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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Com crédito mais maduro, chega a hora de uma segunda fase de reformas

por TONI SCIARRETTA

O boom do crédito que sustenta o consumo e trouxe 40 milhões de pessoas ao mercado de produtos e serviços bancários começou há dez anos com a aposta -dos bancos e do governo- em novas regras como o empréstimo consignado e a alienação de bens financiados.
O objetivo era aumentar a segurança dos empréstimos.
A aposta se repete em 2014, ano em que o crédito dá sinais de maturação, devendo crescer menos de 10% pela primeira vez desde 2004.
Agora, governo e bancos buscam uma segunda rodada de mudanças pontuais para facilitar a recuperação de carros financiados, desburocratizar o registro de imóveis e liberar o limite de empréstimo do consignado.
"Aprendemos dez anos atrás que pequenas reformas têm um grande impacto de eficiência e de produtividade que beneficia a todos", diz Marcos Lisboa, economista do Insper e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda à época das chamadas reformas microeconômicas do país.
"Infelizmente, ainda temos uma série de regras que procura preservar o direito do insolvente, de quem quebrou uma empresa, em detrimento do negócio, empregados, fornecedores e de todos que acreditaram nela."
Para Humberto Veiga, professor de direito bancário da UnB (Universidade de Brasília), o desafio do setor financeiro e do governo não é mais viabilizar empréstimos ao consumo, como no passado, mas criar um ambiente favorável para alongar os prazos dos empréstimos.
Para o consumidor pessoa física, trata-se do empréstimo imobiliário; para as empresas, do financiamento na expansão dos negócios e da infraestrutura de mobilidade urbana, saneamento, energia, petróleo etc.
TRANSPARÊNCIA
Maiores interessados em emprestar dinheiro com seguranças, os bancos tiveram um papel importante na formalização da economia brasileira e na adoção de princípios mínimos de transparência nas empresas.
A segurança e a comodidade dos cartões de débito e de crédito trouxeram para dentro dos bancos uma parte relevante do setor produtivo que girava na informalidade, usava dinheiro em espécie, não recolhia impostos e não tinha crédito na praça.
Hoje, 60% das transações financeiras passam pelos pagamentos eletrônicos, segundo a consultoria A.T. Kearney. Há dez anos, não passavam de 21%.
Desde então, o volume de empréstimos no país saltou de 25,7% para 56% do PIB (Produto Interno Bruto).
Apesar de concorrentes entre si, as instituições financeiras se organizaram para defender interesses comuns que, muitas vezes, confundiam-se com projetos estratégicos do país.
Foi o setor financeiro que patrocinou avanços na legislação brasileira para melhorar a estrutura de garantias dos empréstimos. A alienação de um bem financiado (carro, imóveis e máquinas) em nome do credor possibilitou, mais tarde, a popularização dos financiamentos de veículos e de imóveis.
Após a quebra da construtora Encol, que frustrou o sonho da casa própria de 40 mil famílias em 1999, os bancos correram para aprovar no Congresso a separação da contabilidade de cada empreendimento das operações da construtora -o chamado patrimônio. No caso, a quebra de um empreendimento não contamina o restante dos projetos em andamento.
A criação do crédito consignado em 2004, em que o desconto da prestação ocorre direto na folha de pagamento -portanto quase sem risco-, permitiu o boom dos empréstimos, mesmo com os juros tabelados inicialmente desaprovado pelos bancos.
NOVAS REFORMAS
Para Lisboa, o avanço nas regras passa por simplificar a estrutura de registros -processos lentos, custosos e ineficientes- e aprofundar o "diálogo com o Judiciário".
"É preciso ter um entendimento sobre quais são os objetivos das regras", afirma.
"Algumas decisões bem-intencionadas, com o objetivo de proteger o direito de uma pessoa, acabam inviabilizando o de muitas outras. Também há uma insegurança sobre a validade dos contratos. Há um entendimento de que renegociação de dívida é razoável que estimula os questionamentos."

Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha Online - 03/11/2014 e Endividado

 

Grêmio é a “zebra do Gre-Nal”, afirma vice-presidente

Romildo Bolzan Júnior reconhece no Inter "time mais pronto", mas garante tudo para vencer

Romildo Bolzan Júnior reconhece no Inter ´time mais pronto`, mas garante tudo para vencer | Foto: Tarsila Pereira/CP Memória

Romildo Bolzan Júnior reconhece no Inter ´time mais pronto`, mas garante tudo para vencer | Foto: Tarsila Pereira/CP Memória

O vice-presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, colocou no campo do arquirival a responsabilidade do Clássico Gre-Nal no próximo domingo. “Nós somos a zebra”, enfatizou o dirigente sobre o jogo na Arena, em entrevista à Rádio Guaíba nesta segunda-feira.
Bolzan reconheceu que o Colorado tem atletas que já vivenciaram este tipo de jogo mais vezes. “O Inter é um time mais pronto, tem um meio-campo mais sólido”, definiu. O vice-presidente ainda elogiou o trabalho de bastidores do rival. “É uma direção que trabalha muito bem essas questões de Gre-Nais e os jogadores do Inter estão aí, já há praticamente dois anos sem perder”, salientou.
“O Internacional é favoritaço para esse jogo. Favoritaço!”, enfatizou Bolzan. Ele ressaltou, contudo, que o Grêmio está pronto para “fazer o crime”. “Somos a zebra que vai fazer valer a zebra”, comentou.
Questionado sobre o clássico anterior, em que estava mais otimista, o dirigente argumentou que o cenário é diferente. “Aquela minha afirmação vinha muito mais por conta do pessimismo do nosso adversário”, avaliou.
O vice-presidente garantiu, entretanto, que o clube está mobilizado para romber a seca de vitórias. “Eu tenho muita vontade de vencer esse Gre-Nal e farei de tudo para vencer. Acho que o Grêmio tem cada vez mais um time entrosado, que descobre suas deficiências, que faz sua autocrítica, que consegue descobrir os seus problemas e vai corrigi-los”, analisou. “Estou muito mais confiante, hoje, em um bom jogo do Grêmio no próximo Gre-Nal do que estava anteriormente.”

 

Correio do Povo

 

Ingressos para o Gre-Nal da Arena estão à venda para sócios gremistas

Comercialização para associados do Inter começa na terça-feira pelo site

Gre-Nal ocorre no domingo na Arena do Grêmio | Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação / CP Memória

Gre-Nal ocorre no domingo na Arena do Grêmio | Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação / CP Memória

Os sócios-torcedores do Grêmio podem adquirir ingressos para o Gre-Nal do próximo domingo, às 17h, a partir desta segunda-feira pelo site da Arena. Inicialmente, cada torcedor poderá comprar um ingresso, vinculado ao CPF, para o Clássico na casa gremista. Os Tricolores em geral e os sócios migrados somente poderão adquirir os bilhetes a partir de quarta-feira, às 11h, também pela página na Internet do estádio gremista.
As lojas GrêmioMania dos shoppings Iguatemi, Praia de Belas, Bourbon Assis Brasil e da Avenida 24 de Outubro, 676, também venderão ingressos a partir de quarta-feira, sujeitos à disponibilidade. Os horários de venda variam de acordo com o estabelecimento.
Nas bilheterias da Arena os ingressos serão vendidos a partir de sexta-feira, entre às 11h e às 20h. No sábado, elas ficarão abertas entre 11h às 18h. No dia da partida, elas estarão em funcionamento até o fim do primeiro tempo.
Os preços variam de acordo com a categoria e nível no estádio. O valor para aqueles que não são sócios variam entre R$ 30, arquibancada norte, e R$ 110, cadeiras gold centro. Para os associados, o custo do bilhete vai de R$ 15, na arquibancada norte, para sócios torcedores Diamantes, e R$ 99, na cadeira gold centro, para a categoria Ouro.
Inter venderá 1,3 mil ingressos apenas para sócios
A venda de entradas para a torcida do Inter para o Gre-Nal começa na terça-feira e será feita com exclusividade para sócios e pelo site do clube, na área destinada aos associados. Inicialmente, o Colorado faz a reserva e depois tem que trocar o voucher pela entrada nas bilheterias do Gigantinho até a sexta-feira, às 19h. O local irá funcionar na quarta-feira das 14h às 18h, na quinta, das 10h às 18h e na sexta entre 10h e às 19h.
Cada sócio poderá comprar um ingresso, dos 1,3 mil que estarão à disposição. O valor para os Colorados será de R$ 60 e eles ficarão posicionados na superior adversário.

 

Correio do Povo