Estudantes do 3º ano do ensino fundamental de escolas públicas de todo o país começaram a responder às questões da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). O objetivo é avaliar o aprendizado dos alunos no final do ciclo da alfabetização. Esta é a segunda vez que o exame é aplicado nacionalmente. O processo é feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e segue até sexta-feira (28).
As questões, na área de leitura, escrita e matemática, são divididas em dois dias de aplicação. “A segunda aplicação será bem importante para as escolas que receberam este ano os resultados de 2013. Trata-se de um diagnóstico importante, que só era feito a partir do 5º ano [com a Prova Brasil]”, explica a coordenadora-geral do Todos pela Educação, Alejandra Meraz Velasco. Ao final dos três anos do chamado ciclo da alfabetização, espera-se que o estudante tenha um nível de autonomia para continuar o aprendizado no 4º e 5º ano – momentos de consolidação da habilidade já desenvolvida, acrescenta ela.
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A ANA foi criada a partir do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). O acordo estabelece que todas as crianças até os 8 anos de idade sejam alfabetizadas em português e matemática. “A situação no Brasil é muito preocupante: a cada 20 crianças que entram na educação básica, apenas uma sai com a formação adequada em matémática e três em língua portuguesa no ensino médio. A solução do ensino médio não está só no período, mas ao longo de todo o ensino básico”, destaca Alejandra.
Este ano, apenas as escolas tiveram acesso aos resultados obtidos na avaliação de 2013. Segundo o Inep, o objetivo da ANA é apenas pedagógico. “As escolas, por meio de boletins eletrônicos, podem conferir os resultados finais da ANA 2013 desde setembro de 2014 e tomar as decisões pedagógicas necessárias”, informou a autarquia quando os resultados foram disponibilizados.
O Inep ainda não divulgou se o padrão de divulgação dos resultados da avaliação de 2014 será o mesmo. Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, os resultados deveriam ser publicizados para permitir controle mais rigoroso pela sociedade. “Os resultados não foram devidamente divulgados, não foram problematizados, não é suficiente para avaliar o impacto do exame, do grau de alfabetização”. A ANA propõe-se a ser uma avaliação censitária, de larga escala, que servirá para a produção de índices sobre a alfabetização e letramento dos estudantes, conforme define a portaria que a criou.
A Escola Classe da 102 Sul, em Brasilia, marcou a avaliação logo para a primeira semana (terça e quinta-feira). “A avalição [do ano passado] foi proveitosa. Em cima do resultado, quando saiu, discutimos o que podíamos melhorar e o que estava bom“, diz o diretor da escola, Geraldo Almeida Guimarães. Como o resultado final foi divulgado em setembro, ele diz que não foi possível implementar mudanças especificamente baseadas na avaliação para este ano.
Para Guimarães, o desempenho da escola foi bom. Os alunos foram divididos em quatro níveis. A maior parte dos alunos da escola classe ficou entre o terceiro e o quarto níveis, considerados satisfatórios.
A forma de divulgação, ainda que apenas para os centros de ensino, apresentou novidades que poderão ser aplicadas em outras avaliações. As escolas tiveram acesso à porcentagem dos estudantes de cada faixa e aos dados de escolas na mesma região, modalidade (campo/urbana) e ao nível socioeconômico dos alunos para comparação. No ano passado, fizeram a avaliação 2,6 milhões de estudantes, de 55 mil escolas.
Tunísia faz eleições presidenciais após revolução
A Tunísia faz hoje (23) as primeiras eleições presidenciais desde a revolução de 2011, disputadas por 27 candidatos e com um antigo ministro dos regimes autoritários de Habib Bourguiba e de Ben Ali como favorito.
Béji Caïd Essebsi, 87 anos, é o líder do partido laico Nidaa Tunès, vencedor das legislativas de 26 de outubro. O partido, considerado heterogêneo, congrega militantes de esquerda, sindicalistas, empresários e antigos membros do regime, unidos pela oposição aos islamitas do partido Ennahda.
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Membro ativo da resistência contra o protetorado francês, Essebsi foi ministro de Habib Bourguiba (1957-1987), o “pai da independência” tunisiana, e de Zine El Abidine Ben Ali (1987-2011), deposto na revolução de 2011.
Ele disputa a presidência com o presidente cessante, o histórico opositor Moncef Marzouki, 69 anos, que viveu anos no exílio na França e, regressado à Tunísia após a revolução, foi eleito presidente interino pela Assembleia Constituinte.
Entre os demais candidatos figuram o popular empresário e presidente de um clube de futebol, Slim Riahi, o político de esquerda torturado pelo antigo regime, Hamma Hammami, seis ex-ministros de Ben Ali, entre os quais o ex-chefe da diplomacia Kamel Morjane, e uma mulher, a magistrada Kalthoum Kannou.
O partido islamita Ennahda, no poder desde o final de 2011 até o início deste ano, não apresentou um candidato e deixou aos seus apoiadores uma única orientação – eleger um presidente que garanta a democracia.
Se nenhum candidato obtiver maioria absoluta no primeiro turno, um segundo turno será efetivado no final de dezembro.
Agência Lusa e Agência Brasil
Britânico é condenado por invadir corrida com carro da namorada
Publicado em 21 de nov de 2014
Homem dirigia automóvel da namorada, que suplicou para que ele não entrasse na pista.
Crédito: BBC Brasil
Mar de lava de vulcão na Islândia é o maior dos últimos 500 anos
Publicado em 21 de nov de 2014
Mar de lava na Islândia cobre área do tamanho de Manhattan.
Vulcão está em erupção há três meses e formou maior campo de lava do país europeu nos últimos 200 anos.
Crédito: BBC Brasil
Terremoto na China deixa quatro mortos e 54 feridos
Pelo menos quatro pessoas morreram e 54 ficaram feridas em um terremoto que atingiu ontem (22) a região montanhosa da província chinesa de Sichuan, segundo autoridades do país.
O tremor de 6,3 graus na escala Richter que foi registrado a 18 quilômetros de profundidade sob a pequena cidade de Tagong, afetou 55 mil pessoas.
Seis dos feridos foram considerados em estado crítico, ainda que a maioria tenha ficado ligeiramente ferida.
As autoridades enviaram ao local meios militares para colaborarem nas tarefas de auxilio às populações afetadas, como geradores de eletricidade, hospitais de campanha e material diverso de apoio emergencial.
A província de Sichuan é uma região que registra terremotos com bastante frequência. Na mesma localidade, vizinha do Tibet, um tremor de magnitude 8 deixou mais de 80 mil mortos e desparecidos em Wenchuan em 2008. Já em 2013, outro sismo de magnitude 7 provocou 196 mortes em Lushan.
Agência Lusa e Agência Brasil