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domingo, 5 de julho de 2015

Europa só negocia com Grécia após referendo

População dirá nas urnas domingo se aceita ou não exigências de credores

Bruxelas – os ministros da Economia da zona do euro, o chamado Eurogrupo, decidiram ontem prorrogar até depois do referendo do próximo domingo na Grécia toda a negociação com Atenas. O governo convocou um referendo para que o povo grego diga se aceita as exigências do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e União Europeia para receber mais ajuda financeira. As exigências incluem medidas como aumento de impostos e cortes na aposentadoria.
A Grécia não pagou a parcela de 1,6 bilhão de euros de sua dívida com o FMI que venceu na terça-feira passada e entrou em moratória (atraso). Também expirou o programa de ajuda financeira ao país. O pedido de prolongamento do pacote foi negado pelos ministros europeus.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselboem, ressaltou ontem que não haverá negociações sobre as exigências da Europa à Grécia por reformas econômicas até o resultado do referendo. “Dada a situação política, a rejeição das propostas anteriores, o referendo que irá acontecer no domingo e a recomendação do governo grego para votar 'não', nós não vemos mais espaço para negociações”, afirmou. Entretanto, mesmo que as negociações sejam retomadas após o referendo, Alemanha e outros países já deixaram claro que qualquer conversa sobre um novo programa de ajuda teria de começar do zero, com diferentes condições.
Menos de 24 horas após escrever a credores pedindo por um novo resgate e dizendo que aceitaria muitas de suas condições, o primeiro-ministro grego. Alexis Tsipras, abruptamente, voltou de modo combativo em discurso transmitido pela TV. Tsipras pediu ontem aos gregos que rejeitem o resgate internacional. A Grécia estava sendo “chantageada”, disse ele, descartando rumores de que poderia adiar ou cancelar a votação de domingo ou mesmo pedir que os gregos votassem pelo “sim”.


Fonte: Correio do Povo, página 8 de 2 de julho de 2015.