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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

DEM pede ao Supremo suspensão de decreto de Dilma

O DEM recorreu hoje (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido para suspender os efeitos do decreto da presidenta Dilma Rousseff, condicionando a liberação de emendas parlamentares individuais à aprovação do projeto de lei (PLN 36/2014) que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014. Também retira o teto de abatimento da meta de superávit, economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública.

O Decreto 8.367/2014, publicado em edição extra do Diário Oficial da União de sexta-feira (28), aumenta de R$ 7,8 bilhões para R$ 10,032 bilhões os recursos disponíveis este ano para gastos de vários ministérios. Desse total, R$ 444 milhões são reservados para atender a emendas de deputados e senadores. No entanto, de acordo com o texto, os repasses dos recursos aos parlamentares “ficam condicionados à publicação da lei resultante da aprovação do PLN 36 de 2014”.

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O pedido do DEM ao STF é uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), por considerar a matéria inconstitucional. De acordo com com o recurso, que será relatado pelo ministro Celso de Mello, o decreto pressiona os deputados a aprovar mudanças na LDO, o que feriria o princípio da separação de Poderes.

"Ademais, não se pode olvidar que a edição do Decreto nº 8.367/14 – com a finalidade precípua de pressionar o Parlamento a aprovar o PLN 36/14, sob pena de não 'liberação' das emendas parlamentares – pode caracterizar uma verdadeira fraude constitucional, conspurcando o princípio da separação dos Poderes, além de revelar uma ação estatal explicitamente contrária ao princípio da moralidade administrativa”, ressalta o pedido.

Caso o PLN 36/2014 não seja aprovado, o decreto de Dilma prevê que “os ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda elaborarão novo relatório de receitas e despesas e encaminharão nova proposta de decreto”.

O projeto retira da LDO de 2014 o teto de abatimento da meta de superávit. A regra atual diz que o governo pode abater até R$ 67 bilhões da meta, com base nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e das desonerações tributárias concedidas aos setores produtivos. O projeto prevê que, este ano, essa limitação de abatimento seja retirada.

Na segunda-feira (1º), ao se reunir, no Palácio do Planalto, com 23 parlamentares da base aliada no Congresso Nacional, Dilma Rousseff pediu a aprovação do projeto.

 

Agência Brasil

 

Lei Antifumo entra em vigor em todo o país

 

Paula Laboissière e Aline Leal - Repórteres da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto

Fábia Renata, que é a favor da Lei antifumo

A estudante Fábia Renata é a favor da Lei AntifumoJosé Cruz/Agência Brasil

A partir de hoje (3), passa a valer em todo o país a chamada Lei Antifumo que proíbe, entre outras coisas, fumar em ambientes fechados públicos e privados. A estimativa é que as novas regras influenciem os hábitos de 11% da população brasileira, composta por fumantes.

Aprovada em 2011, mas regulamentada em 2014, a Lei 12.546 proíbe o ato de fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como halls e corredores de condomínios, restaurantes e clubes – mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou toldo.

Em caso de desrespeito à norma, os estabelecimentos comerciais podem ser multados e até perder a licença de funcionamento.

Entre os frequentadores de bares e restaurantes, a lei não é unanimidade. A estudante Fábia Oliveira, 18 anos, disse ser a favor de leis mais rigorosas contra quem fuma em ambientes fechados. “É um desrespeito com quem não gosta de cigarro. A pessoa que fuma prejudica todos que estão à sua volta. Você acaba se prejudicando, contra a sua vontade, pela escolha dos outros. Ninguém é obrigado a sentir o cheiro de cigarro”, acrescentou.

O supervisor Diego Passos, 31 anos, é contra a lei e acredita que a norma não surtirá efeito. “Quem fuma dentro de um bar, por exemplo, vai continuar fumando. Não poderei ir a uma boate, a um bar porque fumo? Nenhuma lei é capaz de fazer uma pessoa parar de fumar. Além do mais, não há fiscalização”, disse.

Diego Passos, que é contra a Lei antifumo

O supervidor Diego Passos é contra a Lei AntifumoJosé Cruz/Agência Brasil

A norma que entra em vigor hoje extingue os fumódromos e acaba com a possibilidade de propaganda comercial de cigarros, mesmo nos pontos de venda, onde era permitida publicidade em displays. Fica liberada apenas a exposição dos produtos, acompanhada por mensagens sobre os males provocados pelo fumo.

Além disso, os fabricantes terão que aumentar no próprio produto os espaços para avisos sobre os danos causados pelo tabaco. Pela nova regra, a mensagem deverá ocupar 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais.

Será permitido fumar em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, áreas abertas de estádios de futebol, vias públicas e tabacarias, que devem ser voltadas especificamente para esse fim. Entre as exceções estão também cultos religiosos, onde os fiéis poderão fumar caso faça parte do ritual.

Para o presidente da regional de São Paulo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Percival Maricato, o dia a dia de bares e restaurantes deve mudar pouco, uma vez que a lei já vem sendo cumprida pela maior parte dos estabelecimentos mesmo antes da regulamentação.

“A meu ver, não vai mudar coisa alguma. Já estava proibido fumar em locais fechados. Mas achamos que a lei é um tanto leonina. Há excessos visíveis. O infeliz do fumante é tratado como um leproso na idade média”, disse.

Para Marciato, as novas normas representam uma espécie de regulação que vem sendo imposta ao setor. “Daqui a pouco, bares e restaurantes vão parecer uma repartição pública, com cartazes e dizeres. E estamos falando de um local onde as pessoas vão para descontrair. Há cada vez mais intervenção do Estado, dizendo o que o indivíduo pode ou não pode fazer e limitando a liberdade.” Ele lembrou que a fiscalização nos bares e restaurantes ficará a cargo dos Procons regionais.

 

Agência Brasil

 

 

AJUSTES FISCAIS DE INÍCIO DE GOVERNO, NOS CASOS DE REELEIÇÃO E DE ELEIÇÃO!


1. Enfrentar um déficit fiscal primário, numa situação de um governo reeleito, é bem diferente que enfrentar aquele déficit no caso de um governo eleito, derrotando o candidato do governo ou o próprio governante. Nesse segundo caso, a fórmula é conhecida: denuncia-se a “herança perversa” recebida, sustam-se todos os pagamentos, liquidações e empenhos que não forem de natureza continuada, abrem-se auditorias e realiza-se um programa de fiscalização de varredura conhecido como Verificação de Recolhimento, em 100% das empresas.
2. Na prática, o que se ocorre, nesse caso, é fazer um ajuste rápido entre despesas e receitas, impondo o desgaste político ao governo que sai. A experiência mostra que mesmo nos casos mais difíceis de enfrentar, um ajuste-tranco deste tipo leva no máximo 90 dias. E, em seguida, o novo governo chama a si uma competência que na verdade é simples freio de arrumação.
3. Nos casos de reeleição, a transferência de responsabilidade política tipo “herança perversa”, sustação quase geral de empenhos, liquidações e pagamentos e abertura ampla de auditorias não podem ser feitas, como é agora o caso do governo Dilma. O discurso da austeridade sinaliza apenas um ajuste nos excessos ocorridos no ano eleitoral.
4. De resto são ajustes simples e mais simples quando a inflação está numa faixa maior que 5%, como o caso atual. Em hipótese alguma se tentará derrubar a inflação imediatamente, não por seus efeitos sociais, mas porque ela é funcional para o ajuste fiscal. O que se faz é deixar que a curva da inflação só inverta depois de uns 9 a 10 meses. Até lá ela favorece as receitas nominais.
5. Define-se um teto nominal às despesas atuais, o que só não afetará aquelas que são reajustadas naturalmente, como serviço da dívida, tributos e preços de serviços de uso genérico. Os investimentos, obras e programas não precisam ser interrompidos.  De um lado obedecerão à lógica de manutenção dos valores nominais e, de outro, os prazos de execução serão estendidos ou prorrogados, sem cancelamentos.
6. São medidas simples, não traumáticas e que corrigem o atual déficit primário em poucos meses e ainda dentro do primeiro ano. O novo ministro, quando fixou uma meta menor para o resultado primário, o fez com sabedoria, de forma a não aplicar nada traumático e ainda minimizar as críticas políticas de seus pares. No máximo terá problemas com as corporações ao definir tetos nominais para as despesas de pessoal.  Mas os sindicatos subsidiados pelo governo terão..., paciência.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

 

Brasil sobe três posições em ranking mundial sobre corrupção

 

Giselle Garcia - Correspondente da Agência Brasil/EBC Edição: Graça Adjuto

O Brasil ficou em 69º lugar entre os 175 países avaliados pelo Índice de Percepção da Corrupção, divulgado hoje (3) pela organização Transparência Internacional, referência mundial no assunto. No ano passado, o país tinha ficado em 72º lugar entre 177 países. O índice brasileiro passou de 42 para 43, em uma escala que vai de 0 a 100 – em que 0 significa muito corrupto e 100 livre de corrupção. Com isso, o Brasil melhorou sua posição no ranking, uma vez que os países que ocupam os primeiros lugares são aqueles onde a percepção de corrupção é menor.

Nenhum dos 175 países avaliados este ano atingiu nota 100 e mais de dois terços ficaram abaixo de 50. Mais uma vez, a Dinamarca lidera o ranking como o país com o menor índice de corrupção no setor público e alcançou nota 92. Em segundo lugar, está a Nova Zelândia, com 91. Completando a lista dos cinco primeiros colocados estão a Finlândia, em terceiro; a Suécia, em quarto; e a Noruega e a Suíça, em quinto lugar. O relatório, elaborado desde 1995, é baseado em dados e pesquisas sobre corrupção, fornecidos por diferentes instituições e analisados por especialistas.

Empatados com o Brasil na 69º colocação, estão mais seis países: Bulgária, Grécia, Itália, Romênia, Senegal e Suazilândia. Nas Américas, o Brasil ficou atrás de países como o Chile e o Uruguai e à frente da Argentina e da Venezuela. Entre os países que formam o bloco dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o índice brasileiro ficou atrás apenas do sul-africano (67°) e à frente do indiano (85º), do chinês (100º) e do russo (136º).

mapa corrupcao

Quanto mais próximo da cor amarela, menos corrupto o país, quanto mais próximo da cor vermelha, mais corruptoTransparência Internacional

O mau desempenho dos Brics é citado no relatório. “A corrupção em grandes economias não só bloqueia os direitos humanos básicos para os mais pobres como também cria problemas de governança e instabilidade. Economias em desenvolvimento cujos governos se negam a ser transparentes e toleram a corrupção, criam a cultura da impunidade”, aponta o documento.

Em último no ranking estão a Coreia do Norte e a Somália, ambos em 174º, com oito pontos. No relatório, China (nota 36), Turquia (nota 45) e Angola (nota 19) são citados como países que tiveram o pior desempenho em 2014. A China e a Angola perderam quatro pontos, enquanto a Turquia perdeu cinco.

“Escolas mal equipadas, medicamentos falsificados e eleições decididas pelo dinheiro são algumas das consequências de um setor público corrupto. Subornos e esquemas de corrupção não só roubam os recursos dos mais vulneráveis, mas também acabam com a justiça e com o desenvolvimento econômico e destroem a confiança pública no governo e nos líderes políticos”, avalia o relatório da Transparência Internacional.

No documento, o caso de corrupção na Petrobrás, no Brasil, e o assassinato de cerca de 40 estudantes por gangues no México, são citado como exemplos da “falta de progresso significativo no combate à corrupção nas Américas”. “Esses dois países – em vez de fazer uso positivo de sua influência como líderes geopolíticos – mostram sinais de estagnação e até de atraso ao permitir o abuso de poder e o desvio de recursos em benefício de poucos”, analisa Alejandro Salas, diretor da Transparência Internacional para as Américas.

Salas acredita que, para garantir mudança na região, os líderes precisam trabalhar em questões-chave: “acabar com a impunidade, removendo políticos e servidores públicos corruptos do poder e garantindo mecanismos que permitam aos cidadãos denunciar; garantir publicidade e transparência às finanças públicas; reduzir a desigualdade pela incorporação da transparência, para que o investimento social seja direcionado aos que precisam e não por critérios políticos; e criar registros públicos dos proprietários de companhias, para evitar que os corruptos se escondam atrás de companhias secretas, lavando dinheiro e crescendo com a pilhagem de esquemas de corrupção”.

O diretor da Transparência Internacional para as Américas também falou sobre a responsabilidade dos cidadãos, que “tendem a se ver como vítimas passivas da corrupção”. “Essa passividade é parte do problema e ajuda a explicar o motivo pelo qual a situação não melhora. Não faz sentido deixar as reformas e as ações anticorrupção nas mãos de poucos líderes. É surreal acreditar que aqueles que se beneficiam da corrupção serão os mesmos que vão erradicá-la”, enfatizou. Salas pontua que os cidadãos são responsáveis pela corrupção quando pagam propina a um servidor público, quando elegem políticos corruptos e quando agem com apatia e renunciam à sua capacidade de gerar mudanças.

 

Agência Brasil

 

Sabesp registra nova baixa no volume de água do Sistema Cantareira

 

Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo

Cantareira

Cantareira

O nível do Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da região metropolitana de São Paulo (incluindo parte da capital paulista), voltou a cair, atingindo hoje (3) 8,4% de sua capacidade de armazenagem, segundo a medição diária feita pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Ontem (2), o volume estava em 8,5%.

Em mais cinco mananciais também foram registradas novas baixas: no Sistema Alto Tietê havia ontem 5,5% de água em relação ao total que é possível reservar e, hoje (3), o percentual passou para 5,4%; no sistema Guarapiranga, o nível atingiu 32,7%, ante 33,1%; no Sistema Alto Cotia, a taxa passou de 29,6% para 29,4%; no Sistema Rio Grande, de 63,2% para 63% e no Sistema Rio Claro, de 31,1% para 30,4%.

De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), estão previstas pancadas de chuva hoje em São Paulo. Elas, porém, devem ocorrer de forma mais fraca no lado norte do estado, onde localiza-se a maior parte dos reservatórios alimentados por nascentes situadas entre o sul de Minas Gerais e o norte do estado.

Entre dezembro deste ano e fevereiro de 2015, parte do país, incluindo a Região Sudeste, deverá ainda estar sujeita às variações climáticas influenciadas pelo fenômeno El Niño, de acordo com as previsões do Cptec. As temperaturas podem variar na maior parte do Brasil.

 

Agência Brasil

 

 

América Latina adota plano de ação mais amplo de ajuda a refugiados

 

Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

Um plano de ação mais amplo para ajudar refugiados, deslocados e apátridas na América Latina e no Caribe foi divulgado hoje (2), em Brasília, durante o Cartagena+30, evento da Organização das Nações Unidas (ONU), comemorativo ao 30° aniversário da Declaração de Cartagena sobre Refugiados. O Brasil e mais de 30 países da América Latina segurão o plano, cuja adoção oficial ocorrerá amanhã (3) ao término do Cartagena+30.

O governo brasileiro e o ACNUR realizam reunião para concluir o processo de celebração dos 30 anos da Declaração de Cartagena para Refugiados, conhecido como Cartagena+30 (Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil)

O governo brasileiro e o Acnur fazem reunião para concluir o processo de celebração dos 30 anos da Declaração de Cartagena para Refugiados, conhecido como Cartagena+30 /Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Entre os principais pontos do plano de ação está o compromisso de erradicação da apátridas e incluir o Caribe no processo que até então estava restrito aos países latino-americanos. Junto com o plano foi divulgada a Declaração do Brasil, que reitera o compromisso da região com refugiados, deslocados e apátridas.

“Esse plano de ação detalha um conjunto de iniciativas que deve ser implementado pelos países de forma coordenada e integrada para que a gente possa, de maneira periódica, fazer avaliações sobre a sua implementação e exigir que isso não se torne apenas palavras registradas nos papéis”, disse o secretário nacional de Justiça e presidente do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), Paulo Abrão.

Abrão ressaltou ainda que o Brasil tem feito sua parte para criar segurança jurídica para os apátridas, pessoas cujos países de origem deixaram de existir ou tiveram o território dividido. “Acabamos de finalizar um projeto de lei [PL], junto ao Ministério da Justiça, para que a gente possa encaminhar ao Congresso Nacional. Ele prevê a cobertura e a superação de uma lacuna jurídica em relação à situação dos apátridas”. O texto do PL foi encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores para ser analisado e alguma contribuição acrescentada para, em seguida, ser enviado ao Congresso.

O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, em reunião para concluir o processo de celebração dos 30 anos da Declaração de Cartagena para Refugiados (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, em reunião para concluir o processo de celebração dos 30 anos da Declaração de Cartagena para Refugiados /Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O alto Comissário da ONU, António Guterres, destacou a Declaração do Brasil, documento que, segundo ele, coloca a região na linha de frente da busca por solução dos problemas dos refugiados no mundo. “A Declaração do Brasil corresponde a um novo avanço que dá à América Latina um protagonismo na questão dos refugiados. Não é um simples documento para cumprir um calendário, é um novo caminho para que haja melhores soluções”, explicou.

Já o secretário-geral do Conselho Norueguês para Refugiados, Jan Egeland, ao falar sobre o documento, enfatizou a capacidade de cooperação dos países latino-americanos. “Mostraremos ao mundo inteiro que a cooperação regional é uma solução para os problemas regionais. Temos problemas de falta de cooperação na Europa, Ásia e África. Existe, inclusive, um documento chamado Olhe para a América, que tem o objetivo de mostrar aos europeus o trabalho de cooperação no Continente Americano.”

O número de refugiados no Brasil é crescente. Nos últimos anos, houve um aumento de 1.240%. Em 2010, 150 refugiados foram reconhecidos pelo Conare. Este ano, até o mês de outubro, 2.032 tiveram o pedido de refúgio deferido. De acordo com o comitê, o país tem, atualmente 7.289 refugiados reconhecidos, oriundos de 81 países. Os principais grupos são da Síria, Colômbia, Angola e República Democrática do Congo.

A primeira declaração sobre refugiados foi adotada em 1984, em Cartagena das Índias, na Colômbia, por especialistas governamentais de dez países, entre eles Belize, Colômbia, México e Venezuela, e feita com base em problemas de origem humanitária vividos por refugiados centro-americanos nas décadas de 1970 e 1980. “Cartagena foi um marco visionário, de pessoas que não sabiam o que aconteceria 30 anos depois. Mas prepararam o terreno para que pudéssemos pensar juntos um plano de ações”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

 

Agência Brasil

 

Anvisa suspende lotes de medicamento e produtos para a saúde

 

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu hoje (3) a fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e o uso dos produtos para saúde vídeo-laringoestroboscópio e smartnaso, fabricado por Image Equipamentos Eletrônicos Ltda. De acordo com a agência, uma inspeção sanitária feita no mês passado na empresa comprovou a falta de licença sanitária e a fabricação de produtos sem registro. A empresa informou que deu início ao processo de regularização em maio deste ano por meio do órgão de vigilância sanitária local. A previsão é que em duas ou três semanas a regularização seja concluída.

Também foram suspensos três lotes do medicamento Comple B (polivitamínico complexo B), fabricado por Natulab Laboratório S.A. Laudos emitidos pela Fundação Ezequiel Dias indicam que os lotes 45050, 45057 e 45058 obtiveram resultados insatisfatórios nas análises iniciais para os ensaios de aspecto e rotulagem. O primeiro lote citado tem validade até 5/2015; o segundo e terceiro, até 6/2015. Por meio de nota, a empresa informou que os lotes já foram identificados e, desde o início de novembro, começaram a ser recolhidos, mesmo antes da notificação da Anvisa. A Biolab assegurou que, no prazo máximo de 120 dias, todos os lotes serão retirados do mercado.

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“Vale ressaltar que todos os estudos de estabilidade desenvolvidos pela empresa não identificaram esse tipo de problema descrito na notificação. Mesmo assim, o Grupo Natulab reforçou o material usado na embalagem do produto e está finalizando novos estudos de estabilidade para garantir que seus medicamentos continuarão dentro das especificações e em conformidade com as normas da Anvisa.”

A Anvisa ainda interditou cautelarmente, pelo prazo de 90 dias, o Lote 1014 do Álcool Gel marca Sol, produzido por Super Sol Indústria e Comércio Ltda. O lote, segundo o órgão, apresentou resultados insatisfatórios nos ensaios de rotulagem primária e teor de álcool etílico.

Todas as determinações foram publicadas no Diário Oficial da União.

A Agência Brasil entrou em contato com a Super Sol e aguarda o posicionamento da empresa.

 

Agência Brasil

Após confusão, sessão que votaria meta fiscal é adiada

Sessão deve ser retomada na manhã desta quarta-feira, no Congresso

Sessão deve ser retomada na manhã desta quarta-feira, no Congresso | Foto: Viola Jr / Câmara dos Deputados / CP

Sessão deve ser retomada na manhã desta quarta-feira, no Congresso | Foto: Viola Jr / Câmara dos Deputados / CP

Uma confusão entre parlamentares e manifestantes que ocuparam as galerias do plenário do Congresso Nacional levou o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) a suspender e adiar para esta quarta-feira, às 10h, a sessão do Congresso Nacional para votar dois vetos e o projeto de lei que muda o cálculo do superávit primário.
O tumulto com os manifestantes começou durante o discurso da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Incomodada com a situação, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) interpelou Renan e pedindo a ele a retirada das pessoas das galerias.
Líderes da oposição ainda tentaram negociar com os manifestantes, mas Renan preferiu suspender a sessão, que deve ser retomada na manhã desta quarta-feira.

 

 

Agência Brasil e Correio do Povo

 

Costa e Cerveró entram em contradição na CPI sobre corrupção da Petrobras

Cerveró negou que tenha havido pagamento de propina na compra da refinaria de Pasadena

Costa e Cerveró entram em contradição na CPMI sobre corrupção da Petrobras | Foto: Montagem sobre fotos de Valter Campanto / Agência Brasil / CP

Costa e Cerveró entram em contradição na CPMI sobre corrupção da Petrobras | Foto: Montagem sobre fotos de Valter Campanto / Agência Brasil / CP

A acareação entre os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró está sendo realizada, neste momento, na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga denúncias de corrupção na petroleira. O primeiro assunto a ser colocado pelos parlamentares para esclarecimento entre os dois foi sobre o pagamento de propina no contrato da compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos.
Na condição do diretor responsável, à época, pela compra da refinaria de Pasadena, Cerveró negou que tenha havido pagamento de propina nos contratos referentes a essa transação e em outros da Petrobras. "Eu desconhecia. Pelo fato de desconhecer, para mim não havia [pagamento de propina]", voltou a afirmar Cerveró hoje. Em seguida, questionado sobre uma carta escrita por ele que propiciou a compra da refinaria, ele disse que não recebeu propina por isso. "Eu não recebi nada, eu fiz um procedimento normal. Eu não recebi nada por essa carta", disse.
Sobre o assunto, Paulo Roberto Costa se limitou a dizer que reitera o que já disse ao juiz Sérgio Moro, nos depoimentos que prestou em Curitiba. Em setembro, o Jornal Nacional divulgou com exclusividade que Costa havia admitido ao juiz que recebeu, ele próprio, R$ 1,5 milhão de propina pelo contrato da refinaria de Pasadena.
No início da acareação, Costa foi o primeiro a falar e começou dizendo que tudo o que já disse nos depoimentos de delação tem comprovação. "Não tem nada da delação que eu falei que eu não confirme. Porque a delação é um instrumento extremamente sério, não pode ser usado de artifício, não pode ser mentira, de coisas que não possam depois se confirmar", disse. E completou: "Falei de fatos, falei de dados, falei de pessoas. Na época oportuna, essas pessoas serão conhecidas".
Paulo Roberto é apontado pela Polícia Federal como uma das pessoas no topo de uma organização que intermediava o pagamento de propina de empreiteiras a partidos políticos e agentes públicos para conseguir contratos com a Petrobras. Na condição de diretor de abastecimento da empresa, ele admitiu à Justiça - em depoimento aberto, fora da delação premiada - que era responsável por receber o dinheiro de propina que posteriormente seria repassado aos partidos PP, PT e PMDB.
No início de seu depoimento de hoje à CPMI, ele se disse arrependido do que fez e até mesmo de ter aceitado uma indicação política para chegar ao cargo de diretor da Petrobras. Segundo ele, foi essa indicação que o levou à condição de réu atualmente. "Mas em todos os governos, desde o governo Sarney, o governo Collor, o governo Itamar, o governo Fernando Henrique, o governo Lula e o governo Dilma, em todos os governos só se chega ao cargo de diretor da Petrobras se tiver um indicação política. E eu aceitei essa indicação, da qual me arrependo amargamente, porque agora estou aqui", disse. Costa disse ainda que o mesmo esquema que acontece na Petrobras se repete em todos os outros contratos públicos do país, incluindo ferrovias, portos, aeroportos, entre outros.
Logo em seguida, foi a vez de Cerveró falar. Ele contou que sua defesa está sendo paga pela Petrobras por meio de um seguro que é feito pela companhia para custear a defesa de seus funcionários em processos que estejam relacionados à gestão. "Esse seguro só cobre a defesa. No caso de condenação ou dolo comprovado o seguro tem que ser ressarcido pelo responsável", esclareceu em seguida.
Nestor Cerveró começou a acareação comunicando aos parlamentares que não irá responder perguntas formuladas com base em vazamento de informações do processo à imprensa. "Não vou responder a perguntas que sejam extraídas de possíveis vazamentos ou ilações da mídia. Não vou responder perguntas que eu desconheço e que os senhores também desconhecem", disse. A acareação continua e os dois estão respondendo às perguntas dos membros da CPMI.

 

 

Agência Brasil e Correio do Povo

 

Ministro do STF revoga prisão preventiva de ex-diretor de Serviços da Petrobras

Defesa de Renato Duque havia pedido a revogação em habeas corpus

O ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu na noite desta terça-feira pedido da defesa de Renato Duque para revogar a prisão preventiva do ex-diretor de Serviços da Petrobras, investigado na Operação Lava Jato.
A defesa havia pedido em habeas corpus a revogação da prisão ou conversão em outras medidas cautelares, como uso de tornozeleira ou prisão domiciliar. Teori Zavascki atendeu parcialmente os pedidos feitos em liminar. Ainda não há detalhes sobre as condições estabelecidas pelo ministro para liberar o ex-diretor da prisão.
No mérito, a defesa de Renato Duque questiona no STF a competência da Justiça do Paraná para conduzir as investigações a respeito da Lava Jato. Zavascki, contudo, ainda não analisou o mérito do habeas corpus.  Duque foi preso em 14 de novembro, em sua casa, na Barra da Tijuca (RJ). No dia 18 de novembro, o juiz federal Sérgio Moro converteu a prisão temporária em prisão preventiva no caso do ex-diretor da estatal e de outros cinco executivos.
Após a prisão, Duque teve pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região, que tem sede em Porto Alegre, e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

 

 

Dilma abre o cofre para aprovar projeto que permite nova maquiagem nas contas públicas. (Charge de Lailson) #ADComunicação

Alvaro Dias

Dilma abre o cofre para aprovar projeto que permite nova maquiagem nas contas públicas. (Charge de Lailson) ‪#‎ADComunicação‬

 

Brasil sobe três posições em ranking mundial sobre corrupção

País divide 69º colocação com mais seis nações: Bulgária, Grécia, Itália, Romênia, Senegal e Suazilândia

O Brasil ficou em 69º lugar entre os 175 países avaliados pelo Índice de Percepção da Corrupção, divulgado nesta quarta-feira pela organização Transparência Internacional, referência mundial no assunto. No ano passado, o país tinha ficado em 72º lugar entre 177 países. O relatório, feito desde 1995, é baseado em dados e pesquisas sobre corrupção, fornecidos por diferentes instituições e analisados por especialistas.
O Brasil divide a 69º colocação com mais seis países: Bulgária, Grécia, Itália, Romênia, Senegal e Suazilândia. Em uma escala de 0 a 100, em que zero significa muito corrupto e 100 livre de corrupção, o país alcançou nota 43, um ponto a mais do que no ano passado. Nas Américas, o Brasil ficou em 12º lugar, atrás de países como o Chile e o Uruguai e à frente da Argentina e da Venezuela. No Brics (grupo de países em desenvolvimento), ficou à frente da Índia (85º), China (100º) e Rússia (136º).
Mais uma vez, a Dinamarca lidera o ranking como o país com o menor índice de corrupção no setor público. Alcançou nota 92. Em segundo lugar, está a Nova Zelândia, com 91. Completando a lista dos cinco primeiros colocados, estão a Finlândia em terceiro, a Suécia em quarto, e a Noruega e a Suíça, ambos em quinto lugar.
Em último lugar no ranking estão a Coreia do Norte e a Somália, ambos em 174º, com oito pontos.

 

 

Agência Brasil e Correio do Povo

 

Porto Alegre vai ter 26 bairros sem água na noite desta quarta

Vazamento leva o Dmae a paralisar Estação de Tratamento Menino Deus

Porto Alegre vai ter 26 bairros sem água na noite desta quarta | Foto: Laira de Souza Sampaio / Especial / CP Memória

Porto Alegre vai ter 26 bairros sem água na noite desta quarta | Foto: Laira de Souza Sampaio / Especial / CP Memória

O Departamento de Água e Esgotos (Dmae) de Porto Alegre vai paralisar na noite desta quarta-feira a Estação de Tratamento de Água (Eta) Menino Deus para a substituição de duas tubulações que registraram vazamento significativo junto ao reservatório Santa Tereza 1. O reparo emergencial vai exigir que 26 bairros fiquem desabastecidos a partir das 20h.
A previsão do Dmae é que o reabastecimento seja retomado ainda à noite e que o equilíbrio total do sistema se complete durante a madrugada. Para as zonas mais altas e pontas de rede, a água deve voltar por último. Uma equipe vai ficar de plantão para resolver problemas localizados, sejam de abastecimento, sejam de lavagem de rede, quando a água chega a alguns pontos com cor ou odor anormais, o que acontece quando o sistema seca completamente antes de voltar a ser reabastecido.
Confira a lista dos bairros afetados:
• Agronomia (parte)
• Azenha
• Belém Velho
• Bom Jesus
• Cel. Aparício Borges
• Camaquã (parte)
• Campo Novo
• Cascata
• Cavalhada (parte)
• Centro (parte)
• Cidade Baixa (parte)
• Glória
• Jardim Carvalho
• Jardim do Salso
• Jardim Botânico
• Menino Deus (parte)
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Rádio Guaíba e Correio do Povo

 

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Netanyahu convoca eleições antecipadas em Israel

Primeiro-ministro israelense anunciou que pedirá a dissolução do parlamento

Primeiro-ministro israelense anunciou que pedirá a dissolução do parlamento  | Foto: Galli Tibbon / AFP / CP

Primeiro-ministro israelense anunciou que pedirá a dissolução do parlamento | Foto: Galli Tibbon / AFP / CP

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou nesta terça-feira eleições antecipadas após destituir dois ministros-chave de seu governo."Não tolerarei qualquer oposição em meu governo" declarou Netanyahu depois de afastar o ministro das Finanças, Yair Lapid, e a ministra da Justiça, Tzipi Livni, e anunciar que pedirá a dissolução do parlamento "o quanto antes possível".
"Nas últimas semanas, Lapid e Livni atacaram duramente o governo que dirijo", afirmou Netanyahu em um comunicado. "No estado atual das coisas, não posso dirigir o país", completou. Se conseguir uma maioria relativa, Netanyahu poderá formar um governo mais conservador mediante uma aliança com partidos nacionalistas e religiosos. A Knesset, o parlamento israelense, começará nesta quarta-feira a examinar o projeto de lei de dissolução. O procedimento poderá terminar nesse mesmo dia ou na segunda-feira, segundo a rádio estatal.
Com esta dissolução, o governo se vê obrigado a cessar seu mandato de 3 anos antes do fim da legislatura.Uma coalizão governamental mais conservadora afastará ainda mais a possibilidade de retomar as negociações de paz palestinas-israelenses, em ponto morto desde 2000.
Na segunda-feira, Netanayhu apresentou a Lapid cinco exigências para manter o atual governo, entre as quais a retirada do projeto de supressão do IVA sobre a compra de imóveis, o fim das críticas à colonização israelense em Jerusalém oriental e o apoio ao projeto de lei sobre o Estado judeu. Lapid rejeitou o ultimato e acusou Netanyahu de irresponsabilidade ao convocar eleições desnecessárias.
Netanyahu foi primeiro-ministro em três ocasiões, e parte como favorito neste momento em caso de eleições."Os partidos de direita têm a maioria, segundo as pesquisas, o que significa que existem grandes possibilidades de que Netanyahu conserve seu posto", afirma o analista político Abraham Diskin.
O principal ponto de discórdia do governo Netanyahu foi seu controvertido projeto de lei para reforçar o caráter judeu do Estado, que vem criando tensões no país há semanas.Uma vez votada a dissolução, a composição do governo não pode ser modificada. Com a destituição dos dois ministros moderados, Netanyahu tem em suas mãos um gabinete mais maleável, que permitirá a ele conduzir os assuntos correntes até as eleições.
Segundo a imprensa, a "guerra dos chefes" era entre Netanyahu e Lapid, que dirige o Yesh Atid, uma formação de centro-direita com o maior número de deputados (19) desde que o Likud conservador (18 cadeiras) se separou de Israel Beiteinu (13 deputados), a formação ultranacionalista do chefe da diplomacia, Avigdor Lieberman.Segundo as pesquisas, o Likud de Netanyahu terá 23 cadeiras. Uma queda em relação a julho, em plena guerra de Gaza, quando as pequisas indicavam 31 vagas.Para formar maioria, Netanyahu já contatou os partidos ultraortodoxos, atualmente na oposição.
O Lar Judeu, o partido nacionalista religioso e fervoroso da colonização, liderado pelo ministro da Economia, Naftali Bennett (12 deputados), será a formação que mais progredirá, segundo as projeções.Igualmente Moshé Kahlon, ex-ministro e figura política muito popular no país, que criou um partido centrista que disputa o espaço política com Yesh Atid, poderá conseguir nove cadeiras.

 

 

AFP e Correio do Povo