Clube não deve fazer anúncio oficial
da compra do estádio antes da reunião dos credores da OAS
Até
o dia 3 de novembro, data da nova assembleia de credores da OAS, o
Grêmio está de mãos atadas. Não fará o anúncio oficial da
compra antes do início do próximo mês. Quer primeiro que seja
aprovado o plano de recuperação da empresa que tem entre seus
ativos exatamente o repasse da gestão da Arena.
Se o clube resolver anunciar a
aquisição do estádio, como já está acertado há algumas semanas
com a empreiteira, Banco do Brasil, Banrisul e Santander, existe a
possibilidade de um imbróglio jurídico. Algum credor poderia
ingressar na justiça para contestar o acordado. A orientação dos
advogados que estão cuidando da negociação pelo Tricolor é para
esperar a aprovação na assembleia antes de fazer qualquer
oficialização.
O plano de recuperação é extenso.
São 497 páginas. Por isso, o pedido de adiamento, na reunião de
quarta-feira à tarde, em São Paulo, para que sejam efetuadas
algumas alterações solicitadas. A lista de credores é imensa. São
3.843 no total com débitos que variam de R$ 0,11 até US$ 943
milhões (R$ 3,5 bilhões) – uma dívida entre duas empresas do
próprio grupo.
O item 6.8 do plano trata justamente
do repasse da Arena. Cita as tratativas com o Grêmio e os três
bancos. No estudo técnico de uma consultoria, a venda da Arena
Porto-Alegrense é apontada como uma das premissas-chave para a
estruturação da SPE Gestão, empresa que engloba a gestora do
estádio.
O sentimento dos dirigentes gremistas
é que os jogos de 2016 já serão operados pelo clube.
Fonte: Correio do Povo, página 15 de
17 de outubro de 2015.