A balança comercial – diferença entre exportações e importações – teve déficit de US$ 1,177 bilhão em outubro, divulgou há pouco o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado é o pior para o mês desde outubro de 1998, quando as importações superaram as exportações em US$ 1,443 bilhão.
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No mês passado, as exportações somaram US$ 18,33 bilhões, com queda de 19,7% em relação a outubro de 2013, pela média diária. As importações totalizaram US$ 19,5 bilhões, um recuo de 15,4% também pela média diária na mesma comparação.
Com o desempenho de outubro, o déficit da balança comercial em 2014 aumentou para US$ 1,871 bilhão. O resultado acumulado é o segundo pior da história, só perdendo para os dez primeiros meses de 2013, quando o déficit somava US$ 1,99 bilhão. No ano, as exportações somam US$ 191,965 bilhões (queda de 3,7% em relação a 2013 pela média diária). As importações somam US$ 193,836 bilhões (retração também de 3,7% pela média diária).
Contribuiu para a queda das exportações a inexistência, no mês passado, de exportações de plataformas de petróleo. Em outubro de 2013, a venda de uma plataforma produzida em Rio Grande (RS), para uma subsidiária da Petrobras com sede no exterior, engordou a balança comercial em US$ 1,9 bilhão, apesar de o equipamento não ter deixado o país. Autorizada pelas normas internacionais de comércio, a operação não se repetiu em outubro desde ano.
MPF pede que médicos cubanos recebam diretamente do governo brasileiro
VEJA.ABRIL.COM.BR|POR EDUARDO GONÇALVES
Técnico ambiental diz que nível do Paraíba do Sul não afeta abastecimento do Rio
Da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Estiagem castiga o rio Paraíba do Sul, na cidade de Barra do Piraí, no estado do Rio de JaneiroAgência Brasil/Tomaz Silva
A estiagem que castiga a Bacia do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de água de toda Região Sudeste, vem se agravando e o nível dos reservatórios está bem abaixo do normal para a época do ano. Conforme o presidente da Agência de Meio Ambiente de Resende, Wilson Moura, é preciso que chova em quantidade suficiente para suprir a falta de água no Paraíba do Sul, o que deve ocorrer apenas em maio de 2015.
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Segundo ele, a Represa do Funil, em Itatiaia, sul fluminense, deveria operar entre 70% e 80%, mas também está abaixo do normal, com 20% de sua capacidade. O Rio Paraíba do Sul é fundamental para o estado do Rio, pois abastece quase 80% do Grande Rio. De acordo com Wilson Moura, o início de chuvas na região garantirá o nível dos reservatórios.
"Temos de levar em consideração o período intenso de calor, consequentemente o aumento no consumo de água. O reservatório ainda opera abaixo de 20% e, mesmo com as chuvas previstas para os próximos dias, o nível não subirá muito. O reservatório está baixo, mas precisamos da chuva para mantê-lo. É preciso que a água caia nos lugares certos, nas nascentes e áreas que alimentam as represas", avaliou.
A falta de água pode ocorrer em cidades que captam próximo à margem, direto do Paraíba do Sul. Elas podem sofrer problemas pela redução da vazão do Paraíba do Sul, mas, de acordo com o presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Estado (Cedae), Wagner Victer, muitas não são atendidas pela Cedae. Victer garantiu que, mesmo com o baixo nível dos reservatórios, não haverá impacto na região metropolitana do Rio.
"O Sistema Guandu é fruto de uma tranposição que não trabalha com reservatório. O planejamento da Cedae começou há dois anos, quando iniciamos o reposicionamento das captações. Na região metropolitan, capital e Baixada Fluminense, não há qualquer problema. Nosso sistema está produzindo normalmente, até acima da histórica produção", ressaltou Victer.
Em nota, a concessionária de energia elétrica Light informou que o abastecimento não sofrerá impacto. Conforme a empresa, qualquer alteração será compensada pelo Sistema Interligado Nacional. Acrescentou que "mantém o fornecimento de energia normal para os 4 milhões de clientes em toda a área de concessão da companhia, que atua em 31 municípios do estado do Rio de Janeiro, incluindo a capital.
Estudantes têm até dia 23 para responder a questionário obrigatório do Enade
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
Estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2014 têm até o dia 23 de novembro para responder ao questionário do estudante na internet. Somente após responder todo o questionário, o estudante terá acesso a informações sobre o local da prova.
O preenchimento é obrigatório e deve ser feito no ambiente virtual destinado ao universitário, pelo CPF, pelo nome do candidato ou pelo curso. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aqueles que não responderem estarão em situação irregular com o Enade e poderão ficar impedidos de colar grau e receber o diploma, mesmo que façam o exame.
Esta edição da prova será aplicada no dia 23 de novembro, em todos os estados e no Distrito Federal. Será avaliado o desempenho de 483.520 estudantes de cursos de bacharelado, licenciatura e tecnólogo. Participarão da prova aqueles que têm expectativa de finalizar o curso até julho de 2015. Para tanto, precisam concluir mais de 80% da carga horária mínima do currículo até o fim do período de inscrição. Também farão o exame estudantes de cursos superiores de tecnologia com expectativa de conclusão até dezembro de 2014 e os universitários de cursos superiores de tecnologia que tiverem cumprido mais de 75% da carga horária mínima do currículo até o fim do período de inscrição.
A cada ano, o exame avalia um grupo diferente de cursos. Os estudantes devem fazer o Enade para obter o diploma, no entanto, não existe um desempenho obrigatório para os alunos. O resultado do exame é usado para compor índices que medem a qualidade de cursos e instituições de ensino superior. O questionário do estudante é um dos instrumentos de coleta de informações do Enade, de caráter obrigatório, que tem por objetivo subsidiar a construção do perfil socioeconômico dos participantes e obter uma apreciação quanto ao seu processo formativo.
Neste ano, participarão do exame alunos de 33 cursos superiores nas áreas de ciências exatas, licenciaturas e áreas afins. Confira a lista dos cursos que participarão do exame este ano.