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sábado, 13 de dezembro de 2014

Depressão pode começar nos primeiros anos de vida, mas nem sempre é tratada

A publicitária Bárbara Lopes* apresentou os primeiros sinais de depressão aos 19 anos. Na época, começou a se isolar, faltava às aulas na faculdade e dormia durante grande parte do tempo. “Tinha dia em que eu não queria sequer tomar banho. Minhas amigas me chamavam para sair, mas eu não queria. Eu dizia que estava triste, mas para mim não era depressão. Era só tristeza”, lembra. Especialista ouvida pela Agência Brasil diz que é uma doença que pode começar em pessoas jovens e nem sempre recebe tratamento médico.

Adolescente

Apesar de ser tida por muitos como uma doença que atinge os mais velhos, a depressão pode surgir entre jovens e adolescentesJosé Cruz /Agência Brasil

Mais de 15 anos depois e uma lista extensa de psiquiatras e psicólogos visitados, a publicitária atualmente é casada, tem um bebê e atua na área em que se formou, mas ainda luta contra a doença. “As pessoas ficam sempre perguntando o que a gente tem. Aqueles que se julgam normais perguntam por que eu estou triste se tenho tudo que preciso, se tudo está certo, se sou bonita e inteligente”.

Bárbara toma o mesmo medicamento há sete anos. Mesmo sendo acompanhada por profissionais, a depressão precisa ser combatida diariamente. “Outro dia, deixei meu bebê cair da cama. Além de me sentir culpada, comecei a pensar que nada para mim funcionava, que tudo para mim dava errado, que eu era a pior mãe do mundo”.

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Para a publicitária, a combinação entre medicamento e terapia traz qualidade de vida para quem sofre com a doença. “O remédio libera aquilo que está faltando no seu organismo. É como se fosse uma orquestra que precisa do maestro. Quando ele está ali, a música sai direito. Quando não tem o maestro, não tem música”, resume.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esta semana,indicam que mais de 11 milhões de brasileiros têm depressão. O número corresponde a 7,6% das pessoas com 18 anos ou mais. Ainda segundo o instituto, desse total, apenas 46,6% dos pacientes tiveram assistência médica nos 12 meses anteriores à pesquisa.

De acordo com a psiquiatra e psicoterapeuta Fatima Vasconcelos, o Brasil é um dos países latino-americanos com índices mais altos quando o assunto é depressão. Apesar de ser tida por muitos como uma doença que atinge os mais velhos, a depressão, segundo ela, começa cedo – 9% dos casos ocorrem entre 18 e 25 anos; 7,5% entre 26 e 49 anos; e 5,5% acima dos 50 anos.

“Quanto mais precoce é a doença, mais grave pode vir a ser no futuro e mais danos ela vai provocar na vida do indivíduo. A depressão é uma doença crônica e o mais comum não é ter só uma única crise na vida. O risco de ter uma segunda crise é 50% maior após a primeira. E, para quem tem dois episódios, a chance é 70% maior.”

Ainda de acordo com a especialista, a estimativa é a de que seis em cada dez pacientes não procuram ou não encontram tratamento para a doença – sobretudo em razão do preconceito. Ela destaca que uma pessoa com depressão sofre com alterações do humor e, por mais que queria estar bem, vê o mundo de forma negativa e precisa de ajuda para enfrentar isso.

“Uma pessoa que está deprimida, às vezes, nem percebe que está triste. Mas, quando vai para o trabalho, rende menos do que rendia. Tem dificuldade de memória, concentração e sente uma insegurança muito grande. Ela passa a desconfiar de sua própria capacidade. Por isso, é muito importante que as pessoas saibam que a depressão é uma doença do cérebro que tem que ser reconhecida e tratada.”

*Nome fictício a pedido do entrevistado.

 

 

Agência Brasil

 

Acidente deixa dois mortos em São José dos Ausentes (RS)

Colisão frontal entre carro e caminhão ocorreu no km 28 da BR 285

 

Acidentes nas estradas gaúchas deixam outros três mortos

 

BM prende quadrilha que furtava veículos no Litoral Norte do Rio Grande do Sul

 

Mulher é internada após ataque de enxame de abelhas em shopping de Porto Alegre

 

Inter se aproxima de acerto com Lucas Barrios

 

MP denuncia 22 na sétima fase da Operação no RS

 

Clube analisa ofertas para as laterais

 

 

Trensurb conclui substituição de bilhetes de papel por cartões

 

Confiança da indústria na economia tem pequena alta em dezembro

 

Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco

Indústrias

Depois de três quedas consecutivas, Índice de Confiança do Empresário Industrial apresenta ligeira alta em dezembro Wilson Dias/Agência Brasil

Depois de três quedas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial apresentou ligeira alta em dezembro, ficando em 45,2 pontos – diferença de 0,4 ponto em relação ao resultado de novembro (44,8). Apesar da melhora, o índice divulgado hoje (12) pela Confederação Nacional da Indústria  (CNI) fecha o ano com o empresariado demonstrando falta de confiança na economia.

Entre 1º e 10 de dezembro, a CNI entrevistou representantes de 2.758 empresas, sendo 1.061 de pequeno porte, 1.047 médias e 650 de grande porte. O indicador varia de 0 a 100 pontos, em uma tabela em que acima de 50 pontos significa confiança nos rumos da economia.

Para o economista da CNI Marcelo Souza Azevedo, apesar de pequena, a alta no índice de confiança do empresariado é importante porque interrompe trajetória de queda e abre perspectiva positiva em relação aos próximos quatro anos. “A parte da confiança é fundamental para a retomada do investimento – e o país ter investimento é uma base muito importante para que haja crescimento sustentado. Então, essa melhora é um fator superimportante, que tem que ser visto para a gente começar um ciclo virtuoso da nossa economia”, disse Azevedo à Agência Brasil.

De acordo com Azevedo, os sinais do próximo governo da presidenta Dilma Rousseff na direção da “recuperação dos fundamentos macroeconômicos”, de uma forma geral, foram fundamentais para a melhoria do índice de confiança. “De fato, a confiança dos empresários aumentou por conta das expectativas [com a nova equipe econômica].”

Segundo a pesquisa, o indicador de expectativas aumentou de 48,2 pontos, em novembro, para 49,2 pontos, aproximando-se da linha divisória de 50 pontos, que separa as perspectivas pessimistas das otimistas. Entre as grandes empresas, o índice cresceu 0,9 ponto este mês em relação ao mês passado.

Para o economista da CNI, apesar de o cenário indicar falta de confiança ao final de 12 meses, o fato de as grandes empresas terem sido responsáveis pela alta registrada em dezembro abre margem para um futuro mais positivo a partir de 2015.

“O índice ainda está abaixo de 50 pontos. São nove meses de falta de confiança, mas a boa notícia, por outro lado, a recuperação, deu-se na expectativa das grandes empresas. Na medidas em que as grandes empresas mostram mais expectativa, elas podem, com o tempo, como são líderes de cadeias produtivas, começar a passar [a confiança] para as médias e pequenas e, com isso, aumentar confiança de um modo mais disseminado na indústria”, concluiu Azevedo.

 

Agência Brasil

 

Ossadas encontradas no Cemitério de Perus começam a ser identificadas

 

Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

O Grupo de Trabalho Perus, instituído em outubro pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, já identificou sete ossadas do Cemitério de Perus, em São Paulo, que podem ser de desaparecidos políticos. Os resultados parciais foram divulgados hoje (12) na capital paulista.

O grupo, que conta com arqueólogos, psicólogos e antropólogos forenses, fez, até o momento, a análise de 112 caixas de ossadas de um total de cerca de 900 que foram encontradas em uma vala comum no cemitério. No local, segundo depoimento de testemunhas, podem estar enterrados militantes assassinados pela ditadura.

Nas caixas já analisadas, foram encontradas 112 ossadas praticamente completas e mais 27 parciais. Das ossadas completas, sete tinham sinais de violência: três delas compatíveis com traumas provocados por armas de fogo, e quatro com traumas contundentes, que podem ter sido causadas por agressões ou acidentes.

“Se pensarmos que, de 112 ossadas, três têm sinais de armas de fogo, isso dá quase 3%, e isso é um índice alto. Nós temos 1.049 caixas [a serem examinadas], foram abertas 112, e não sabemos ainda o que vamos encontrar nas outras”, destacou o coordenador científico do grupo, Samuel Ferreira.

Para concluir que as ossadas são, de fato, de desaparecidos políticos, ainda é necessário fazer um exame genético a fim de comparar o material dos restos mortais com o genoma das 41 famílias dos militantes assassinados durante a ditadura, ainda não encontrados, e que podem ter sido enterrados em Perus. A coleta do material genético ocorrerá durante o ano que vem. O grupo de trabalho tem prazo de 36 meses renováveis por igual período.

“Quando você acha os restos mortais de uma pessoa, você coloca aquela pessoa cidadã novamente. Reinsere a memória daquela pessoa, e a importância daquela pessoa para a história. É um resgate da minha ancestralidade, da minha história, para família e para história do Brasil”, disse Clarisse Ferreira Mantuano, sobrinha-neta de Aluísio Palhano Pedreira Ferreira, militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), desaparecido no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna  (DOI-Codi), na Rua Tutoia, na capital paulista, em 1971.

Fazem parte do grupo representantes da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos da Secretaria de Direitos Humanos, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), de parentes membros da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, do Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça e por parentes consanguíneos dos desaparecidos políticos cujos restos mortais podem estar entre os exumados encontrados no Cemitério de Perus.

“Este trabalho está revelando uma política de desaparecimento. Que é algo gravíssimo. A política de desaparecimento da população pobre, negra, indígena, [executada por] grupos de extermínio. Este trabalho também vai apresentar dados para que a gente não combata apenas a ditadura, mas que se tenha uma política de desaparecimento de milhares de pessoas”, disse a secretária da SDH, Ideli Salvatti.

Localizado na zona norte de São Paulo, o cemitério criado em abril de 1971 tem cerca de 254 mil metros quadrados de extensão. Durante a ditadura, o local foi usado para enterrar corpos de pessoas que combateram a ditadura militar. Em 1990, mais de mil ossadas enterradas em uma vala clandestina foram encontradas no local.
Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade e à Comissão Estadual da Verdade de São Paulo, o ex-administrador do Cemitério de Perus, entre os anos 1976 e 1992, Antonio Pires Eustáquio disse que não foi possível determinar o número de corpos de militantes que foram enterrados em Perus durante a ditadura.
Segundo ele, os trabalhadores do cemitério anteriores à sua gestão relatavam que os corpos dos militantes chegavam sob forte esquema de segurança e eram enterrados como indigentes em caixões de madeira bruta, cada qual em uma sepultura. Os corpos dos militantes eram enterrados nas quadras 1 e 2, da Gleba 1, onde também eram enterrados os indigentes.

 

Agência Brasil

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

IBGE: maior proporção de empresas de alto crescimento está no Norte e Nordeste

A concentração de empresas de alto crescimento é maior nas regiões Norte e Nordeste. Do total de empresas do Nordeste, 11,4% são de alto crescimento, responsáveis por 21,7% do pessoal ocupado, proporção que cai para 10% das empresas e 15,1% do pessoal na Região Sul. Os estados com as maiores proporções de empresas de alto crescimento são Maranhão (13,4%), Roraima (12,5%) e Ceará (12,4%), enquanto a menor proporção está em Minas Gerais, com 9,3%.

Os dados estão no estudo Estatística de Empreendedorismo 2012, divulgado hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Empresa de alto crescimento é aquela que tem a partir de dez pessoas assalariadas e apresenta crescimento de pelo menos 20% no quadro de pessoal por um período de três anos. O instituto analisou dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) e pesquisas estruturais do IBGE nas áreas de indústria, comércio, serviços e construção.

O IBGE destaca que entraram na análise os dados do triênio 2010-2011-2012, portanto posteriores à crise econômica global de 2008 e 2009 e que, no período avaliado, o empreendedorismo como promotor do crescimento econômico ganhou destaque, pois “é um instrumento importante no aumento da produtividade, competitividade e geração de postos de trabalho”.

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No período analisado, o crescimento de países em desenvolvimento recuou de 7,5% para 5,1%, com redução do crescimento real do comércio internacional de bens e serviços de 12,8% para 2,8%.

No Brasil, a construção cresceu 11,6% em 2010, 3,6% em 2011 e 1,4% em 2012. Por outro lado, a indústria, que teve queda de 5,6% em 2009, cresceu 10,4% em 2010 e 1,6% em 2011, mas voltou a cair 0,8% em 2012. O comércio teve crescimento de 10,9%, 3,4% e 0,9%, respectivamente; e o setor de serviços, de 5,5%, depois 3,4% e 1,9% no último ano analisado.

A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), manteve-se dentro do limite da meta do governo, com 6,5%, 5,9% e 6,5%; e o desemprego caiu no período, chegando ao nível mais baixo da história em 2012, com 5,5%, acompanhado de um movimento de formalização do emprego e qualificação da mão de obra, aumentando o percentual de 15 anos ou mais de estudo – o que equivale ao curso superior completo – de 6,9% em 2008 para 8,1% em 2011.

Em 2012, o Brasil tinha 4,6 milhões de empresas ativas, responsáveis pela ocupação de 40,7 milhões de pessoas, sendo 83,4% na condição de empregado assalariado e 16,6% como sócio ou proprietário. No recorte de empresas com uma ou mais pessoas assalariadas, o número alcança 2,3 milhões, enquanto, com relação àquelas com pelo menos dez pessoas assalariadas, o Brasil tinha, em 2012, 465 mil empresas, o que corresponde a 10,1% do total.

Enquanto o número total de empresas no país cresceu 13% entre 2008 e 2012, a remuneração média passou de 3,1 salários mínimos em 2008 para 2,8 em 2012, com um total de R$ 756,6 bilhões. Em 2008, o salário mínimo era R$ 415 e em 2012 chegou a R$ 622.

Considerando apenas as empresas de alto crescimento, esses empreendimentos eram 35.206 em 2012 e empregavam 5,3 milhões de pessoas, com um montante de R$ 108,8 bilhões pagos em remunerações. Na comparação com 2011, houve crescimento de 2% no número de empresas, de 5% no pessoal ocupado e de 14% nos salários e remunerações. Entre 2009 e 2012, essas empresas geraram 3,3 milhões de postos de trabalho, o que representa 58,3% do total criado por empresas com dez assalariados ou mais no país, percentual maior do que o apresentado no triênio anterior, quando o número chegou a 56%. Considerando apenas as empresas de alto crescimento, o aumento no número de postos de trabalho alcançou 167,8% no período analisado.

 

Agência Brasil

 

Confiança da indústria na economia tem pequena alta em dezembro

 

Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco

Indústrias

Depois de três quedas consecutivas, Índice de Confiança do Empresário Industrial apresenta ligeira alta em dezembro Wilson Dias/Agência Brasil

Depois de três quedas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial apresentou ligeira alta em dezembro, ficando em 45,2 pontos – diferença de 0,4 ponto em relação ao resultado de novembro (44,8). Apesar da melhora, o índice divulgado hoje (12) pela Confederação Nacional da Indústria  (CNI) fecha o ano com o empresariado demonstrando falta de confiança na economia.

Entre 1º e 10 de dezembro, a CNI entrevistou representantes de 2.758 empresas, sendo 1.061 de pequeno porte, 1.047 médias e 650 de grande porte. O indicador varia de 0 a 100 pontos, em uma tabela em que acima de 50 pontos significa confiança nos rumos da economia.

Para o economista da CNI Marcelo Souza Azevedo, apesar de pequena, a alta no índice de confiança do empresariado é importante porque interrompe trajetória de queda e abre perspectiva positiva em relação aos próximos quatro anos. “A parte da confiança é fundamental para a retomada do investimento – e o país ter investimento é uma base muito importante para que haja crescimento sustentado. Então, essa melhora é um fator superimportante, que tem que ser visto para a gente começar um ciclo virtuoso da nossa economia”, disse Azevedo à Agência Brasil.

De acordo com Azevedo, os sinais do próximo governo da presidenta Dilma Rousseff na direção da “recuperação dos fundamentos macroeconômicos”, de uma forma geral, foram fundamentais para a melhoria do índice de confiança. “De fato, a confiança dos empresários aumentou por conta das expectativas [com a nova equipe econômica].”

Segundo a pesquisa, o indicador de expectativas aumentou de 48,2 pontos, em novembro, para 49,2 pontos, aproximando-se da linha divisória de 50 pontos, que separa as perspectivas pessimistas das otimistas. Entre as grandes empresas, o índice cresceu 0,9 ponto este mês em relação ao mês passado.

Para o economista da CNI, apesar de o cenário indicar falta de confiança ao final de 12 meses, o fato de as grandes empresas terem sido responsáveis pela alta registrada em dezembro abre margem para um futuro mais positivo a partir de 2015.

“O índice ainda está abaixo de 50 pontos. São nove meses de falta de confiança, mas a boa notícia, por outro lado, a recuperação, deu-se na expectativa das grandes empresas. Na medidas em que as grandes empresas mostram mais expectativa, elas podem, com o tempo, como são líderes de cadeias produtivas, começar a passar [a confiança] para as médias e pequenas e, com isso, aumentar confiança de um modo mais disseminado na indústria”, concluiu Azevedo.

 

Agência Brasil

 

 

 

 

Saúde libera recursos para prevenção e controle da dengue e da chikungunya

 

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

Soltura de mosquitos Aedes Aegypti portadores da bactéria Wolbachia na comunidade Tubiacanga, Ilha do Governador, desenvolvidos em laboratório da Fiocruz pelo programa Eliminar a Dengue (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Recursos vão custear ações de vigilância, prevenção e controle das duas doençasFernando Frazão/Agência Brasil

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Portaria do Ministério da Saúde publicada hoje (12) no Diário Oficial da União autoriza o repasse de R$ 150 milhões para ações de vigilância, prevenção e controle da dengue e da febre chikungunya.

De acordo com o texto, a pasta levou em consideração fatores como a circulação simultânea de quatro sorotipos de dengue no país e a existência de um grande número de pessoas expostas previamente a infecções pelo vírus, aumentando o risco de epidemias com formas graves da doença e elevado número de mortes.

O ministério destacou a recente introdução da febre chikungunya no Brasil, com transmissão autóctone comprovada em alguns municípios e “risco iminente de expansão do vírus”, transmitido pelo Aedes aegypti e pelo Aedes albopictus, mesmos transmissores da dengue.
A assessoria do ministério esclareceu que toda a população brasileira está suscetível à doença. A portaria entra em vigor hoje.

 

 

Agência Brasil

 

ATRASO NAS GRANDES OBRAS PÚBLICAS EM 2015 SERÁ DE, NO MÍNIMO, 6 MESES!


1. A redução imprevista dos investimentos públicos num dado período se dá de quatro maneiras: por interrupção, por corte, por extensão do prazo de execução, ou por prudência dos servidores públicos. No caso das grandes obras públicas –em geral realizadas sob argumento de interesse estratégico- raramente ocorre sua interrupção por decisão formal.  O normal são cortes sob alegação de preço excessivo, extensão do prazo de realização da obra e –sempre- prudência dos servidores.
2. Nessa quarta hipótese, em momentos de crise moral na administração pública, os servidores concursados/profissionais evitam autorizar novas etapas do processo, burocratizando e não apondo suas assinaturas no tempo que o faziam antes. Preferem ganhar tempo e esperar que a situação se esclareça, para saber se o investimento do qual participa administrativamente está incluído nas denúncias publicadas. E até se a autoridade superior em seu órgão será mantida.
3. O caso Petrobras foi agora estendido para outros setores, como hidroelétricas, portos, aeroportos e rodovias..., pelo menos. A primeira reação da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério Público (MP) -tendo em vista a dificuldade de substituir grandes empreiteiras com ampla experiência técnica acumulada, sem interromper o investimento para uma nova licitação- foi propor uma reavaliação das despesas, repactuando os contratos, sob a hipótese de superfaturamento.
4. Um processo de repactuação não é simples, pois um simples corte linear seria o reconhecimento da fraude. Para repactuar, as empresas terão que se debruçar nos contratos e ver onde os cortes podem ser justificados sem afetar a continuidade da obra. Numa obra complexa isso não se faz em menos de dois meses, a partir do acordo de reavaliação.
5. O natural e inevitável será a extensão dos prazos de execução das obras, por quatro razões básicas: a) pela facilidade de concordar em rever o prazo regulamentar (um ano, dois anos) de correção monetária do principal a realizar; b) porque isso ajudaria a reduzir o valor real da obra pelo efeito da inflação; c) porque permitiria aliviar o fluxo de caixa do governo ou empresa contratante; d) daria tempo para as investigações e avaliações, concentrando a extensão do prazo nos meses iniciais durante o processo de investigação do MP e da Justiça.
6. Como cada caso é um caso, não é simples projetar o prazo médio desses atrasos. Mas levando em conta que as investigações vão amadurecer até março (Natal, Ano Novo, Carnaval...) e somando ao que já era gregorianamente previsto, as hipóteses levantadas acima, no mínimo, esse atraso será de seis meses.
7. Os novos governadores que executam obras com participação federal podem se acomodar no início de governo, usando os fatos como pretexto para ajustar a administração e seus novos planos de governo. Problemas podem ter os prefeitos, que estarão em 2015, no estratégico e fundamental penúltimo ano de governo. Estes devem ver o que podem compensar adiantando recursos próprios, de forma a que o provável atraso federal não afete o cronograma das obras, impactando no ano eleitoral de 2016.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

 

Veículos são incendiados depois de operação policial na Baixada Fluminense

 

Da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

Um grupo de pessoas incendiou um ônibus e três veículos e apedrejou agências bancárias na madrugada de hoje (12) em Engenheiro Pedreira, no município de Japeri, na Baixada Fluminense. Policiais do Batalhão da Polícia Militar (PM) local reforçaram a segurança na região depois do protesto.

De acordo com a PM, o ataque ocorreu depois de uma operação feita quinta-feira (11) pela polícia na região. A PM informou que houve confronto após a aproximação dos policiais e que um homem morreu. Durante a ação, drogas e uma pistola foram apreendidas. A ocorrência foi encaminhada para a 63ª Delegacia de Polícia.

 

Agência Brasil

 

 

Governo marca para abril leilão de contratação de energia nova

 

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

O governo marcou para o dia 30 de abril de 2015 um leilão para a comercialização de energia elétrica de novos empreendimentos de geração. Denominado A-5, o leilão prevê o início da entrega de energia para 2020, com prazo de suprimento de 25 e 30 anos, conforme a modalidade da contratação. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (12).

Serão negociados no leilão Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado, na modalidade por quantidade para usinas hidrelétricas, e na modalidade por disponibilidade, para usinas termelétricas a carvão, gás natural em ciclo combinado e biomassa.

Os empreendedores interessados em oferecer energia deverão propor seus projetos até janeiro junto à Empresa de Pesquisa Energética. Já as distribuidoras que quiserem contratar energia deverão apresentar as declarações de necessidade, até 16 de março. 

 

Agência Brasil