de vida reduz valor da aposentadoria

 

Com o aumento da renda e maior acesso à saúde, a expectativa de vida do brasileiro cresceu. A boa notícia, no entanto, traz impactos ao bolso dos aposentados, que terão seus benefícios reduzidos, em média, em 0,65%.
O percentual vale para todos os que se aposentarem a partir desta segunda-feira (1º) por tempo de contribuição.
É que a Tábua de Mortalidade, calculada pelo IBGE e divulgada nesta segunda, serve de parâmetro para o INSS estimar o fator previdenciário, cujo objetivo é evitar aposentadorias precoces.
O cálculo considera a idade ao se aposentar, o tempo de contribuição e a expectativa de sobrevida, ou seja, quanto tempo o trabalhador deve viver a mais considerando a idade que tem ao pedir o benefício.
Segundo o IBGE, a expectativa de vida ao nascer passou de 74,6 anos, em 2012, para 74,9 anos em 2013 –um aumento de 3 meses e 25 dias.
Os homens têm uma expectativa menor: ela passou de 71 anos em 2012 para 71,3 anos em 2013. Para as mulheres, o indicador subiu de 78,3 anos para 78,6 anos.
O atuário Newton Conde, diretor da Conde Consultoria e professor da Fipecafi-FEA USP, estima que no período de idade em que se concedem aposentadorias, dos 40 aos 80 anos, a expectativa de vida aumentou, em média, 58 dias entre 2012 e 2013.
Esse avanço corresponde à perda média de 0,65%, comparando o benefício concedido até sexta (28) e o que passa a valer nesta segunda.
Para se aposentar por tempo de contribuição, o homem deve comprovar pelo menos 35 anos. Já a mulher tem 30 anos como período mínimo.
Para as aposentadorias por idade, é necessário ter, ao menos, 65 anos (homens) e 60 anos (mulher). Nesse caso, o fator previdenciário é opcional: só é aplicado se beneficiar o trabalhador.
Pela tábua de 2012, a expectativa de sobrevida de um homem de 55 anos, por exemplo, era de 25,5 anos. Nos dados de 2013, subiu para 25,7.
A nova tabela do fator previdenciário vale até 30 de novembro de 2015.

Editoria de arte/Folhapress

MELHORA CONTÍNUA
Em 1980, a expectativa de vida da população era de 62,5 anos. Ou seja, subiu 12,4 anos quando comparada com 2013.
Para Fernando Albuquerque, gerente do IBGE, a expectativa de vida do brasileiro cresce de modo contínuo especialmente em razão da menor mortalidade de crianças e de idosos, na esteira dos avanços na área de saúde.
A alta da renda, diz, também explica, em parte, a redução da mortalidade infantil, ao lado de programas com esse objetivo. No caso dos idosos, o reajuste maior das aposentadorias vinculadas ao salário mínimo foi determinante para a menor mortalidade.
Segundo Albuquerque, a expectativa de vida do brasileiro só não avança mais porque há uma grande mortalidade de jovens do sexo masculino por causas violentas.
Fonte: Folha Online - 01/12/2014 e Endividado

 

MINERODUTO MINAS-RIO –EX-EIKE- O MAIOR DO MUNDO E SEUS PROBLEMAS!


(Folha de SP, 01)  1. A mortandade de peixes é só o mais novo capítulo da história atribulada do maior mineroduto do mundo, o Minas Rio, projeto que o ex-bilionário Eike Batista vendeu à Anglo American em 2008.  Com cinco anos de atraso e custo US$ 10 bilhões acima do estimado, um dos maiores estouros de orçamento da história da mineração, o mineroduto começou a funcionar no fim de outubro.
2. Trata-se de um duto de 529 quilômetros que sai da mina e da planta de beneficiamento de minério, em Conceição do Mato Dentro (MG), passa por 32 cidades e chega ao porto do Açu (RJ), levando minério misturado com água. O primeiro navio, com 80 mil toneladas de minério de ferro, zarpou rumo à China.  Para completar, em meio a uma das piores secas que Minas Gerais já viveu, a mina e o mineroduto consomem 2.500 metros cúbicos de água por hora, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 220 mil habitantes.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

 

Fortalecimento dos órgãos de defesa do consumidor avança no Congresso

 

A proposta de fortalecer os órgãos de defesa do consumidor venceu uma nova etapa no Congresso Nacional. O projeto de lei (PL 5.196/13) que dá aos procons poderes semelhantes aos dos juizados especiais foi aprovado na última semana pelos deputados da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara.
Pelo texto, os procons que hoje já realizam as audiências de conciliação em busca de acordos para que as empresas ressarçam pessoas lesadas em seus direitos, passarão a definir as medidas corretivas como obrigações. Para assegurar que a determinação seja cumprida, os procons podem, por exemplo, fixar multa diária, com valor de até três vezes o do bem ou do serviço reclamado.
“Hoje se o Procon determina isso não é suficiente para resolver. Agora vai poder exigir substituição e devolução do produto. [O projeto] é muito bom para o consumidor”, avaliou Cláudia Almeida, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Pelas regras atuais, o Procon é uma alternativa que o consumidor pode ou não utilizar. Caso a mudança avance efetivamente, este órgão passa a ser uma instância mais rápida de soluções e quase uma obrigação. “O Procon acaba recebendo a multa e [esta] fica revertida para um fundo, mas para o consumidor fica a tentativa frustada”, explicou a advogada.
Na prática, hoje, o Procon só pode aplicar a multa que é paga ao próprio órgão, mas se a empresa não aceita ressarcir o consumidor ele precisa ir a um juizado especial e começar a ação desde o início. “Se você compra um ferro ou outro produto, dependendo do valor, você é desestimulado, desmotivado a entrar na justiça”, disse Cláudia ao mencionar a burocracia e demora na solução destes impasses. “Seria um avanço [a aprovação do PL] porque essas ações não envolvem grandes valores e a mudança tornaria o processo mais célere”, completou.
Segundo Cláudia ainda faltam muitos avanços para que os direitos dos consumidores sejam assegurados. Ela citou casos como o das empresas de telefonia que ainda não ofertam a qualidade mínima de serviços e o da maquiagem de preços em oferta como as do Black Friday.
“Infelizmente falta uma atuação maior. Falta respeitar o que já [há], mas se esse projeto for aprovado já é um ponto positivo, um bom avanço porque o Procon terá estrutura para impor à empresa uma obrigação que ela já teria que cumprir”, concluiu.
A proposta segue agora para análise de deputados que integram a comissão de constituição e justiça (CCJ).
Fonte: Agência Brasil - 30/11/2014 e Endividado

 

Veja o que mais causa perda de qualidade de vida no trabalho

Pressão excessiva, desequilíbrio entre vida pessoal e profissional, falta de reconhecimento e liderança fraca são os aspectos mais determinantes para os funcionários estarem insatisfeitos com a sua qualidade de vida no trabalho.
Esse é o resultado de levantamento realizado pela empresa Love Mondays, site de carreiras em que funcionários emitem opiniões anônimas sobre seu local de trabalho.
A consulta, realizada em novembro deste ano a partir de 20 mil opiniões de funcionários sobre o seu local de trabalho enviadas ao site, procurou identificar quais os fatores positivos e negativos mencionados pelos profissionais que estão satisfeitos ou insatisfeitos com a qualidade de vida no trabalho.
A pesquisa mostrou que liderança fraca (409 menções), desequilíbrio entre vida pessoal e profissional (362 menções), falta de reconhecimento (323 menções) e pressão excessiva (308 menções) foram os fatores que mais pesaram negativamente para os funcionários que estão insatisfeitos com a qualidade de vida no trabalho.
Por outro lado, os funcionários que estão satisfeitos com a qualidade de vida no emprego mencionam o bom ambiente de trabalho (735 menções), oportunidades de progressão na carreira (597 menções) e o reconhecimento pelo seu desempenho profissional (405 menções) como fatores positivos.
"A qualidade de vida no trabalho não tem um conceito estabelecido. Tudo depende do que cada profissional almeja para sua carreira e seu momento pessoal. Há muita gente que prefere abrir mão de um salário maior e buscar outras conquistas. Em contrapartida, há aqueles que miram um salário mais atraente e não se importam em trabalhar até altas horas", diz Luciana Caletti, presidente da Love Mondays.
Setor
A pesquisa também aponta quais os setores em que os profissionais estão mais satisfeitos.
Em um ranking com notas de 1 a 5, o setor de serviços ao consumidor foi o que obteve melhor avaliação por seus funcionários (3,86).
A área com pior nota foi a de contabilidade consultoria (2,69).
RANKING
Consultoria e Contabilidade - 2,69
Varejo - 2,91
Transportes e Logística - 2,92
Serviços a Empresas - 2,92
Viagens, turismo e lazer - 2,94
Serviços financeiros - 3,05
Farmacêutica e saúde - 3,11
Mídia e comunicação - 3,25
TI e telecom - 3,27
Têxteis - 3,32
Manufatura industrial - 3,32
Educação - 3,38
Importação e exportação - 3,41
Construção - 3,47
Governo, ONG e associações - 3,48
Bens de consumo - 3,49
Energia - 3,51
Agropecuária - 3,57
Água E Saneamento - 3,59
Serviços ao consumidor - 3,86
Fonte: Folha Online - 01/12/2014 e Endividado

 

Governo de SP propõe piso salarial de R$ 905 em 2015

 

Proposta foi enviada pelo governador do Estado para Assembleia Legislativa em regime de urgência; se aprovada neste mês, o novo valor passa a valer em 1º de janeiro
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, enviou proposta de reajuste do salário mínimo no estado para R$ 905 em 2015. O Projeto de Lei que estabelece mudanças no piso regional paulista foi encaminhado nesta segunda-feira (1º) à Assembleia Legislativa de São Paulo em regime de urgência.
A proposta prevê um reajuste de 11,75% para a primeira faixa, que, se aprovada pela Alesp, passaria para R$ 905, e para segunda faixa, que passaria a valer R$ 920, representando um acréscimo de 10%.
Veja aqui a lista de profissões que integram as faixas 1 e 2. Atualmente, o piso paulista é dividido em três faixas com valores de R$ 810, R$ 820 e R$ 835.
O Projeto de Lei foi enviado à Assembleia em regime de urgência. Caso a Casa vote e aprove ainda neste ano, o reajuste passa a valer em 1º de janeiro.
Fonte: IG Economia - 01/12/2014 e Endividado

domingo, 30 de novembro de 2014

GABARITO DPE CE 2014 - Resultado da Prova de Domingo 30/11

GABARITO DPE CE 2014 - Resultado da Prova de Domingo 30/11

Posted: 29 Nov 2014 07:11 PM PST

Gabarito da Prova da Defensoria Pública do Estado do Ceará Cerca de aproximadamente sete mil pessoas estarão participando neste domingo (30/11) do concurso DPE CE 2014, serão aplicadas as avaliações através de provas e títulos da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPGE-CE), o concurso é destinado a seleção e contratação de profissionais para preencher 60 vagas. O gabarito DPGE CE 2014

 

TVs públicas lutam pela audiência e contra a falta de recursos

 

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo

A crise econômica que atingiu o mundo em 2008 e que ainda hoje se faz sentir na maior parte dos países afetou em cheio o orçamento das empresas públicas de comunicação, que dependem principalmente de recursos públicos para funcionarem. Além disso, precisam disputar a audiência com as novas tecnologias online, notadamente em relação ao público jovem. O assunto foi abordado por executivos de televisões públicas mundiais, reunidos no Rio, de 26 a 28 de novembro, durante a 23ª Conferência Public Broadcaster International (PBI).

O diretor de Assuntos Internacionais e Jurídicos da Rádio e Televisão de Portugal (RTP), José Lopes de Araújo, disse que o maior problema é o corte de verbas anunciado pelo governo português. “O grande desafio é sobreviver. Temos um orçamento muito reduzido, limitado. O governo decidiu que não vai dar mais um euro do orçamento do Estado para a televisão pública. Desde então, vivemos apenas com a taxa paga por cada lar, que é 2,65 euros por mês por contribuição ao audiovisual, e com seis minutos de publicidade de comerciais por hora”, disse Araújo.

Segundo o executivo, o valor é insuficiente para cobrir todos os custos da estatal. “Temos que viver apenas com este valor, com uma estrutura muito pesada, com mais de 1.600 trabalhadores e estúdios em todo o país. Temos dois canais nacionais abertos, dois canais temáticos no cabo e dois canais internacionais: a RTP Internacional e a RTP África. O nosso orçamento anual é de 220 milhões de euros e nossa receita está 20 milhões de euros abaixo do custo. Esta diferença temos que superar com a redução de custos e a busca de outras formas de financiamento comercial”, disse.

Para melhorar a audiência, segundo ele, uma das estratégias é investir mais em esportes, principalmente o futebol. “Nos últimos três anos, perdemos audiência. Mas faz seis meses que a estamos recuperando. Um dos conteúdos que dão muita audiência é o futebol, que é um produto âncora. Os portugueses, ao serem perguntados sobre o que gostariam que a televisão pública mostrasse, disseram que era o futebol. O futebol e o esporte em geral farão aumentar nossa audiência. Da mesma forma que a melhoria na qualidade dos programas de informação e de ficção.”

A crise financeira também se fez sentir de forma contundente no maior grupo público de mídia mundial, a britânica BBC. O diretor de Políticas Editoriais, David Jordan, disse que  a BBC tem sofrido com a redução das taxas de licenciamento nos últimos três anos e meio, que estão congeladas pelo governo e são corroídas pela inflação. “Isto é um grande desafio. Temos que buscar formas de economizar. Existe o perigo de precisarmos reduzir o nosso serviço, se continuarem a cair as taxas. O grande desafio é como se adaptar à situação em que o nosso orçamento está muito restrito e ao mesmo tempo continuar a garantir todos os serviços que costumamos oferecer”, explicou Jordan.

Segundo ele, o orçamento anual da BBC é de 3,5 bilhões de libras, recebidas pelas taxas de licenciamento pagas por cada casa com televisão, que atualmente é de 144 libras por ano. A taxa está congelada faz três anos e meio e deverá ficar assim pelo próximo ano e meio. “Ganhamos uma pequena parcela de dinheiro com a operação comercial, com a BBC internacional, o que garante algumas centenas de milhões de libras, vendendo programas e formatos de programas.”

Por causa da redução no financiamento, a empresa vem fazendo cortes de pessoal, principalmente nos setores administrativo e de gerenciamento. A maior parte dos 20 mil empregados é dos setores de produção de conteúdo e de jornalismo.

A programação da BBC, segundo o executivo, atinge 96% das pessoas no Reino Unido, que acessam semanalmente algum dos serviços oferecidos, seja através do rádio, da televisão ou da internet. “Globalmente, temos o objetivo de atingir 500 milhões de pessoas até o final desta década. Atualmente, são cerca de 270 milhões de pessoas por ano.”

Para garantir e aumentar a audiência, principalmente junto ao público jovem, a empresa vem investindo em novos canais, incluindo mídia online para tablets e celulares. “Encaramos dois desafios quanto aos jovens. Um é que a tecnologia está mudando e temos que estar aptos a prover toda a nossa programação de diferentes maneiras, seja em tablets ou em celulares. Também temos que apresentar o nosso conteúdo de forma que os jovens queiram acessar, o que é diferente de como os pais deles e os avôs faziam. É importante deixar os conteúdos disponíveis online e temos ajustado a nossa oferta neste sentido. Temos de permanecer relevantes para os jovens, oferecendo conteúdos nas plataformas que eles queiram e dando a eles conteúdos que desejem.”

Ao mesmo tempo, Jordan ressalta que é preciso atender ao público tradicional, que gosta de acessar o conteúdo sentado na poltrona de casa, ouvindo um velho rádio ou na frente da televisão. “O desafio é como continuar a servir nossa audiência tradicional, que gosta de escutar rádio ou ver televisão, e também a nova audiência, que usa tablets e celulares. É um grande desafio não só para a BBC, mas para toda a mídia mundial.”

A Conferência PBI ocorre anualmente, desde 1991, e esta foi a primeira vez que ocorreu em um país da América Latina, organizada pela Empresa Brasil de Comunicação - EBC. A próxima será realizada em 2015 na Alemanha.

 

Agência Brasil

 

Brasil e mais 12 países são reconhecidos pela FAO por combate à fome

 

Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Juliana Andrade

O Brasil e mais 12 países foram premiados hoje (30) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pelo progressos obtidos na luta contra a fome, entre eles a redução da proporção de subnutridos e do número absoluto de pessoas com fome. A premiação foi entregue na sede da entidade, em Roma.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, recebeu o prêmio em nome do Brasil.  Também tiveram reconhecidos pela FAO seus esforços no combate à fome: Camarões, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Irã, Kiribati, Malásia, Mauritânia, Ilhas Maurício, México, Filipinas e Uruguai.

O diretor da organização, José Graziano, elogiou as iniciativas que levaram os 13 países aos progressos recentes no combate à fome, mas lembrou que ainda há muito a fazer para erradicar o problema globalmente.

“Vocês superaram grandes desafios em condições econômicas globais e ambientes políticos difíceis. Vocês demonstraram vontade e mobilizaram os meios”, disse Graziano aos representantes dos países vencedores. “Vocês confirmaram que acabar com a fome e a desnutrição no nosso tempo é um desafio, mas também mostraram que é viável”, acrescentou, de acordo com informações da FAO.

Segundo Graziano, apesar dos avanços, 805 milhões de pessoas no mundo ainda sofrem de desnutrição crônica. “É necessário melhorar a qualidade e eficiência dos sistemas alimentares, promover o desenvolvimento rural, aumentar a produtividade, aumentar a renda rural, melhorar o acesso aos alimentos e reforçar a proteção social”, listou.

Entre os esforços reconhecidos pela FAO estão o cumprimento antecipado do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 1, de reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome até 2015, e a meta proposta durante a Cúpula Mundial da Alimentação (CMA), em 1996, de reduzir pela metade o número absoluto de pessoas com fome também até 2015. O Brasil, Camarões e o Uruguai alcançaram as duas metas antecipadamente este ano.

Ao todo, segundo a FAO, 63 países em desenvolvimento atingiram a Meta 1 dos ODM, e mais seis devem alcançá-la em 2015. Dos 63, 25 também alcançaram a meta da CMA.

O Brasil, de acordo com a organização da ONU, avançou por colocar o combate à desnutrição no centro da agenda política, desde a implantação o Programa Fome Zero, em 2003, combinado com programas de apoio à agricultura familiar. A ligação entre proteção e apoio produtivo contribuiu para a geração de empregos e aumento real dos salários, levando à redução da fome e das desigualdades.

 

Agência Brasil

 

Fortalecimento dos órgãos de defesa do consumidor avança no Congresso

 

Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo

A proposta de fortalecer os órgãos de defesa do consumidor venceu uma nova etapa no Congresso Nacional. O projeto de lei (PL 5.196/13) que dá aos procons poderes semelhantes aos dos juizados especiais foi aprovado na última semana pelos deputados da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara.

Pelo texto, os procons que hoje já realizam as audiências de conciliação em busca de acordos para que as empresas ressarçam pessoas lesadas em seus direitos passarão a definir as medidas corretivas como obrigações. Para assegurar que a determinação seja cumprida, os procons podem, por exemplo, fixar multa diária, com valor de até três vezes o do bem ou do serviço reclamado.

“Hoje se o Procon determina isso não é suficiente para resolver. Agora vai poder exigir substituição e devolução do produto. [O projeto] é muito bom para o consumidor”, avaliou Cláudia Almeida, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Pelas regras atuais, o Procon é uma alternativa que o consumidor pode ou não utilizar. Caso a mudança avance efetivamente, o órgão passa a ser uma instância mais rápida de soluções e quase uma obrigação. “O Procon acaba recebendo a multa e [esta] fica revertida para um fundo, mas para o consumidor fica a tentativa frustada”, explicou a advogada.

Na prática, hoje, o Procon só pode aplicar a multa que é paga ao próprio órgão, mas se a empresa não aceita ressarcir o consumidor ele precisa ir a um juizado especial e começar a ação desde o início. “Se você compra um ferro ou outro produto, dependendo do valor, você é desestimulado, desmotivado a entrar na Justiça”, disse Cláudia ao mencionar a burocracia e demora na solução desses impasses. “Seria um avanço [a aprovação do PL] porque essas ações não envolvem grandes valores e a mudança tornaria o processo mais célere”, completou.

Segundo Cláudia, ainda faltam muitos avanços para que os direitos dos consumidores sejam assegurados. Ela citou casos como o das empresas de telefonia que ainda não ofertam a qualidade mínima de serviços e o da maquiagem de preços em oferta como as da Black Friday.

“Infelizmente falta uma atuação maior. Falta respeitar o que já [há], mas se esse projeto for aprovado já é um ponto positivo, um bom avanço porque o Procon terá estrutura para impor à empresa uma obrigação que ela já teria que cumprir”, concluiu.

A proposta segue agora para análise de deputados que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

Agência Brasil

 

Agente que matou jovem negro nos Estados Unidos deixa a polícia

 

O agente policial Darren Wilson, que um júri decidiu não acusar pela morte do jovem negro Michael Brown, em Ferguson, no centro dos Estados Unidos, anunciou hoje (30), por meio de uma carta, a sua renúncia ao cargo. No texto, divulgado por um dos seus advogados, Wilson justifica a demissão, com efeitos imediatos, por razões de segurança.

A decisão do júri de não avançar com acusação contra Darren Wilson, de 28 anos, que matou Michael Brown, de 18 anos, no dia 9 de agosto, desencadeou uma onda de protestos em Ferguson, no estado do Missouri, que se estendeu para todo o país.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciou uma dupla investigação independente no sentido de apurar se houve violação de direitos civis no caso e se a polícia local mantém práticas discriminatórias.

Neste sábado, ativistas de direitos civis iniciaram uma marcha de sete dias, de 192 quilômetros, intitulada Jornada pela Justiça, que partiu do subúrbio de St. Louis rumo à capital do estado do Missouri, Jefferson City.

Um grupo composto por uma centena de manifestantes, muitos oriundos de outros estados norte-americanos, espera reunir o apoio de milhares de pessoas às suas reivindicações durante o percurso da marcha, que incluem a destituição do chefe da Polícia de Ferguson, a realização de amplas reformas nacionais na polícia e um apelo para o fim da discriminação racial.

Após a tranquilidade vivida na quinta-feira (27), Dia de Ação de Graças, na noite de sexta-feira (28), centenas de pessoas voltaram a protestar na sede do Departamento da Polícia de Ferguson e pelo menos 15 foram detidas pelas autoridades.

Este sábado, manifestantes voltaram a tomar as ruas de Ferguson e de outras cidades, como Washington. O caso de Ferguson reabriu dois debates nos Estados Unidos: a discriminação racial e a violência policial.

 

Agência Lusa e Agência Brasil