Nesta
terça, a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e
Fiscalização e Controle (CMA) do Senado aprovou a Política
Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da
Seca. Segundo o relator, senador Otto Alencar (PSD-BA), a meta é
instituir mecanismos de preservação, conservação e recuperação
dos recursos naturais, de incentivo a pesquisas acerca da
desertificação e educação socioambiental, bem como promover ações
preventivas no semiárido a fim de evitar a degradação ambiental.
Atualmente, o país tem um total de 1 milhão de quilômetros
quadrados de área propensa à desertificação, envolvendo oito
estados do Nordeste, além de municípios do Norte de Minas Gerais.
Ao todo, essa adversidade natural atinge uma população de 23
milhões de pessoas.
A
proposta autoriza o governo federal a criar a Comissão Nacional de
Combate à Desertificação (CNCD), responsável por articular ações
de órgãos federais, estaduais e municipais. Essa iniciativa se
coaduna com o compromisso assumido pela presidente Dilma Rousseff,
nos Estados Unidos, de reflorestar 120 mil quilômetros quadrados de
áreas devastadas até 2030.
O
mundo vive hoje o problema dos milhões de refugiados do clima e das
guerras. A desertificação é uma questão que tem de ser enfrentada
de forma preventiva desde já, pois pode significar a expulsão de um
grande contingente de brasileiros de seus lugares de origem.
Políticas públicas eficientes devem ser implementadas com
brevidade.
Fonte:
Correio do Povo, editorial da edição de 8 de julho de 2015, página
2.