Investigação está longe do final, diz procurador-geral da República, Rodrigo JanotJosé Cruz/Agência Brasil
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (11) que os envolvidos no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e pagamento de propina investigados pela Operação Lava Jato “roubaram o orgulho brasileiro”. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva no Paraná, na qual foram denunciadas 35 pessoas envolvidas no esquema.
“Eu queria dar um recado: essas pessoas, na verdade, roubaram o orgulho dos brasileiros”, disse Janot. Ele acrescentou que a denúncia de executivos de empreiteiras envolvidas no esquema é apenas o começo da investigação. “Estamos longe do final dela [investigação]. Essa é mais uma fase – a complexidade dos fatos nos leva de forma responsável, de forma muito firme, a afirmar que esta investigação chegará ao final”, completou.
Segundo Janot, os denunciados ligados deram uma “aula de crime”. Na denúncia oferecida, o MPF informou que, dos 35 denunciados, 22 são ligados às empresas investigadas: Mendes Junior, GFD, Camargo Corrêa, UTC, OAS, Engevix e Galvão Engenharia.
Algumas pessoas foram denunciadas mais de uma vez, como o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O MPF ressaltou ainda que o doleiro Alberto Youssef, também denunciado, era o maior operador do esquema.
A Operação Lava Jato investiga um esquema de pagamento de propina, lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, de acordo com a Polícia Federal, movimentou R$ 10 bilhões desviados de contratos da Petrobras.
Parlamento português recomenda reconhecimento do Estado da Palestina
Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto
O Parlamento português aprovou hoje (12), por maioria, uma recomendação para que o governo reconheça o Estado da Palestina. A proposta, apresentada em conjunto pelo PSD, CDS-PP e PS, teve nove votos contra de deputados dos grupos proponentes.
No primeiro ponto do projeto de resolução da maioria e da bancada socialista, o Parlamento insta o governo a "reconhecer, em coordenação com a União Europeia, o Estado da Palestina como um Estado independente e soberano, de acordo com os princípios estabelecidos pelo direito internacional". Esse item foi rejeitado por nove deputados.
O segundo ponto da proposta defende que o governo, "em conjunto com seus parceiros da União Europeia e internacionais, continue a promover o diálogo e a coexistência pacífica de dois Estados democráticos Israel e Palestina, pois só por meio de negociações será possível garantir a segurança e a paz naquela região", e foi aprovado pela maioria dos parlamentares.
Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, o governo português "procurará escolher o momento mais adequado" para reconhecer o Estado da Palestina, como recomendou o Parlamento. "O governo é sensível ao apelo da Assembleia da República e procurará escolher o momento mais adequado para proceder ao reconhecimento do Estado da Palestina de modo que esse ato possa facilitar a solução que se considera necessária para que israelenses e palestinos convivam duradouramente de forma pacífica", disse Machete no Parlamento.
TRÂNSITO DO RIO PIORA 16% EM 10 ANOS E É 6% PIOR QUE O DE SP!
(Globo, 12) Em 2003, o tempo médio de viagem de casa para o trabalho na Região Metropolitana do Rio era de 43 minutos. Em 2012 (último dado disponível), já chegava a 50 minutos. A pior situação de mobilidade entre as principais Regiões Metropolitanas do país. Em São Paulo, por exemplo, piorou aumentando de 41 para 47 minutos. Os dados constam da primeira publicação da “Série Estados Brasileiros – Estudos de Caso: Rio de Janeiro”, que será lançada na segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Projetos.
Ex-Blog do Cesar Maia
EUA pedem aos países em desenvolvimento atuação contra aquecimento global
O secretário de Estado norte-americano pediu hoje (12), em Lima, aos países em desenvolvimento, responsáveis por mais da metade das atuais emissões de gases de efeito estufa, que atuem contra o aquecimento climático.
"Eu sei que é difícil para os países em desenvolvimento", mas "é imperioso que também eles atuem", declarou John Kerry, durante breve visita à capital do Peru, onde ocorre até esta sexta-feira a 20ª conferência da Organização das Nações Unidas sobre o clima.
Kerry destacou, diante de representantes de cerca de 190 países, que as nações industrializadas têm papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa, mas que isso não quer dizer que os outros países não tenham a obrigação de agir e possam repetir os erros do passado.
"Sei que as negociações são tensas e difíceis e sei que muitas pessoas estão furiosas com a difícil situação em que foram colocadas pelos grandes países, que se beneficiaram da industrialização durante muito tempo", explicou o chefe da diplomacia norte-americana.
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"[Não há tempo] para continuarmos sentados discutindo, para saber a quem cabe a responsabilidade de agir", acrescentou. "A responsabilidade cabe a cada um, uma vez que é a quantidade total de dióxido de carbono (CO2) que conta e não a parte de cada país".
A questão da responsabilidade entre os países é um dos pontos que impede progressos nas negociações sobre um acordo multilateral, no fim do próximo ano, em Paris, para lutar contra o aquecimento do planeta.
A Convenção da ONU sobre o Clima, de 1992, reconheceu "uma responsabilidade comum, mas diferenciada" no aquecimento global, definindo dois grupos distintos de países (desenvolvidos e em desenvolvimento).
Atualmente, a China e a Índia são, respectivamente, o primeiro e o quarto emissores do planeta. Outros países emergentes também veem as suas emissões aumentar.
Kerry advertiu que se apenas uma ou duas economias de maior dimensão não conseguissem responder a essa ameaça, boa parte do bom trabalho estaria a ser feiro pelo resto do mundo.
"Se falharmos, as gerações futuras não esquecerão", considerou o secretário de Estado norte-americano, ao pedir "ações concretas e compromissos ambiciosos", principalmente em relação à política energética dos países.
Agência Lusa e Agência Brasil
Mesmo com chuva, nível do Cantareira volta a cair
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
Após permanecer estável por dois dias, nível dos reservatórios do Sistema Cantareira volta a cairDivulgação/Sabesp
O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira voltou apresentar queda hoje (12), após permanecer estável por dois dias. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a medição mostra que o nível do sistema está em 7,5%. Na quarta-feira (10) e na quinta-feira (11), o volume ficou em 7,6%. A precipitação de ontem acumulou 5,3 mm, sendo que a média histórica para o mês dezembro é de 220,9 mm.
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Os outros sistemas que abastecem São Paulo também apresentaram queda. O Alto Tietê passou de 4,4% ontem para 4,2% hoje. A chuva sobre os reservatórios foi fraca, de 1,1 milímetro (mm). No Guarapiranga, houve alta, passando de 31,5% ontem para 32,2% hoje. Nesse sistema, a precipitação foi mais significativa, acumulou 25,6 mm.
Na capital paulista, a chuva caiu com força em grande parte da cidade nessa quinta-feira. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura, entraram em estado de atenção as regiões oeste, sudeste e sul da cidade.
O CGE informou que os próximos dias ocorrerão chuvas em volume significativo na cidade e também nas regiões onde estão localizados os sistemas de abastecimento de água. No fim de semana, uma frente fria que está sobre o oceano, no litoral sul do país, avançará lentamente em direção a São Paulo. O vento quente e úmido da região amazônica também chega ao leste paulista, favorecendo a formação de nuvens e chuvas mais consistentes.
No sábado (13), a temperatura varia entre 19ºC e 24ºC. Os índices de umidade relativa do ar ficam entre 60% e 90%. Não há previsão de chuva para o início da próxima semana.