Decisão do presidente Barack Obama não foi contestada pelo
Congresso
Washington – O Departamento de Estado americano retirou
oficialmente Cuba da lista de estados que apoiam o terrorismo, a
medida mais aguardada por Havana nesta etapa de negociações ara o
restabelecimento das relações com Washington. E que deverá
desobstruir o caminho para a reabertura das embaixadas cubana e
americana, debatida desde janeiro. A Ilha havia sido incluída na
lista em 1982, por apoiar as Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc).
A decisão foi tomada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em 14
de abril, três dias após seu histórico encontro com o ditador
cubano Raúl Castro, durante a VII Cúpula das Américas. O
Congresso, comandado pelos republicanos, tinha 45 dias para se
manifestar. Se discordasse, teria de ter votado a desaprovação
conjunta das duas Casas. Mas, apesar das resistências de parte da
oposição, poucos republicanos se manifestaram.
Em Cuba houve comemoração. Ileana Alfonso era adolescente quando
uma bomba explodiu em um avião que ia de Barbados para Havana
durante a Guerra Fria, matando seu pai. Ele era diretor da Federação
da América Central de Esgrima e morreu junto com outras 72 pessoas
no atentado contra uma aeronave da Cubana Aviação, atribuído a
anticastristas. “Uma lista na qual nunca deveríamos ter estado”,
disse ela, aos 57 anos.
Fonte: Correio do Povo, página 8 de 30 de maio de 2015.