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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Em 2015, de cada 100 imóveis novos vendidos, 41 foram devolvidos, diz agência

Dificuldade dos consumidores em pagar também alterou rotina das empresas de leilão

Se o setor imobiliário tivesse de escolher uma palavra para se lembrar de 2015, ela certamente seria "distrato" - jargão usado pelas empresas, e agora também conhecido dos consumidores, para devolução de imóveis comprados na planta.

Esse foi o pesadelo de incorporadoras e proprietários de imóveis novos no ano passado, quando o setor registrou recordes históricos no volume de devoluções. O levantamento mais recente da agência de classificação de riscos Fitch, com nove companhias, mostra que, de cada 100 imóveis vendidos, 41 foram devolvidos de janeiro a setembro de 2015. Isso significa quase R$ 5 bilhões de volta na prateleira de venda das grandes empresas.

"Historicamente, o porcentual de distratos girava em torno de 10%, um patamar saudável para a indústria", diz Meyer Nigri, fundador da Tecnisa e vice-presidente da Abrainc, associação que reúne as 18 maiores companhias do setor. Os distratos sempre existiram, mas eram exceção, pois o comprador que decidia se desfazer de uma unidade até a entrega das chaves em geral conseguia negociá-lo com outro interessado por um valor maior do que tinha desembolsado até ali.

Agora, vender "por fora" significa perder dinheiro, já que o preço do imóvel está em queda e as incorporadoras estão cheias de unidades para desovar. "Antes, o consumidor comprava um imóvel por R$ 100 mil na planta, vendia por R$ 150 mil e embolsava a diferença", diz um executivo de uma grande construtora. "Agora, compra por R$ 100 mil, mas descobre, na entrega das chaves, que a incorporadora está vendendo por R$ 80 mil. É difícil sustentar o mercado assim."

Essa é apenas uma das faces do problema. A outra, que também se agravou com a deterioração econômica, é a restrição ao crédito. Conseguir um financiamento no banco está cada vez mais difícil. No mercado imobiliário, esse é um momento crucial, porque a venda só se concretiza na entrega das chaves: é quando o cliente da incorporadora passa a ser cliente do banco, ao assumir um financiamento, e a empresa recebe o valor integral do imóvel. A alta da taxa de desemprego, para quase 8,5% no ano passado, atravancou esse processo. Quem perdeu o emprego ou viu sua renda cair entre a compra do imóvel e a entrega das chaves tem grande chances de ter o financiamento negado pelo banco.

Antes que isso acontecesse, muita gente se antecipou. Foi o caso do aposentado Flávio Atorre de Mello, de 63 anos. Quatro meses depois de comprar um apartamento na planta, em novembro de 2012, ele foi demitido da emissora de TV onde trabalhava como gerente de operações. De lá para cá, a Selic, taxa básica de juros da economia, passou de 7,25% para 14,25%. "Quando fechei o negócio, minha ideia era pagar o máximo possível até as chaves e depois quitar o restante com meu apartamento antigo", conta.

Crise faz crescer número de imóveis tomados por bancos

A dificuldade dos consumidores de pagar o imóvel novo também mudou a rotina de antigas conhecidas do mercado imobiliário: as empresas de leilão. Nos últimos dois anos, elas viram o número de unidades retomadas por bancos mais que dobrar, embora as vendas tenham permanecido no mesmo patamar. Pelo menos, por enquanto. Isso porque as instituições financeiras tomaram mais imóveis de clientes inadimplentes, mas ainda estão tentando recuperar a totalidade da dívida. A expectativa dos leiloeiros e dos investidores é que até o fim deste semestre, as instituições financeiras comecem a revisar para baixo os preços mínimos pedidos nos leilões.

Em 2015, a Zukerman, com sede em São Paulo e atuação no País inteiro, colocou 4,4 mil imóveis em leilões extrajudiciais - denominados assim porque são tomados pelo banco depois de um período de atraso no pagamento, sem passar pela Justiça, um detalhe que também torna o negócio mais arriscado. Em 2014, eram 3,8 mil e, em 2013, 1,8 mil. Embora a oferta tenha disparado, o volume de negócios fechados manteve-se estável: entre 930 e 950 nos últimos dois anos. "Como há muita promoção de imóveis novos, o preço do leilão ainda não está atrativo. A tendência é que os bancos comecem a ceder", diz o leiloeiro Mauro Zukerman.

Ainda assim, os leilões têm chamado a atenção de investidores dispostos a tomar risco e conhecedores dos meandros jurídicos desse negócio. Em 2015, o advogado catarinense Jefferson Santana pagou R$ 112 mil à vista por um imóvel que valia R$ 180 mil e ainda estava ocupado. "É preciso estudar muito a oportunidade para não perder dinheiro", diz. "Se der certo, pretendo comprar um por ano."

Estadão e Correio do Povo

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Preços de commodities têm alta de 21,43%, em 2015

Os preços das commodities, produtos primários com cotação internacional, tiveram alta de 1,28%, em dezembro, na comparação com novembro. Em 2015, o Índice de Commodities Brasil (IC-Br), calculado mensalmente pelo Banco Central (BC), apresentou alta de 21,43%.
O IC-Br é calculado com base na variação em reais dos preços de produtos primários (commodities) brasileiros negociados no exterior. O BC observa os produtos que são relevantes para a dinâmica dos preços ao consumidor no Brasil.
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No segmento agropecuário, que inclui a carne bovina, as commodities tiveram alta de 27,11% no anoArquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil
No mês passado, o segmento agropecuário (carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco) subiu 2,45% e em 12 meses, 27,11%.
A alta do segmento de metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel) ficou em 1,76%, no mês, e em 9,43%, no ano.
Já o segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) teve queda de 7,94%, em dezembro. No ano, no entanto, houve alta de 1,68%.
O índice internacional de preços de commodities (CRB), calculado pelo Commodity Research Bureau, registrou aumento de 0,64%, em dezembro, e de 24,57%, no ano.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Em 2015, consumidores falaram menos ao celular e aumentaram o uso de internet


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Uma mudança de comportamento dos usuários de telefonia móvel fez com que, em 2015, o número de linhas de celulares caísse no país pela primeira vez. Serviços como o de TV por assinatura e telefonia fixa também tiveram sua primeira queda no número de usuários, motivada pela crise econômica. No entanto, os serviços de internet fixa e móvel, especialmente na tecnologia 4G, tiveram forte expansão no ano.
O setor de telefonia celular, que vinha crescendo a cada mês, apresentou uma queda de 2,8% no número de linhas ativas neste ano. Em janeiro, havia 281,7 milhões de linhas ativas no país e, em outubro (número mais recente da Anatel), o número havia caído para 273,8 milhões. A tendência de queda na telefonia celular era esperada só para daqui a dois ou três anos pelos agentes do setor, mas começou a ocorrer em junho deste ano.
smartphone
Parte  da  queda  é  atribuída  à  redução  de  4,5% no número de celulares com chip pré-pagoArquivo/ABr
Boa parte da queda é atribuída à diminuição do número de celulares com chips pré-pagos, segmento que teve redução de 4,5%. O percentual corresponde a uma queda de 10 milhões de chips. No mesmo período, os celulares pós-pagos apresentaram leve aumento, de 0,3%.
A queda no número de usuários de celular pode ser explicada por uma mudança de comportamento dos brasileiros. Em vez de ter dois ou três chips em cada aparelho para usar os serviços de voz, os clientes estão optando por trocar mensagens de texto e de voz por meio de aplicativos como o WhatsApp, que utilizam apenas dados de internet.
“O brasileiro tinha dois ou três chips para se comunicar com pessoas de várias operadoras. Na medida em que ele passa a se comunicar por meio de mensagens, ele não precisa mais disso, o que precisa é de um pacote de dados. Então, vemos o usuário descartando esse segundo ou terceiro chip, o que está levando a um encolhimento da base de pré-pagos”, diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. Segundo ele, essa tendência deve continuar porque o usuário está abandonando o serviço de voz e passando a gastar em dados.
Por causa desse comportamento, o acesso à internet móvel, que já tinha aumentado em mais de 50% no ano passado, cresceu 13,5% entre janeiro e outubro de 2015. O destaque foi para o crescimento dos acessos em 4G, que passaram de 7,8 milhões em janeiro para 20,4 milhões em outubro. A banda larga fixa teve um aumento de 5,4% no número de assinantes. Em janeiro eram 24,1 milhões de usuários, e em setembro cresceu para 25,4 milhões.
O setor de TV por assinatura foi outro que apresentou uma queda pela primeira vez este ano. Em janeiro, eram 19,65 milhões de assinantes, mas os números começaram a cair em maio. Os dados mais recentes divulgados pela Anatel são de outubro e mostram que o número de assinantes passou para 19,39 milhões, uma queda de 1,3%. No ano passado, o setor havia crescido 8,7%. Entre 2010 e 2014, o número de assinantes dobrou.
A crise econômica foi um dos principais motivos para a queda do número de assinantes. O especialista Eduardo Tude explica que a principal queda foi na tecnologia por satélite, que oferece planos mais baratos para atender famílias de renda mais baixa. “Esse pessoal acabou cortando a TV por assinatura e isso deu um impacto este ano. Acredito que, com a melhoria da situação econômica, o setor pode voltar a crescer”.
Na telefonia fixa também houve queda no número de usuários. Em janeiro, havia 45 milhões de linhas ativas e, em outubro, foram registradas 44,04 milhões de linhas de telefonia fixa, uma queda de 2,2%. A crise econômica também pode ser apontada como a causa da redução do número de usuários. “Já havia uma migração dos usuários de concessionárias para as autorizadas, mas o número total se mantinha estável, com um pequeno crescimento, e este ano estamos vendo uma queda. Acredito também que seja devido à crise econômica”, diz o especialista.



Situação hoje é de normalidade nos hospitais estaduais, informa secretaria



Rio de Janeiro - Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio Tomaz Silva/Agência Brasil
Três dias após a decretação do estado de emergência e do recebimento de ajuda dos governos federal e municipal, os dez hospitais da rede estadual localizados na capital e na região metropolitana do Rio de Janeiro têm funcionamento normal neste sábado (26). De acordo com boletim divulgado esta tarde pela Secretaria Estadual de Saúde, todos os pacientes que necessitam dos setores de urgência e emergência desses hospitais estão sendo atendidos, considerando a classificação de risco dos casos mais graves para os de menor gravidade.
Os pacientes de baixa complexidade estão sendo encaminhados para as unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) ou para unidades de Atenção Básica. Com exceção de uma, a de Itaboraí, na região metropolitana, as UPAs estão funcionando normalmente, segundo a secretaria.
No Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte, as especialidades clínica médica, cirurgia geral, neurocirurgia, ortopedia e pediatria são atendidas normalmente e os casos de menor complexidade são direcionados para a UPA Penha, no vizinho bairro da Penha Circular. Durante a crise vivida nos últimos dias pela rede hospitalar estadual, a emergência do Getúlio Vargas chegou a ser fechada e interditada por tapumes.
De acordo com nota à população, divulgada pelo gabinete de crise da secretaria, a situação de normalidade se repete em outros hospitais estaduais de grande movimento, como o Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na zona norte, Rocha Faria e Albert Schweitzer, na zona oeste, o Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o Azevedo Lima e Alberto Torres, em Niterói. Em todas essas unidades, os casos de baixa complexidade são encaminhados para UPAs próximas.
Segundo a secretaria, a UPA de Itaboraí está com restrições no atendimento pediátrico, limitado aos casos mais graves. A orientação é para que os pacientes procurem o Hospital Municipal Leal Júnior, no mesmo município.


Agência Brasil



Donos do Minha Casa podem perder imóvel

Caixa aperta cobrança de inadimplentes há mais de três meses da faixa 1


Brasília – O governo federal decidiu retomar os imóveis dos beneficiários mais carentes do programa Minha Casa, Minha Vida que estão inadimplentes há mais de três meses. A Caixa Econômica Federal apertou a cobrança das prestações que estão atrasadas.
A inadimplência da faixa 1 do programa – famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil – fechou o primeiro semestre deste ano em 22% dez vezes superior aos atrasos dos financiamentos imobiliários tradicionais. A mudança de postura em relação aos calotes se deve a dois fatores: o agravamento da crise, que não permite ao governo ser leniente com a inadimplência em momento de frustração de recursos, e o temor da fiscalização dos órgãos de controle, já que até 95% desses imóveis são bancados com dinheiro público.
Segundo o Ministério das Cidades, outro motivo para a retomada dos Imóveis é que a inadimplência da faixa 1 destoa das operações das outras duas faixas da Minha Casa: a parcela de atrasos acima de 90 dias nessas faixas está por volta de 2%. Segundo o governo, 25% dos contratos do Minha Casa faixa 1 está há mais de 90 dias em atraso.
O primeiro passo para retomar os imóveis dessas famílias foi dado no fim do ano passado pela presidente Dilma Rousseff. Ela modificou uma lei para determinar que os imóveis tomados tenham um tratamento diferenciado. Em vez de levar a leilão, a Caixa tem de reincluir o imóvel no programa, para ser direcionado a outro beneficiário que esteja na lista de espera.
A alteração na lei evita que o imóvel retomado seja comprado por uma família com renda superior, o que seria uma alteração do programa, pois essas casas ou apartamentos têm um tratamento tributário diferenciado, ou seja, são construídos com menos impostos.




Fonte: Correio do Povo, página 6 de 21 de setembro de 2015.


Dólar tem alta inédita e acelera para R$ 3,60

Moeda avançou sob forte pressão da China e do cenário político brasileiro

São Paulo – O anúncio de novas medidas para impulsionar a economia na China não foi suficiente para conter a alta do dólar ante o real. Após cair 1% na mínima do dia, a cotação voltou a ganhar força no fechamento e terminou a sessão em quase R$ 3,60, a R$ 3,592 (elevação de 0,93%), maior valor em 12 anos e meio. Foi a terceira sessão seguida de alta.
Mais cedo, a moeda americana chegou a recuar após o Banco Central chinês ter cortado taxas de juros e afrouxado taxas de compulsório – valor que os bancos são obrigados a ter como reserva – pela segunda vez em dois meses. O objetivo é evitar novas instabilidades no mercado acionário, após as Bolsas chinesas terem despencado mais de 8% na segunda-feira, afetando o mundo todo. O cenário político brasileiro, porém, pesou mais e catapultou o dólar.
Os investidores não viram com bons olhos o afastamento temporário do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, oficialmente por motivos pessoais. Também causa desconforto a proposta de novos aumentos de tributos em 2016. Questionado por jornalistas em Washington (EUA) sobre isso, Levy afirmou que o governo precisa ter um “orçamento o mais robusto possível” e está avaliando “todas as alternativas”. Levy afirmou ainda que “não está vendo um aumento” da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), mas não descarta a alta de outros tributos.
As Bolsas chinesas repetiram ontem o tombo visto na véspera e fecharam em queda de mais de 7%. Desta vez, não houve contágio na Bolsa brasileira. A Bovespa fechou no azul, com elevação de 0,47%, aos 44.544 pontos, após forte recuo de 3,03% na véspera, menor nível desde abril de 2009. A Bovespa, no entanto, terminou a sessão longe da máxima do dia, de mais de 2%, acompanhando a perda de fôlego das Bolsas dos Estados Unidos, que acabaram fechando mais uma vez no vermelho com a falta de convicção de Wall Street sobre a eficácia das medidas chinesas. O índice Dow Jones teve queda de 1,29%. O S&P 500 fechou em baixa de 1,35%.
Em nota, o Bank of America Merrill Lynch avaliou que para segurar os mercados chineses pode ser necessário muito além das medidas anunciadas. O alívio chinês, no entanto, foi suficiente para acalmar os mercados europeus, que apresentaram recuperação. Frankfurt teve alta de 4,97%, Milão registrou avanço de 5,86% e Paris subiu 4,14%.



Fonte: Correio do Povo, página 4 de 26 de agosto de 2015.

Dólar turismo atinge valor acima de R$ 4

O dólar comercial fechou ontem, em elevação de 0,31% ante o real, cotado a R$ 3,6030. A moeda norte-americana chegou a atingir, pela manhã, o valor de R$ 3,657. O dólar turismo superou os R$ 4,00 nas casas de câmbio. Já a Bovespa registrou uma valorização de 3,35%, após um tombo de 3,03% visto na véspera, em meio à disparada dos pregões em Wall Street e apesar de nova queda nas Bolsas da China. Esta foi a maior alta diária no ano na Bolsa brasileira.

Fonte: Correio do Povo, página 6 de 27 de agosto de 2015.