Da Agência Lusa
Dez dos 38 mortos no atentado de ontem (26) na Tunísia foram identificados. “São oito britânicos, um belga e um alemão", disse Naoufel Somrani, o diretor dos Serviços de Urgência do Ministério da Saúde da Tunísia.
Centenas de turistas estrangeiros foram retirados hoje (27) da Tunísia, um dia depois do atentado reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) a um hotel. Depois do ataque, feito por um estudante tunísio, o primeiro-ministro Habib Essid assegurou que perto de 80 mesquitas acusadas de "incitamento à violência" serão fechadas. Ele anunciou ainda que vai recorrer às reservas militares para reforçar a segurança em locais sensíveis.
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O autor do atentado era um estudante que se fez passar por turista. Ele escondia uma arma em um guarda-sol e disparou na praia e à beira das piscinas do hotel Riu Imperial Marhaba, em Kantaoui, perto de Sousse – 140 quilômetros ao sul da capital, Túnis.
O atentado ocorreu no mesmo dia em que o Estado Islâmico reivindicou o atentado em uma mesquita xiita no Kuwait, que provocou 26 mortos, e em que um homem foi decapitado em Lyon, na França, a três dias do primeiro aniversário da instituição do califado proclamado pelo grupo jihadista sobre os territórios conquistados na Síria e no Iraque.
Neste sábado estão marcados 13 voos de Túnis para Londres, Manchester, Amsterdã, Bruxelas e São Petersburgo. "Temos medo, não nos sentimos seguros", disse um turista do País de Gales. "A nossa agência aconselhou-nos a voltar de imediato ao nosso país, a Bélgica. Tornou-se uma obrigação deixar a Tunísia de imediato", disse uma jovem turista belga.
O atentado ocorreu três meses depois do ataque ao Museu do Bardo, na Tunísia, que fez 22 mortos, também reivindicado pelo Estado Islâmico. O grupo reivindicou nos últimos meses atentados na Líbia, Yemen, Egito e Arábia Saudita.