1. Pergunta: Por que o PMDB quer descumprir o acordo de rodízio? Resposta: Esse acordo existiu em duas legislaturas, foi formatado no início delas. Não fizemos um acordo eterno de dividir com o PT nada. Fizemos um acordo em 2007 e repetimos o acordo em 2011. Não quer dizer que nós sejamos obrigados a repeti-lo sempre. Acordo é que nem contrato de locação. Você renova ou não. A gente não renovou. Hoje, o PT e o PMDB somos muito menores do que fomos porque as bancadas diminuíram. E o resto da Casa tem que participar. Não adianta eu querer fazer acordo se a Casa não quer.
2. P: E por que a Casa não quer? Por que o PMDB não quer? R: O PMDB não quer por uma razão muito simples. Estamos no exercício da presidência da Câmara. A Casa não quer porque o ambiente é muito mais conflagrado. Tem temas ideológicos sendo debatidos e o PT tem uma posição ideológica muito forte. A Casa não quer o comando dela na mão do PT hoje. Prefere uma atuação mais isenta. Teria mais dificuldade de a gente impor o nome do PT na Casa. A bancada do PMDB não abre mão, não quer perder o espaço. Então a discussão de alternância, neste momento, não cabe.
3. P: Mas a bancada do PT não é a maior? R: Isso não é regimental. O Aldo Rebelo foi presidente com 15 deputados. A Câmara tem um histórico que permite a disputa avulsa, não é como o Senado, onde no regimento está que a maior bancada tem o direito à presidência da Casa. Tem temas ideológicos sendo debatidos e o PT tem uma posição ideológica muito forte. A Casa não quer o comando dela na mão do PT hoje. // P: Mas a gente vê que o Congresso está mais conservador. Não há um cenário de mais resistência a pautas mais progressistas? R: Sem dúvida, mas não porque o Congresso está mais conservador. Mas porque o Congresso está mais bem representado do que é a sociedade. A sociedade é conservadora. O Congresso representa a sociedade. Hoje ele está mais próximo da sociedade do que esteve antes.
4. P: Diante de um Congresso assim quais questões que não tiveram espaço nas outras legislaturas que podem ter agora? R: Temos que ter firmeza na defesa da votação de uma reforma política.// P: Mas isso o PT quer... R: Não, não... Como a do PT a gente já refutou. A gente quer que se vote e, no máximo, a gente pode submetê-la a referendo. Mas, jamais, através de plebiscito. // P: Mas isso não é um pouco incoerente? R: Incoerente é a gente pedir voto para se eleger, ser eleito por cidadãos que nos delegaram o poder de representá-los e depois ter que ficar perguntando a eles todas as coisas, todas as horas. Seria praticamente a mesma coisa que se a gente quisesse ter consultas populares para o que o Executivo tem de governar. O Executivo também foi eleito e tem legitimidade.
5. P: Mas você não faz oposição ao Governo, então? R: Aí é que está, o grande erro da interpretação do papel. O líder de uma bancada não exerce sua opinião. Ele exerce o que a bancada decide. Eu sou porta-voz da bancada. Se eles acham que eu sou líder informal da oposição, então eles têm que interpretar que a maioria da bancada do PMDB é de oposição. Eu só exerço a vontade deles.
2. P: E por que a Casa não quer? Por que o PMDB não quer? R: O PMDB não quer por uma razão muito simples. Estamos no exercício da presidência da Câmara. A Casa não quer porque o ambiente é muito mais conflagrado. Tem temas ideológicos sendo debatidos e o PT tem uma posição ideológica muito forte. A Casa não quer o comando dela na mão do PT hoje. Prefere uma atuação mais isenta. Teria mais dificuldade de a gente impor o nome do PT na Casa. A bancada do PMDB não abre mão, não quer perder o espaço. Então a discussão de alternância, neste momento, não cabe.
3. P: Mas a bancada do PT não é a maior? R: Isso não é regimental. O Aldo Rebelo foi presidente com 15 deputados. A Câmara tem um histórico que permite a disputa avulsa, não é como o Senado, onde no regimento está que a maior bancada tem o direito à presidência da Casa. Tem temas ideológicos sendo debatidos e o PT tem uma posição ideológica muito forte. A Casa não quer o comando dela na mão do PT hoje. // P: Mas a gente vê que o Congresso está mais conservador. Não há um cenário de mais resistência a pautas mais progressistas? R: Sem dúvida, mas não porque o Congresso está mais conservador. Mas porque o Congresso está mais bem representado do que é a sociedade. A sociedade é conservadora. O Congresso representa a sociedade. Hoje ele está mais próximo da sociedade do que esteve antes.
4. P: Diante de um Congresso assim quais questões que não tiveram espaço nas outras legislaturas que podem ter agora? R: Temos que ter firmeza na defesa da votação de uma reforma política.// P: Mas isso o PT quer... R: Não, não... Como a do PT a gente já refutou. A gente quer que se vote e, no máximo, a gente pode submetê-la a referendo. Mas, jamais, através de plebiscito. // P: Mas isso não é um pouco incoerente? R: Incoerente é a gente pedir voto para se eleger, ser eleito por cidadãos que nos delegaram o poder de representá-los e depois ter que ficar perguntando a eles todas as coisas, todas as horas. Seria praticamente a mesma coisa que se a gente quisesse ter consultas populares para o que o Executivo tem de governar. O Executivo também foi eleito e tem legitimidade.
5. P: Mas você não faz oposição ao Governo, então? R: Aí é que está, o grande erro da interpretação do papel. O líder de uma bancada não exerce sua opinião. Ele exerce o que a bancada decide. Eu sou porta-voz da bancada. Se eles acham que eu sou líder informal da oposição, então eles têm que interpretar que a maioria da bancada do PMDB é de oposição. Eu só exerço a vontade deles.
Ex-Blog do Cesar Maia