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segunda-feira, 30 de março de 2015

Caminhoneiros ameaçam nova greve em abril

por DIMMI AMORA

Caminhoneiros autônomos anunciaram que vão entrar em greve em 23 de abril se, até lá, o governo não criar uma tabela com valores mínimos para pagamento de frete.

A posição dos líderes da categoria foi tirada após um encontro na tarde desta quinta-feira (26) em Brasília na sede da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) em que representantes dos motoristas, de empresas e do governo debatiam sobre as propostas apresentadas pelos caminhoneiros e aceitas pelo governo para parar com a greve do setor no mês passado.

A reunião foi tensa. Prevista para durar duas horas, teve o dobro do tempo. O senador Blairo Maggi (PR-MT) foi vaiado em duas ocasiões após pedir a palavra para falar contra o tabelamento proposto pela categoria. Blairro foi dono da Amaggi, empresa do setor do agronegócio, que contrata os caminhoneiros para fazer o frete.

Os caminhoneiros queriam que a reunião desta tarde já definisse a tabela mínima, que foi elaborada por um grupo de trabalho criado após a greve e que reunia representantes do governo, dos caminhoneiros e dos empresários. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rosseto, defendia que a tabela fosse apenas uma referência. Os caminhoneiros se recusaram a referendar a tabela de referência e ameaçaram então começar uma greve ainda nesta semana.

A alegação do governo para não criar a tabela mínima é que seria necessário garantir fundamento jurídico para evitar que os embarcadores derrubem a decisão na Justiça. Para fazer isso, os caminhoneiros deram um prazo ao governo até o dia 22 de abril para o governo se posicionar.

Os representantes também conseguiram do governo a garantia da renegociação das dívidas pela compra dos caminhões. Rosseto se comprometeu a colocar numa Medida Provisória um texto permitindo que autônomos e microempresa passem o valor que estão devendo de prestações de contratos de financiamento feitos com recursos do BNDES para o fim dos contratos, evitando que os bancos tomem os caminhões.

BOLHA

O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, afirmou que o governo ainda não decidiu se vai fazer uma tabela referencial ou mínima. Segundo ele, é necessário avaliar a constitucionalidade dessa atitude.

"Tem pareceres dizendo que pode [a tabela mínima] e que não pode. Vamos analisar", afirmou Rodrigues.

Carlos Alberto Littdammer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí (RS), disse que a tabela mínima foi calculada para dar dignidade para os caminhoneiros. Segundo ele, a solução não foi dada hoje apenas para o governo produzir os argumentos jurídicos para que a tabela possa ter validade.

"Se a tabela não for impositiva, no dia 23, tem data para o Brasil parar", afirmou Littdammer. "Inconstitucional é a fome".

Representantes de empresas que acompanharam o debate disseram à Folha que o governo terá pouca margem para não dar a tabela nesse momento. Para esses observadores, os diferentes grupos de caminhoneiros agora estão organizados e todos apoiam esse pleito.

Janir Bottega, que representava os caminhoneiros autônomos de Santa Catarina e participou do grupo que elaborou a tabela de frete, disse que os valores apresentados pelo grupo são os mínimos para garantir dignidade para a categoria, já que os fretes pagos hoje estão entre 20% e 30% abaixo do que pode ser considerado o mínimo. Ele lembrou que o problema piorou após a política do governo de incentivar a compra de caminhões novos, o que criou uma superoferta.

"Hoje há uma bolha e essa bolha achatou o preço do frete. Por isso estamos procurando essa regulagem", afirmou Bottega.
Fonte: Folha Online - 26/03/2015 e Endividado
 

Pesquisa revela que apenas 29% da população confia no Judiciário

Conclusão é do Índice de Confiança na Justiça da FGV DIREITO SP.

Apenas 29% da população confia no Judiciário como instituição capaz de solucionar seus conflitos, de acordo com o Índice de Confiança na Justiça da FGV DIREITO SP. O índice é o mesmo registrado no segundo semestre de 2013. A pesquisa aponta que houve queda sistemática na confiança dos cidadãos no Judiciário, considerando a confiança nas instituições em cada um dos trimestres examinados ao longo dos últimos cinco anos.

A pesquisa foi aferida nos segundo e terceiro trimestres de 2014. Além do Judiciário, apenas os partidos políticos mantiveram o mesmo índice de confiança (6%), permanecendo no último lugar do ranking. Todas as outras instituições tiveram um avanço no ano.

A instituição em que o brasileiro mais confia continua sendo as Forças Armadas, que passou de 66% para 68% entre 2013 e 2014, seguido pela Igreja Católica (56% para 59%), Ministério Público (45% para 50%); Grandes Empresas (37% para 43%); Imprensa Escrita (41% para 43%); Polícia (31% para 36%) Emissoras de TV (30% para 33%); Governo Federal (27% para 29%) e Congresso Nacional (15% para 19%).

A coordenadora do ICJ, Luciana Gross Cunha, chama a atenção para o fato de que desde 2011, quando o ICJ apontava uma confiança de 39% no Judiciário, houve uma queda de 10 pontos percentuais na confiança do Judiciário.

Este resultado, segundo a professora, pode ser atribuído ao aumento da exposição do Judiciário na mídia, principalmente no que se refere à exposição de escândalos envolvendo agentes da Justiça.

Contribui para este desempenho, a percepção de que, para 89% dos entrevistados, o Judiciário é lento; 77% afirmam que o Judiciário é caro e 66% consideram o Judiciário é difícil de ser acessado. Já 62% dos entrevistados acreditam que o Judiciário é nada ou pouco honesto; e, por fim, 59% dos respondentes acreditam que o Judiciário é nada ou pouco independente.

O ICJBrasil mensura a confiança da população no Judiciário brasileiro desde 2009. Entre 2014 e 2013, verifica-se uma queda no indicador, de 5,1 para 4,6 pontos, numa escala de 0 a 10. Essa pontuação é calculada com base em dois subíndices. O subíndice de comportamento, que afere se, em determinados casos concretos, o cidadão recorreria ao Judiciário para resolver seus conflitos; e o subíndice de percepção, que verifica o sentimento da população em relação ao Judiciário no que se refere à celeridade, honestidade, neutralidade e custos de acesso. No mesmo período, esses subíndices foram, respectivamente, de 8,3 pontos e 3,1 pontos (sempre em uma escala de 0 a 10).



O ICJBrasil entrevistou 3.300 pessoas de 8 unidades federativas (Amazonas, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal). A amostra representa 55% da população brasileira com 18 anos ou mais, segundo dados do Censo 2010.



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FUNDACAO GETULIO VARGAS




Fonte: migalhas.com.br - 27/03/2015 e Endividado
 
 
Sete suspeitos de fazer parte de quadrilha morrem em tiroteio com policiais no RN: http://glo.bo/1xOQyDR


 



Desaceleração do mercado faz baixar rendimento de imóvel em 2015

por DANIELLE BRANT

Quem tiver dinheiro na mão para comprar um imóvel para morar pode fazer um bom negócio aproveitando o desaquecimento do mercado.

Por outro lado, quem pretende investir em um segundo imóvel com o objetivo de ganhar com a valorização ou com a renda de aluguel dificilmente conseguirá ganhar muito além da inflação, afirmam especialistas.

O índice geralmente usado para reajustar os contratos de locação, o IGP-M, tem subido abaixo da inflação oficial, medida pelo IPCA. Em São Paulo, há imóveis que estão alugados por preço inferior ao da última locação, afirmam consultores do setor ouvidos pela Folha.

  Editoria de Arte/Folhapress  
 
A expectativa dos especialistas é que a valorização dos imóveis, tanto novos quanto antigos, acompanhe a inflação, o que significa ganho real (acima da inflação) baixo para o investidor.

"Não é um bom momento para a pessoa comprar esperando a valorização para ganhar na diferença de preço", disse Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, site de comparação de produtos financeiros.

O aluguel perde até para a poupança entre alternativas de investimento pelos próximos 12 meses após desconto de Imposto de Renda (veja quadro acima).

Já para quem pretende comprar para morar –e, portanto, não vê como prioridade retorno financeiro imediato na aquisição– há oportunidades de compra em três frentes principais, diz Celso Amaral, diretor da Geoimovel, empresa de monitoramento imobiliário.

De construtoras com estoques cada vez maiores, precisando vender, de pessoas que compraram unidades na planta e não terão condições de arcar com o financiamento, e de proprietários querendo vender para fazer caixa.

"Se o comprador tem o dinheiro na mão, consegue fazer um bom negócio na compra da moradia, com desconto de 30% a 35% em imóveis novos", disse.

A assessora Priscila Silva, 40, pretende aproveitar a oportunidade para se mudar.

Com um imóvel quitado na Chácara Santo Antônio (zona Sul de São Paulo), ela busca um apartamento maior ou uma casa de vila. "Meu marido e eu estamos olhando oportunidades e tentando conseguir um desconto", diz.

Já para quem tem só o dinheiro da entrada é melhor continuar no aluguel pelo menos até 2016, afirmam consultores. Isso porque o cenário para 2015 é de elevação dos juros, o que deve aumentar os custos dos financiamentos.

O planejador financeiro Ricardo Gomes da Silva diz que, em tempos de juros altos, deixar o dinheiro bem aplicado pode cobrir com folga o gasto com o aluguel e ainda inteirar o valor da entrada, ou mesmo do pagamento à vista de um imóvel no futuro.

"Compensa ficar no aluguel e aplicar a diferença entre aluguel e a parcela de um eventual financiamento", diz. "Com isso, é possível comprar o imóvel à vista em menos da metade dos 30 anos de um financiamento tradicional."

"Os imóveis vagos são muitos e o aluguel está pressionado para baixo. Isso só reforça a visão de que vale a pena ficar no imóvel alugado com o objetivo de comprar outro", acrescenta.
Fonte: Folha Online - 30/03/2015 e Endividado