Planejamento familiar ou controle de natalidade? É evidente que o poder público necessita agir, com urgência.
Informação adequada em ampla escala e ofertas de recursos contraceptivos são fundamentais para conter a explosão demográfica.
Mas parece ser um tanto equivocado relacionar a incapacidade de todas as pessoas que não planejam o número de filhos basicamente à falta de informação.
Gostaria de testemunhar que, em muitos casos vivenciados dentro da escola, as mulheres têm informação de qualidade, esclarecimentos adequados e encaminhamentos médicos especializados. Chegam até mesmo a reclamar da quantidade de filhos que possuem e a manifestarem o desejo de não tê-los mais. Mesmo tendo a oferta de amparo, a oportunidade e a orientação necessária para planejarem seus filhos, não o fazem, tendo gravidezes sucessivas.
É evidente que a educação é fundamental e funciona efetivamente na formação dos indivíduos, desde tenra idade. A educação de adultos é também muito importante, porém, muitas vezes, não tem o alcance da educação formativa, pois atua com pessoas que já estão com a personalidade e o caráter formados (ou deformados).
Existem comprometimentos comportamentais, emocionais e mentais gravíssimos, gerados e/ou agravados por fatores múltiplos, entre os quais a miséria, a violência e, fundamentalmente, a falta de afeto. Para estes casos, que são muito mais comuns do que se imagina, não há informações e esclarecimentos suficientes para despertar um pouco de lucidez, pelo menos a curto e médio prazos.
Medias mais firmes, de trabalho efetivo com esses indivíduos muito comprometidos, previamente avaliadas por profissionais especializados, precisam ser tomadas. E aos que dizem ser a esterilização causadora de danos físicos e psicológicos irreversíveis para a mulher, falta-lhes refletir também sobre os danos físicos e psicológicos impostos a essas crianças que nascem sem parar, “cuspidas” no mundo, condenadas previamente, quase sem perspectivas de terem cuidados básicos de alimentação, saúde, educação, afeto e amor. Está aí a real e verdadeira crueldade, a grande hipocrisia dos “direitos humanos”.
A capacidade de discernimento deve ser estimulada e desenvolvida. Lamentavelmente, há certas condições humanas severas que a neutralizam profundamente. Consciência lúcida não é para qualquer um, infelizmente.
Educação, esclarecimento, informação, programas de saúde são imprescindíveis, e interferência do poder público em casos extremos e crônicos, por que não?
É importante que reflitamos também sobre um outro ponto crítico que funciona como uma “faca de dois gumes”: certo aspecto assistencialista do Estado. Em muitos casos, os “vales”, as “bolsas” e os “auxílios” recebidos pelas pessoas economicamente carentes são estímulos à inércia e à fecundidade das famílias. “Quanto mais filhos, mais ajuda!”
Está na hora de haver menos “democracia demagógica” e mais ação efetiva ou continuaremos com esse descontrole de natalidade irracional.
*Orientadora educacional
Fonte: Zero Hora, página 15 de 31 de julho de 2004.
Feltes nega pagar por categoria
O secretário da Fazenda, Giovani Feltes (PMDB) desmentiu, ontem, a informação de que o Estado pagaria em dia apenas os professores e os servidores da Segurança Pública. Segundo Pública. Segundo ele, a distinção entre servidores “jamais foi considerada”, garantiu. Feltes, no entanto, não informou se o Piratini efetuará parcelamentos ou pagará os vencimentos em sua integralidade.
Conforme o secretário, a Fazenda irá monitorar a receita até o momento da decisão e entre hoje e amanhã anunciará a medida sobre o calendário de pagamentos. A pretensão do governo do Estado é pagar na quinta-feira ou na sexta-feira, último dia útil de outubro.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de 27 de outubro de 2015.