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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Maria do Rosário entra com queixa-crime no STF contra Bolsonaro

Deputada alegou que Bolsonaro fez declarações ameaçadoras e incitou a violência

Deputada alegou que Bolsonaro fez declarações ameaçadoras e incitou a violência  | Foto: Elza Fiuza / Agência Brasil / CP

Deputada alegou que Bolsonaro fez declarações ameaçadoras e incitou a violência | Foto: Elza Fiuza / Agência Brasil / CP

 

A QUE SERVE O BRT?


1. O governo federal tem priorizado e se associado aos investimentos de prefeituras nos BRTs - ônibus articulados correndo em canaletas/corredor. Belo Horizonte, Recife e Rio são exemplos. É um projeto polêmico, pois as estações não têm conexão com outras linhas, como ocorre no "ligeirinho" de Curitiba. São corredores lineares, sem conexão que atravessam bairros.
2. A travessia dos bairros divide os mesmos ao meio, repetindo os problemas históricos dos trens suburbanos no Rio de Janeiro. Isso afeta o comércio, desintegra as relações de vicindade e gera riscos de acidentes nas travessias. No Rio já são contados às dezenas estes acidentes, com outros veículos e com pessoas.
3. Além disso, o corte das linhas de ônibus interbairros para garantir um alto IPK (índice de passageiros por km) e a ausência de integração para grande parte dos bairros gera um custo adicional para a conexão. E o tempo economizado durante o transporte linear é superado, em muito, pelas necessidades de conexões. Agregue-se os problemas que acarretam para os que vivem na periferia dos bairros, seja pela necessidade de conexão, seja pelo deslocamento a pé.
4. O projeto do BRT foi apresentado pela Federação de Transportes do Rio há mais de dez anos, no boletim semanal ou quinzenal que divulgava como publicidade nos jornais. O projeto, na época, não caminhou porque as empresas não deram solução para as conexões e para o acesso dos passageiros que moram afastados do corredor do BRT. O custo para as pessoas aumentava, assim como o tempo de deslocamento quando exigida conexão.
5. A questão que envolve essa decisão das empresas de ônibus leva em conta a insustentabilidade de um sistema que, só no Rio-capital, funciona com 9 mil ônibus. Os conflitos com os usuários, os problemas de trânsito, o transporte público como foco da imprensa e reclamação das pessoas, as pressões dos políticos, as convergências/divergência, com os três poderes..., levaram consultores das empresas de ônibus a projetar uma curva negativa crítica já em médio prazo.
6. Dessa forma, a proposta foi reduzir drasticamente o número de ônibus em circulação, minimizando as tradicionais relações políticas e aliviando as pressões sociais. Para isso, havia dois caminhos: o sistema se associar ao transporte sobre trilhos, ou criar um novo sistema em base às experiências de outras cidades. Dada a impossibilidade de associação ao Metrô/Trens pelos os investimentos requeridos e o funcionamento sob regime de concessão, adaptou-se a visão de Lerner. que chamou de Metrô Sobre Rodas.
7. Mas essa adaptação ocorreu com simplificação drástica e redução de investimentos. Daí saiu o BRT - um corredor linear desconectado. Com a redução do número de linhas de ônibus, o IPK cresceu imediatamente e assim o retorno do investimento. Na medida em que o sistema BRT é de controle eletrônico facilitado, as desconfianças sobre sonegação de informações e -por isso- também de tributos, simultaneamente, reduz a dependência anterior das empresas de ônibus aos políticos e aos poderes.
8.  Do ponto de vista da higienização política do sistema é um avanço e um objetivo positivo das empresas. Do ponto de vista da mobilidade/custo, desenho urbano, acesso, etc., é um retrocesso em relação ao transporte porta a porta, criticado por afetar o tráfego, mas requerido para o conforto das pessoas. Solução mesmo seria ampliar muito o transporte de massa sobre trilhos e usar o sistema sobre rodas para abastecê-lo onde for necessário e/ou integrar o sistema base com as linhas -digamos- vicinais.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

 

Dólar ultrapassa R$ 2,70 e fecha no maior valor desde 2005

 

Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

Uma semana após ultrapassar R$ 2,60, a moeda norte-americana supera a barreira de R$ 2,70. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (16) vendido a R$ 2,736, com alta de R$ 0,05 (1,87%). O valor é o mais alto desde 28 de março de 2005, quando a cotação tinha fechado em R$ 2,739.

O dia foi marcado pela volatilidade no mercado financeiro. Durante toda a sessão, a moeda operou em alta. Na máxima do dia, por volta das 13h, o dólar chegou a atingir R$ 2,756. A moeda norte-americana acumula alta de 6,37% em dezembro e de 16,03% no ano.

Contribuiu para a alta o anúncio do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que a autoridade monetária deverá reduzir as operações de swap cambial (vendas de dólares no mercado futuro) a partir de janeiro. Atualmente, o BC leiloa US$ 200 milhões por dia para segurar a divisa. Segundo Tombini, o montante diário ficará entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões no próximo ano.

Desde a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, o dólar registra grande volatilidade. A cotação não caiu mesmo após a confirmação da nova equipe econômica, com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central.

A instabilidade é agravada pelo cenário externo, com as perspectivas de aumento de juros nos Estados Unidos na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano. Além disso, a queda dos preços internacionais do petróleo e a alta de juros na Rússia, onde o Banco Central reajustou a taxa básica de 10,5% para 17% ao ano, têm aumentado a tensão no mercado financeiro global.

O dólar não tem caído apesar de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) ter aumentado a taxa Selic (juros básicos da economia) para 11,75% ao ano. Em tese, os jurosdomésticos mais altos ajudam a derrubar o dólar, porque ampliam a diferença das taxas brasileiras em relação às dos Estados Unidos, tornando o Brasil mais atrativo para aplicadores internacionais.

O dia também foi de oscilação na Bolsa de Valores. Depois de alternar momentos de alta e de queda, o Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a sessão praticamente estável, com queda de 0,02%. O índice, no entanto, permanece no menor nível desde março deste ano. As ações da Petrobras, as mais negociadas, diminuíram 2,2% depois de uma queda de 9,2% ontem (15).

 

Agência Brasil

 

MUNDO

Atentado contra ônibus escolar causa 26 mortes no Iêmen

 


a - Crédito: Paul Ellis / AFP / CP
INGLATERRA

Igreja Anglicana tem 1ª mulher designada para o cargo de bispo

 

Danos ao aeroporto de San José del Cabo foram causados pelo furacão Odile, em setembro, no México - Crédito: Ronaldo Schemidt / AFP / CP

INTERNACIONAL

Desastres naturais dão prejuízo de US$ 113 bilhões em 2014

 

Fiéis dançam tango no Vaticano para comemorar aniversário do Papa  - Crédito: Filippo Monteforte / AFP / CP

VARIEDADES

Fiéis dançam tango para comemorar aniversário do Papa

 


Bill Cosby escapa de acusação por agressão sexual - Crédito: Stan Honda / AFP / CP
GENTE

Bill Cosby escapa de acusação por agressão sexual

Crime teria ocorrido há 40 anos e promotores negaram ação por conta da prescrição

     

    Adiada para esta quarta-feira sessão do Congresso que votará LDO de 2015

     

    Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

    O Congresso Nacional adiou para hoje (17), às 10h, a sessão marcada para a noite dessa terça-feira (16) destinada à apreciação e votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano que vem. Na sessão da Câmara na noite de ontem, que terminou depois da meia-noite, foram aprovadas duas medidas provisórias (MPs). A primeira (MP 655) abre crédito extraordinário de R$ 5,4 bilhões em favor do Ministério da Educação para cobrir despesas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A medida será agora encaminhada à apreciação do Senado.
    Em outra votação, os deputados também apreciaram a MP 656, que promove muitas mudanças na legislação tributária federal, tais como a prorrogação de incentivos tributários e dos dispositivos para facilitar o crédito consignado na iniciativa privada. Diversas matérias consideradas estranhas ao texto da MP foram incluídas no relatório aprovado pela comissão especial. No entanto, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), rejeitou diversos dispositivos incluídos no relatório da MP.
    Alguns dispositivos que foram incluídos e que são conexos à MP foram mantidos no relatório aprovado pela comissão especial. O relator na comissão, senador Romero Jucá (PMDB-RR), incluiu no relatório um novo regime de tributação para as bebidas frias, além de dispositivos sobre registro de colheitadeiras, aviação regional e até sobre canais de TV. Os destaques, que visam a modificar o texto principal da MP, foram rejeitados, mantendo-se o texto já aprovado.
    Além dessas duas MPs, a pauta da Câmara prevê a apreciação de diversas matérias como propostas de emendas à Constituição (PECs), projetos de reajuste salarial para ministros do Supremo Tribunal Federal, deputados e senadores, presidente e vice-presidente da República e ministros de Estado. Essas matérias serão apreciadas hoje, logo após o encerramento da sessão do Congresso Nacional para apreciar e votar a LDO.

    A chuva forte que atingiu a região central de Brasília, inclusive a Esplanada dos Ministérios, no fim da noite de ontem, causou problemas de abastecimento de energia éltrica para alguns setores do Congresso Nacional, que não são abastecido por gerador, inclusive o Anexo 4, onde fica a maioria dos gabinetes dos deputados. A falta de energia foi motivo de pronunciamento, em plenário, do deputado Espiridião Amim (PP-SC), que falou sobre as dificuldades de continuar os trabalhos.

     

    Agência Brasil

     

    RM-RIO: AUMENTA USO DE CARROS E DIMINUI OS DEMAIS! TEMPO NO TRÂNSITO CRESCEU 32%!


    (Globo, 16) 1. A dinâmica dos deslocamentos da Região Metropolitana do Rio continua bastante focada no transporte individual, em detrimento do coletivo. É o que mostram dados recentes do PDTU.  Em 2003, o transporte individual era utilizado por 25,8% da população diariamente. Em 2012, 28,5% passaram a fazer uso dessa alternativa. Por outro lado, 74,2% usavam o transporte coletivo em 2003, fatia que encolheu para 71,5% em 2012.  Isso significa que o número de viagens de carro, táxi e motocicleta aumentou cerca de 3 pontos percentuais no período — mesmo índice de revés nas viagens de trem, metrô, ônibus e barcas.
    2. Em números absolutos, porém, todos os modais ganharam passageiros, algo esperado em função do crescimento da cidade: as viagens em coletivos subiram em 1,8 milhão por dia, totalizando 11 milhões. Enquanto isso, as viagens em transporte individual aumentaram 1,1 milhão por dia, chegando a 4,4 milhões.
    3. Também em função disso, o tempo médio diário gasto pelos motoristas de carro subiu 32%. Outra constatação do estudo é que houve significativa redução do número de passageiros do transporte alternativo de 2003 para 2012. As viagens de vans e Kombis sofreram revés de 59,65% no período, caindo de 1,6 milhão/dia para apenas 658 mil.
    4. Os deslocamentos a pé ou de bicicleta também caíram cinco pontos percentuais — de 37% para 31,8%.

     

    Ex-Blog do Cesar Maia

     

    Governo brasileiro e Unicef condenam ataque a escola no Paquistão

     

    Da Agência Brasil* Edição: Stênio Ribeiro

    O governo brasileiro e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) condenaram hoje (16) o ataque talibã a uma escola da cidade de Peshawar, Norte do Paquistão. “O governo brasileiro condena com veemência o atentado", diz trecho da nota divulgada pelo governo brasileiro.

    No ataque, ocorrido por volta das 10h30 (horário local), pelo menos cinco homens armados, vestidos com uniformes militares, entraram na escola. As últimas informações são de 141 mortos no ataque, dos quais 132 crianças.

    “Neste momento de pesar e consternação, o povo e o governo brasileiros manifestam solidariedade ao governo do Paquistão e às famílias enlutadas. O Brasil reitera, igualmente, seu repúdio à violência e sua condenação categórica a atos terroristas, independentemente das motivações”, completou a nota.

    O diretor executivo do Unicef, Anthony Lake, também condenou o ocorrido. “[O ataque] não deve apenas chocar a consciência mundial – como certamente fará –, deverá também mobilizar-nos ainda mais para apoiarmos os pais do Paquistão, que desejam para seus filhos a melhor educação possível, bem como todos aqueles que estão empenhados em proporcioná-la”, disse ele, em comunicado.

    Segundo testemunhas, o ataque começou com forte explosão na Escola Militar Pública de Peshawar. Homens armados entraram no estabelecimento e foram de sala em sala disparando nos alunos. De acordo com o Exército paquistanês, foi o ataque terrorista mais sangrento da história do país.

    O grupo Tehreek-e-Taliban Pakistan reivindicou a autoria do ataque como retaliação a uma grande operação do Exército, desenvolvida desde junho, nas zonas tribais do Waziristão do Norte e Khyber. De acordo com fontes oficiais, a operação já deixou mais de mil mortos.

     

    Agência Lusa e Agência Brasil

     

    IPC-S cai em cinco capitais na segunda semana de dezembro

     

    Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

    A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu em cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), da primeira e para a segunda semanas de dezembro. A maior queda foi registrada em Salvador (0,15 ponto percentual, ao passar de 0,88% para 0,73% no período).

    Também tiveram quedas no IPC-S as cidades de Belo Horizonte (0,13 ponto percentual, ao passar de 0,55% para 0,42%), Brasília (0,12 ponto percentual, ao passar de 0,73% para 0,61%), o Rio de Janeiro (0,07 ponto percentual, ao passar de 1,34% para 1,27%) e São Paulo (0,06 ponto percentual, ao passar de 0,57% para 0,51%).

    Por outro lado, duas cidades tiveram alta na inflação: Porto Alegre (0,34 ponto percentual, ao passar de 0,6% para 0,94%) e o Recife (0,06 ponto percentual, ao passar de 0,54% para 0,6%). A média nacional do IPC-S, divulgada ontem, manteve-se em 0,77% nas duas semanas.

     

    Agência Brasil

    Alunos mais pobres ampliam presença em universidades públicas

    UnB

    A participação dos 20% mais pobres da população brasileira na universidade pública aumentou quatro vezes entre 2004 e 2013 Wilson Dias / Arquivo Agência Brasil

    A participação dos 20% mais pobres da população brasileira na universidade pública aumentou quatro vezes entre 2004 e 2013, segundo a Síntese de Indicadores Sociais. De acordo com a pesquisa, esses alunos representavam 1,7% do total em 2004 e passaram a ser 7,2% em 2013.

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    Ao mesmo tempo, a participação dos 20% mais ricos caiu de 55% para 38,8% no período. O mesmo fenômeno ocorreu nas universidades privadas, em que a participação dos 20% mais ricos caiu de 68,9% para 43%, enquanto a dos mais 20% pobres cresceu de 1,3% para 3,7%.

    “Houve políticas de ampliação de vagas e outras [medidas] como o ProUni [Programa Universidade para Todos] e as cotas, mas também houve aumentos da renda e da escolaridade média [do brasileiro]”, disse a pesquisadora do IBGE Betina Fresneda.

    Houve ainda redução da distorção idade-série dos jovens de 15 anos a 17 anos, o que significa que um número maior de alunos está cursando a série adequada à sua idade, isto é, o ensino médio. Se em 2004 apenas 44,2% dos alunos dessa faixa etária estavam no ensino médio, em 2013, o percentual subiu para 55,2%.

    Aqueles, nessa idade, que ainda estão no ensino fundamental caíram de 34,7% para 26,7% no período. O número de jovens que não estudam também diminuiu de 18,1% para 15,7%. “Ainda há atraso, que é reflexo do problema que vem desde o ensino fundamental”, explica Betina.

    Os alunos de 13 anos a 16 anos que ainda estavam fora da série adequada eram 41,4% em 2013, apesar de o número ter caído, já que em 2004, esse percentual chegava a 47,1%.

     

     

    Agência Brasil

     

    Chuva forte causa prejuízo e assusta moradores em Brasília

     

    Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

    Durante três horas na noite desta terça-feira, uma forte chuva atingiu vários pontos do Distrito Federal e causou estragos, ruas ficaram totalmente alagadas. (Antônio Cruz/Agência Brasil)

    O volume de água registrado chegou a 75,6 milímetros, caracterizando a maior chuva em um único dia em todo o ano de 2014 Antônio Cruz/Agência Brasil

    O temporal que atingiu a capital federal na madrugada de hoje (17) provocou muitos estragos e assustou moradores. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, em apenas três horas, o volume de água registrado chegou a 75,6 milímetros, caracterizando a maior chuva em um único dia em todo o ano de 2014 em Brasília.

    Até as 10h da manhã, grande parte dos semáforos no Plano Piloto, região central da cidade, estava desligada. Carros do Departamento de Trânsito (Detran) e da Polícia Militar do Distrito Federal estão espalhados pela cidade na tentativa de organizar o trânsito. As ruas permanecem cobertas de sujeita, terra e galhos de árvores.

    Na 402 Norte, uma das quadras residenciais mais atingidas pela enxurrada, os prejuízos foram muitos – sobretudo nas garagens dos prédios. O engenheiro Tiago Ribeiro, 69 anos, chegou a tirar o carro da vaga coberta a que tem direito e estacionou na rua, mas não adiantou. “Dormi a noite toda, acordei cedo para ir trabalhar e deparei com o carro assim: fora da vaga, com água e muita sujeira por dentro”.

    O síndico do bloco em frente ao de Tiago, José Belmiro, acredita que construções recentes no centro de Brasília podem estar prejudicando o escoamento da água quando há chuva forte. “Em seis anos, nunca vi isso acontecer. A quadra virou um rio desenfreado. Tive que ajudar uma senhora a sair do carro, que já estava tomado pela água”, contou.

    O socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Cícero Júnior, 25 anos, trabalhou de forma quase ininterrupta desde o início do temporal, na noite de ontem (16). “Precisamos tirar muita gente de carros que ficaram presos na inundação. Foi um caos. Não parei até agora, nem pra dormir.”

    Em um hospital particular na parte norte da cidade, o pronto-socorro precisou ser fechado depois que a água tomou conta do local. A assessoria de imprensa não foi localizada pela equipe de reportagem para prestar mais esclarecimentos em relação aos prejuízos provocados pelo temporal. Na manhã de hoje, funcionários trabalhavam na tentativa de limpar o estabelecimento, mas não há previsão para a reabertura da emergência.

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    Agência Brasil

     

    CASSAÇÃO DE MANDATOS PARLAMENTARES: É O SUPLENTE QUEM DEVE ASSUMIR?


    1. Desde 2010 cresceu muito o número de parlamentares cassados por corrupção/falta de decoro parlamentar. Quando se trata de decisão do TSE de não constituir o mandato do parlamentar em função de situação ocorrida antes da eleição (lei da ficha limpa), ou durante a eleição (abuso do poder econômico), a praxe tem sido o cancelamento de sua votação e o recálculo dos votos.
    2. Com isso, o parlamentar a assumir não necessariamente é o suplente do partido. Neste ano mesmo ocorreram casos assim, em que o TSE destituiu o parlamentar eleito e no recálculo dos votos pelos TREs assumiram parlamentares de outros partidos.
    3. Mas a cassação durante o exercício do mandato parlamentar, por fatos não identificados pelo TSE/TREs mesmo que esses fatos tenham ocorrido antes da eleição desse parlamentar, têm sido tratados pelos parlamentos com a ascensão e posse do suplente. Tem sido assim. E os votos desses parlamentares continuaram a ser somados à legenda da coligação/partido que o elegeu.
    4. Esses casos não retornam ao TSE. E o STF, quando o parlamentar tem imunidade, ou o STJ/TJs, quando não, decidem e encaminham aos parlamentos respectivos para a cassação.
    5. Pode haver casos completamente desconectados das origens dos mandatos, como, por exemplo, uma agressão física em plenário enquadrada como falta de decoro parlamentar. Mas há outros que a conexão com a origem do mandato é evidente, como o caso do deputado Vargas, na semana passada.
    6. Casos como esse deveriam ser informados aos TSE/TREs para que estes procedessem o recálculo e definissem quem –de fato- deveria assumir o mandato.

     

    Ex-Blog do Cesar Maia

     

    Projeto de ressocialização de jovens infratores vence Prêmio Innovare

     

    Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg

    Em vez da discriminação, a educação e o apoio. Com essa receita, o projeto de ressocialização de adolescentes em situação de privação de liberdade, que atende a cerca de 70 jovens infratores no município pernambucano de Jaboatão dos Guararapes, conquistou hoje (16), em Brasília, o Prêmio Innovare na categoria Prêmio Especial.

    Concorrendo com outras 110 iniciativas, o projeto, desenvolvido no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), coloca a educação na base de todas as ações executadas na unidade, submetendo os jovens a uma rotina diária de aulas do currículo escolar nacional, aliado a oficinas de capoeira, robótica, arte, circo, informática e atendimento pedagógico.

    “O mais gratificante é perceber que a educação pode vencer”, comemorou o professor Adalberto Teles Marques, responsável pelo projeto. Para ele, o prêmio nacional pode ajudar a melhorar a estrutura do projeto e expandi-lo a para todo o país. “Todo o trabalho que é feito dentro do Case de Jaboatão é para que os adolescentes possam trabalhar e também vislumbrar um futuro melhor. Todas as atividades têm um cunho pedagógico. Desde o almoço ao jantar, tudo passa pela escola e essa é a grande inovação que nos levou o prêmio”, acrescentou.
    Emocionado ao receber o prêmio, o professor, destacou que os jurados do Prêmio Innovare tiveram a sensibilidade de acreditar que a educação pode ser o caminho para recuperação de adolescentes que cometeram atos infracionais. “Não entro no mérito da redução [da maioridade] ou não. Mas entro no mérito da questão da educação. Acredito que a educação é capaz de mudar situações. São jovens infratores, inclusive assassinos. Mas criamos um sistema de ensino, com uma equipe muito grande, em que os jovens são acompanhados fora do colégio, trabalham com eixos temáticos, aprendem a ser cidadãos e que podem mudar e construir uma vida nova”, disse Marques.

    Em sua décima primeira edição, o Prêmio Innovare, criado em 2004 e um dos mais conceituados da Justiça do país, visa a identificar, premiar  e disseminar iniciativas inovadoras realizadas por magistrados, membros do Ministério Público, defensores, advogados e profissionais graduados em qualquer área do conhecimento. Este ano, o prêmio especial, aberto à sociedade civil, abordou o tema “Sistema Penitenciário Justo e Eficaz”.

    “Um dos grandes desafios que temos é a melhoria do sistema de prestação jurisdicional no Brasil e, portanto, ter novas ideias e  pegar boas práticas que tiveram resultado é um caminho muito importante. Por isso, o prêmio sempre baliza situações que podem ser expandidas pelo Poder Público, pelo Judiciário, e pelo Executivo. Razão pela qual acho que esse prêmio é um grande marco na construção de um novo sistema jurisdicional para o país”, comentou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

    A 11a edição do Prêmio Innovare também premiou práticas nas categorias Tribunal, Juiz, Ministério Público, Defensoria Pública e Advocacia, cuja temática era livre. Ao todo, 367 projetos foram inscritos nessas categorias.

    Vencedor na categoria Defensoria Pública, com o projeto Fortalecendo os Vínculos Familiares, o defensor público Gabriel Santana Furtado se emocionou ao receber a premiação. “Meus pais são as luzes da minha vida e com o nosso projeto tentamos acender novas luzes na vida daquelas crianças”, disse.

    Desenvolvido em unidades prisionais de São Luís (MA), o projeto consiste na regularização do registro de filhos e enteados de presos, com objetivo de garantir acesso a direitos fundamentais, como a convivência familiar e o reconhecimento da filiação afetiva e biológica dos filhos dos internos. “Não nos conformamos com a atuação apenas nos gabinetes”, explicou o defensor público Joaquim Gonzaga de Araujo, também responsável pela prática.

     

    Agência Brasil

     

    Dólar ultrapassa R$ 2,70 e fecha no maior valor desde 2005

     

    Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

    Uma semana após ultrapassar R$ 2,60, a moeda norte-americana supera a barreira de R$ 2,70. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (16) vendido a R$ 2,736, com alta de R$ 0,05 (1,87%). O valor é o mais alto desde 28 de março de 2005, quando a cotação tinha fechado em R$ 2,739.

    O dia foi marcado pela volatilidade no mercado financeiro. Durante toda a sessão, a moeda operou em alta. Na máxima do dia, por volta das 13h, o dólar chegou a atingir R$ 2,756. A moeda norte-americana acumula alta de 6,37% em dezembro e de 16,03% no ano.

    Contribuiu para a alta o anúncio do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que a autoridade monetária deverá reduzir as operações de swap cambial (vendas de dólares no mercado futuro) a partir de janeiro. Atualmente, o BC leiloa US$ 200 milhões por dia para segurar a divisa. Segundo Tombini, o montante diário ficará entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões no próximo ano.

    Desde a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, o dólar registra grande volatilidade. A cotação não caiu mesmo após a confirmação da nova equipe econômica, com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central.

    A instabilidade é agravada pelo cenário externo, com as perspectivas de aumento de juros nos Estados Unidos na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano. Além disso, a queda dos preços internacionais do petróleo e a alta de juros na Rússia, onde o Banco Central reajustou a taxa básica de 10,5% para 17% ao ano, têm aumentado a tensão no mercado financeiro global.

    O dólar não tem caído apesar de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) ter aumentado a taxa Selic (juros básicos da economia) para 11,75% ao ano. Em tese, os jurosdomésticos mais altos ajudam a derrubar o dólar, porque ampliam a diferença das taxas brasileiras em relação às dos Estados Unidos, tornando o Brasil mais atrativo para aplicadores internacionais.

    O dia também foi de oscilação na Bolsa de Valores. Depois de alternar momentos de alta e de queda, o Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a sessão praticamente estável, com queda de 0,02%. O índice, no entanto, permanece no menor nível desde março deste ano. As ações da Petrobras, as mais negociadas, diminuíram 2,2% depois de uma queda de 9,2% ontem (15).

     

    Agência Brasil