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segunda-feira, 30 de março de 2015

Brasil já faz parte do seleto grupo dos 25 países com mais inflação no mundo

 
veja.abril.com.br
 

Indústria já estuda repassar para preço fim da desoneração da folha

por CLAUDIA ROLLI

Quatro em cada dez produtos fabricados pela indústria de transformação estão no programa desoneração da folha e devem sofrer o impacto do aumento da contribuição previsto no projeto de lei encaminhado pelo governo.

A alta da alíquota de 1% para 2,5%, proposta no PL, atinge 40 segmentos da indústria e parte deles já estuda o repasse desse custo para o preço. Juntos, o grupo de desonerados representa 36% do total que a indústria faturou e 54% do total de empregos em 2014.

  Editoria de Arte/Folhapress  
 
Indústrias têxteis, de vestuário, calçados, plásticos, alimentos e móveis estimam que o repasse deve ser de 2% a 10% no preço final.

"Ou a empresa aumenta o preço, o que afeta diretamente a inflação, em um momento em que o consumo está fraco, ou absorve esse custo, o que tem efeito direto no corte de investimentos", diz José Ricardo Roriz Coelho, diretor do departamento de competitividade da Fiesp.

Empresas têxteis e confecções, as primeiras a entrar no programa de desoneração em 2011, preveem dificuldades para fazer o repasse.

"A desoneração representa 10% do preço final do produto. Com aumento de energia, combustível, do dólar (que encarece o insumo importado) e alta de juros, será difícil absorver mais esse custo", diz Ronald Masihah, do Sindivestuário.

Nas empresas de pequeno a grande porte, a avaliação é a mesma. Antonio Trombeta, dono de uma confecção com 70 empregados, diz que, com a concorrência dos importados, a desoneração da folha foi importante para baixar os preços em até 4%. "Em março, as vendas caíram até 20%. Sem o incentivo, o repasse terá de ser acima de 5%."

No grupo Marisol, o repasse também é estudado. "Não é uma decisão simples. O consumidor se acostumou à estabilidade de preços. Para se habituar a um novo patamar, será um choque", diz Giuliano Donini, presidente do grupo, com 2.772 empregados.

Para Flavio Rocha, presidente da Riachuelo, não é o momento de aumentar imposto. "Se o Brasil não for reinserido no jogo competitivo, todas as conquistas, da estabilidade da moeda à inserção de milhões de consumidores, ficam ameaçadas."

No grupo Guararapes (dono da Riachuelo e de outras empresas), a alta na alíquota "custa" R$ 60 milhões ao ano.

Fiesp e associações das indústrias têxteis (Abit), de móveis (Abimóveis) e calçados (Abicalçados) defendem a extinção do projeto. "No mínimo, a alíquota de 1% tem de ser mantida para os setores empregadores e que sofrem concorrência direta dos importados", diz Fernando Pimentel, da Abit.
Fonte: Folha Online - 30/03/2015 e Endividado
 
 

Leão ainda não recebeu declarações de 22,5 milhões; prazo final é 30 de abril

por MARCOS CÉZARI

Nos próximos 35 dias, cerca de 22,5 milhões de contribuintes terão de enviar à Receita Federal a declaração do Imposto de Renda deste ano, referente aos ganhos obtidos em 2014. O fisco prevê que 27,5 milhões entreguem declarações neste ano (foram 26,88 milhões em 2014).

O prazo final para o contribuinte continua o mesmo dos últimos anos: será às 23h59min59s (horário de Brasília) do dia 30 de abril (neste ano, uma quinta-feira, véspera de um fim de semana prolongado devido ao feriado do dia 1º de maio, Dia do Trabalho).

Ilustrações Affonso/Editoria de Arte/Folhapress
Como entregar a declaração
Como entregar a declaração
Neste ano, a entrega começou no dia 2 de março -a data prevista é sempre dia 1º, que neste ano foi um domingo. Em 2016, que é ano bissexto, a entrega começará no dia 1º de março e terminará em 29 de abril (uma sexta-feira). Em 2017, a entrega irá de 1º de março a 28 de abril (também uma sexta-feira).

Quem estiver obrigado a entregar mas perder o prazo terá de pagar multa mínima de R$ 165,74, ou 1% ao mês sobre o IR devido, mesmo que já pago. A multa máxima é de 20%. É preciso ficar atento, pois não haverá prorrogação. A última vez que isso aconteceu foi em 1995.

Como em anos anteriores, a Receita traz algumas novidades para este ano. A principal delas é a "mobilidade proporcionada ao contribuinte, que permite que ele comece a declarar em uma plataforma, salve o arquivo, recupere os dados em outro dispositivo e depois envie.

Fazer a declaração por tablet e smartphone também está mais fácil, mas é preciso estar atento a um detalhe: não é possível retificar a declaração por esses sistemas de entrega.

Por esse motivo, o computador ainda deve ser a plataforma preferida pela quase totalidade dos contribuintes.

  Ilustrações Affonso/Editoria de Arte/Folhapress  
O que é preciso ter em mãos para prestar contas ao fisco
O que é preciso ter em mãos para prestar contas ao fisco
Fazer a declaração não é um procedimento complicado, desde que o contribuinte tenha toda a documentação em ordem (ver relação no quadro abaixo). O programa da Receita facilita o preenchimento dos dados, inclusive transportando alguns valores para as respectivas fichas.

As restituições começam a ser pagas em 15 de junho. O último lote normal será liberado em 15 de dezembro, e os residuais devem ser pagos a partir de 15 de janeiro de 2016.

Depois de entregue, o contribuinte pode acompanhar o processamento da declaração pelo site da Receita (veja como fazer isso na página 6).

Se houver pendências, o declarante deve corrigi-la para sair da malha e receber logo a restituição caso tenha esse direito.

No pagamento, têm preferência aqueles com 60 anos ou mais de idade, os com doenças graves e os deficientes físicos, desde que a declaração não fique na malha. Depois o recebimento é por ordem de entrega.

Neste guia o contribuinte encontrará as principais informações para fazer a declaração e evitar a malha fina.

  Ilustrações Affonso/Editoria de Arte/Folhapress  
Quem tem que prestar contas à Receita em 2015
Quem tem que prestar contas à Receita em 2015
Fonte: Folha Online - 26/03/2015 e Endividado


Para reaquecer venda de imóveis, construtoras pagam até aluguel

por VINICIUS PEREIRA

Se a economia passa por um momento de dúvidas, a desaceleração na venda de imóveis novos já é uma realidade em São Paulo. Por isso, construtoras e incorporadoras adotam uma velha máxima do comércio para "derreter" os estoques: oferecer descontos e condições especiais.

Se, há dois anos, as promoções eram apenas na escritura, atualmente os descontos chegam a 50% ou na garantia de 18 meses de aluguel.

De acordo com analistas, as empresas buscam dar um ânimo ao mercado e se livrar de possíveis custos com impostos e manutenção de unidades vazias.

Apenas a cidade de São Paulo tinha em janeiro 26.994 unidades em estoque, 43% mais que no mesmo mês de 2014, segundo o Secovi-SP.

"Quem tiver dinheiro na mão deve fazer uma proposta indecente às construtoras, com 30%, 35% de desconto, já que elas têm gordura para queimar. O máximo que o cliente pode ouvir é não", diz o analista Celso Amaral.

PROMOÇÕES

Antes que o consumidor tome a iniciativa, as próprias empresas estão organizando promoções.

A construtora Even realiza no dia 29 de março um saldão de imóveis na Grande São Paulo e interior. Três mil apartamentos e salas comerciais serão ofertados com até 50% de desconto.

Já a construtora Vitacon aposta em garantir 18 meses de aluguel ao proprietário em três empreendimentos na capital paulista. Segundo a empresa, o comprador que não conseguir locar o apartamento irá receber uma remuneração de 0,8% ao mês do valor líquido do imóvel.

Com facilidades em desconto e locação, o momento também é positivo para quem deseja adquirir um imóvel maior ou melhor localizado.

Os especialistas, porém, advertem que, apesar das facilidades, o planejamento financeiro não pode ser abandonado.

"Normalmente, o imóvel já usado tem uma saída boa, mas eles tem de ser ajustados ao preço de mercado. Caso o preço esteja muito alto, fica difícil você vender seu apartamento", diz Marcelo Prata, presidente da Central do Crédito.

Outras construtoras também oferecem condições especiais até o final do mês. A PDG tem descontos de até 35% em seis empreendimentos em São Paulo.

A Cury e a MRV ofertam apartamentos com até R$ 15 mil e R$ 19 mil de desconto, respectivamente, na capital e interior do Estado. Já a Gafisa oferece isentar a incidência do INCC (Índice Nacional da Construção Civil) nas parcelas do financiamento.
Fonte: Folha Online - 28/03/2015 e Endividado