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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Cupons de desconto caem nas graças do consumidor

Quem já assistiu a algum programa que passa nas televisões a cabo sobre o uso de cupons nos Estados Unidos certamente ficou estarrecido com o empenho das famílias que organizam a rotina e o orçamento em torno da economia gerada com os cupons de desconto. Há quem não gaste um centavo de dólar para fazer uma mega compra no supermercado e, com isso, a dispensa da casa se transforma num minimercado próprio.

Por aqui, essa é uma tendência relativamente nova e a diferença é que os cupons não são cumulativos, como por lá. Mas as empresas brasileiras, inclusive as de Rio Preto, já descobriram que essa é uma alternativa para fidelizar o cliente e fazer o produto ou serviço chegar diretamente no cliente em que o empreendimento está focado.

Os cupons de desconto podem ser dados tanto para as compras em lojas físicas como para as feitas em lojas virtuais. Essa segunda opção envolve principalmente grandes redes varejistas que atuam em setores de eletroeletrônicos, vestuário, calçados e até de turismo.

Já as micros e pequenas empresas optam pelos cupons impressos, que podem sair no verso de notas fiscais de compras em outros estabelecimentos ou entregues em lojas que atendam seu público. Por exemplo, uma pizzaria faz o anúncio do seu desconto num cupom impresso na nota fiscal de um supermercado ou açougue da mesma região da cidade em que está localizada. Uma novidade do segmento são os cupons virtuais, enviados via SMS ao cliente.

Rio Preto já tem uma empresa que atua exclusivamente com a venda de anúncios de cupons de desconto. Segundo Eduardo Petrone, diretor de expansão da TicketCom Brasil, o mercado de cupons de desconto é uma proposta para empresas de qualquer tamanho e funciona melhor para pequenas e médias que não conseguem usar a mídia convencional por razões de custos.

"Essas empresas estão conseguindo se comunicar com o público alvo e ampliar receita, além de obter a fidelização de clientes que já os conhecem". A empresa tem 52 anunciantes de setores do comércio local como pizzarias, salões de beleza, calçados, serviços automotivos, entre outros. Para as empresas, o custo varia entre R$ 250 e R$ 2,5 mil, conforme o número de cupons e pessoas atingidas.

Os cupons são impressos no verso de notas fiscais de supermercados, lojas, lavanderias e outras empresas que funcionam como plataforma de divulgação gratuita dos cupons. "Uma nova modalidade são os cupons digitais. Enviamos os cupons diretamente por mensagens de SMS. O consumidor tem acesso a um cupom ou vários cupons para usar de imediato", explica.

Para o consumidor, os descontos podem ocorrer de diversas formas, depende do produto ou serviço. Segundo o CEO da Cuponomia, Antonio Miranda, em geral, os descontos variam de 5% a 20% no valor do produto, especialmente nas compras pela internet, mas podem significar ainda compre dez e ganhe um, leve um refrigerante grátis e outras opções nas lojas físicas.

Segundo Petrone, um posto de combustível que divulgue um cupom com R$ 0,04 de desconto por litro abastecido. Cada cliente poderá usar um cupom diferente toda vez que abastecer, o que dependendo do consumo e número de veículos na família, pode representar de 7% a 15% de economia.

Virtual


A Cuponomia atua especificamente com cupons para compra no mercado virtual e hoje tem entre os parceiros grandes redes como Casas Bahia, Submarino, Americanas.com, Dafiti, entre outras. "Apesar de ser um segmento novo, já representamos 2% da compra online no Brasil", afirma. Isso, inclusive, porque o brasileiro tem o hábito de pesquisar, de negociar os preços e pedir descontos. "O consumidor sentia falta na internet desse mercado de negociação de preços.

Em muitos casos, os cupons ajudam na decisão de fechar uma compra", afirma. O consumidor rio-pretense já descobriu essa tendência, apesar de nova. Em 2013, 9 mil pessoas utilizaram os cupons do Cuponomia para finalizar suas compras pela internet. No ano passado, esse número subiu para 12 mil consumidores. "O consumidor acessa o site e vê se tem algum cupom da loja na qual está querendo comprar". Ele copia o código e utiliza na hora de finalizar a compra.

Empresários buscam fidelização da clientela

O fato de exigir um baixo investimento e chegar exatamente no público que se busca atingir são algumas das razões que têm motivado empresários de Rio Preto a investir nesse tipo de mídia, a dos cupons de desconto, sejam os impressos em notas fiscais ou distribuídos diretamente em lojas da cidade.

O empresário Nélio de Castro Gomes, franqueador da Bella Nina Pizzaria, conta que utiliza esse tipo de publicidade há cerca de seis meses. E que sim, já sentiu os efeitos positivos. "O retorno é grande e conseguimos, principalmente, fidelizar nosso cliente", afirma. Na empresa, a cada dez cupons, o cliente ganha uma pizza.

Gomes explica que optou pela impressão na nota fiscal de estabelecimentos como supermercados, açougues, padarias, papelarias e outros estabelecimentos próximos à pizzaria, que fica na Avenida Murchid Homsi. "Sem contar que a nota fiscal não era muito pedida, agora é uma forma de o cliente levar, já que há vantagens".

Salão de beleza

A empresária Viviam Jammal, do Plaza Hair Studio, conta que está usando a estratégia de anunciar seus serviços por meio de cupons pela primeira vez e está bastante otimista pelo fato de que vai conseguir chegar diretamente no seu cliente. "Vamos deixar em lojas de calçados, confecções e acessórios que também atendem nossos clientes", disse.

A cabeleireira vai investir cerca de R$ 300 para dar descontos, que ainda estão sendo formatados, em tratamentos capilares e estéticos. "É uma alternativa interessante porque traz benefícios diretos ao consumidor", afirma.

App usa Nota Fiscal Paulista para ajudar a economizar

Além do uso de cupons para economizar nos gastos, uma forma sempre eficaz é manter o controle de suas compras e fazer pesquisas e comparativos de preços dos produtos. E, para isso, não é mais preciso ficar batendo perna de um estabelecimento a outro ou mesmo criar planilhas e anotações. A tecnologia está aí para ajudar e há aplicativos que fazem todo o controle com apenas algumas informações e cliques.

Um destes exemplos é o Meus Preços, aplicativo criado por Victor Harada, disponível apenas no Estado de São Paulo, que, utilizando os dados da Nota Fiscal Paulista, consegue fazer um levantamento de todos os gastos do usuário, desde que ele tenha solicitado o uso de seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) no programa no ato da compra. "O uso do aplicativo é simples, basta o usuário fazer a sincronização da conta dele com a Nota Fiscal Paulista e todo o seu história de compras utilizando o programa será disponibilizado para consulta.

Ele consegue acessar o que ele comprou, quando comprou e quanto pagou", afirma Harada. O aplicativo, que está em mais de 500 cidades do Estado, já possui 1.253 estabelecimentos cadastrados em Rio Preto. Ao todo, no Estado, são cerca de 80 mil estabelecimentos. Quando o usuário quiser saber quanto pagou por um produto, basta escanear seu código de barras utilizando o smartphone e o aplicativo apresentará um histórico com todas as vezes que aquele produto foi adquirido e quanto foi pago em cada uma das vezes.

"O Meus Preços contribui também para o controle financeiro. A pessoa consegue ver quais são seus os produtos mais comprados por ela, quanto ela está pagando por eles e ainda pesquisar quanto está esse produto em estabelecimentos próximos a ela, utilizando o sistema de localização", afirma o cofundador do app. O serviço também funciona como ferramenta de pesquisa, apenas, para aqueles usuários que não querem se cadastrar com a Nota Fiscal Paulista. O aplicativo aponta para o usuário o preço médio de um produto e também por quanto está sendo vendido em outros lugares da cidade. O Meus Preços é gratuito e está disponível tanto para iOs quanto para Android.

Uso de cupons exige cuidado

Embora possa representar uma economia no orçamento, o uso de cupons de desconto não significa necessariamente vantagem ao consumidor. A afirmação é da supervisora institucional da Proteste, Sônia Amaro. "Não existe nada de graça", diz. E, para que possa se resguardar, ela sugere que o primeiro passo antes da compra seja a pesquisa de preços. "Pode ser que outra empresa esteja oferecendo o mesmo produto ou serviço por menor valor".

Agora, quando a compra for utilizar os cupons, ela orienta que o consumidor observe qualquer tipo de limitação que possa ser imposta pela loja, como por exemplo um prazo determinado para expirar a promoção ou um dia em que a compra não possa ser feita. "Pode ser que se a promoção exigir um prazo muito curto para o uso do cupom não compense para o consumidor".

Direitos

Quanto ao restante das regras de compras, especialmente pela internet, a especialista em direito do consumidor afirma que nada muda. A empresa tem de garantir o direito à troca, ainda que se use algum cupom. Outra observação importante é verificar se o preço praticado pelo vendedor não é muito abaixo da média, o que pode configurar numa cilada. "É importante também checar o CNPJ, endereço fixo, telefone e consultar reclamações".

Fonte: diarioweb.com.br - 18/01/2015 e Endividado