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domingo, 13 de dezembro de 2015

As divisões entre os árabes




As divisões entre os árabes começaram a acentuar-se a partir do momento em que eles foram perdendo a hegemonia mundial, sendo expulsos dos diversos lugares que ocuparam na imensa área que se estendia da Espanha até a Índia. Todavia, a língua os costumes e a cultura árabes, assim como o islã, eram mantidos pela influência dos turcos otomanos que passavam a dominar essas áreas. A partir do século 11 os turcos passavam a representar papel cada vez mais saliente, chegando no século 15 a governar a maioria das regiões árabes.
Durante quatro século os árabes permaneceram sob o jugo do Império Otomano. O marco histórico do estabelecimento do Império Otomano é o ano de 1453, com a tomada de Constantinopla (hoje Istambul), que se tornou uma das metrópoles do islã.
O Império Otomano atingiu o seu apogeu com Solimão, o Magnífico (de 15020 a 1566), que estabeleceu sua dominação sobre a Hungria, Áustria indo até a Argélia e Tunísia.
Disputou a hegemonia na Europa com Carlos V, da Espanha e aliou-se a Francisco I, da França. O Império Otomano começou a ser abalado, no século 19, pelas revoltas de caráter nacional da Sérvia, da Grécia (independente em 1830), do Egito (autônomo em 1840). O império atravessou uma aguda criada crise financeira, que permitiu maior ingerência ocidental, o que, por sua vez, acarretou novas perdas territoriais. Os otomanos perderam a Sérvia e a Romênia (Tratado de Berlim, 1878), a Argélia (para a França, em 1830), a Tunísia (1810) e a Bulgária (1908).
O regime dos sultões chegou ao fim com Mehmet (de 1909 a 1918), que se viu obrigado a dividir o poder com os jovens turcos, que desenvolveram uma política ultranacionalista que provocou a revolta entre os árabes e nos países balcânicos. O Império Otomano jogou sua decisiva cartada ao entrar na Primeira Guerra Mundial ao lado da Alemanha.
Perdeu e teve sua dissolução lavrada pelo tratado de Sèvres, em 1920. Abulmecid II (de 1922 a 1924), que sucedeu a Mehmet VI (de 1918 a 1922), foi deposto por Mustafá Kemal, que aboliu o califado em 1924.
Apesar de comungarem de uma mesma religião, os árabes desenvolveram sentimentos de revolta contra os turcos por estes terem imposto-lhes sua dominação. As potências imperialistas da época, França e Inglaterra, interessadas que estavam na queda do Império Otomano passaram a fomentar os sentimentos independentistas dos árabes. Dividida em múltiplos principados ou cidades-estados, a Arábia viveu praticamente na anarquia e no isolamento até o final do século 19. Seu território chegou a ser o palco de algumas disputas, primeiramente entre os portugueses e otomanos, por volta do século 15, e depois entre os otomanos e holandeses no século 16.

Assembleia vota aumento do limite


Está apto para ser votado na próxima terça-feira o projeto de lei encaminhado pelo Executivo à Assembleia que prevê aumento do limite de saques das contas dos depósitos judiciais. Dos atuais 85%, a proposta tenta ampliar os saques para 95% do saldo dos depósitos. A medida é vista como solução imediata para o caixa do governo estadual e deve ser aprovada com votos da base e da oposição.


Fonte: Correio do Povo, página 4 de 20 de setembro de 2015.