O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse hoje (5) que a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara não preocupa o governo. Vargas voltou a dizer que as CPIs perderam protagonismo e ressaltou que elas têm sido usadas como instrumento de disputa política. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), leu hoje (5) no plenário, o ato de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.
Para Vargas, órgãos como o Ministério Público Federal, a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal têm sido mais efetivos no combate a crimes contra a administração pública. “Sempre disse que as comissões parlamentares de inquérito, em função do novo protagonismo dos órgãos que combatem a corrupção, perderam aquele protagonismo que tinham no passado, até porque as regras agora são diferentes. Uma pessoa pode chegar lá para o depoimento, ficar calada e não acontece nada”, disse o ministro a jornalistas, após participar da posse de Mangabeira Unger na Secretaria de Assuntos Estratégicos.
“Não temos problema nenhum com órgão nenhum que queira fazer isso [investigar]. O que acontece é que as CPIs têm servido mais como um instrumento de disputa política do que para efetivamente fazer investigação”, acrescentou Pepe Vargas.
A CPI da Petrobras será composta por 26 membros titulares e suplentes, divididos proporcionalmente entre os blocos. Ontem (4), o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), adiantou que, com a maior bancada da Casa, o partido vai pleitear a presidência ou a relatoria da comissão.