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domingo, 28 de junho de 2015

Construção civil reaquecida

Os novos pacotes de medidas de incentivo à retomada do crescimento, anunciados pelo governo federal , deixaram um pouco mais otimistas os empresários da construção civil. O montante de R$ 198,4 bilhões pode significar o reaquecimento de um mercado estagnado por conta de uma série de problemas estruturais, entre eles o contingenciamento de R$ 25,7 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de R$ 5,6 bilhões no Minha Casa Minha Vida. Esse recuo na atividade econômica vem acompanhado de um pessimismo no setor, o maior em 16 anos. Em uma escala de 0 a 100, a perspectiva de desempenho deve queda de 37,1 para 35,9 pontos. Segundo o SindusCon-SP, isso representa queda de 3,2% na comparação com o resultado de fevereiro e de 19,7% em um lapso temporal de 12 meses.
Agora, as perspectivas são mais favoráveis a partir de medidas como as alterações no crédito compulsório, que liberou R$ 22,5 bilhões da poupança para financiar imóveis, somadas aos mais de R$ 4,9 bilhões do FGTS. Com um déficit em torno de 6 milhões de moradias, o país precisa voltar a construir. Além da oferta de habitações, há também o fato de que a construção civil é a porta de entrada para o mercado para profissionais que ainda não têm qualificação adequada. Com isso, a partir da renda auferida, eles podem sustentar suas famílias e melhorar sua formação a fim de disputar vagas melhores, tanto no seu segmento inicial quanto em outras áreas. Diante disso, o setor precisa retornar a patamares de anos atrás.


Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 13 de junho de 2015, página 2.