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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Amostra do que virá pela frente, por Taline Oppitz

Em meio às articulações da reforma ministerial, à divulgação de pesquisa CNI/Ibope, que aponta a manutenção de índice recorde de rejeição da gestão de Dilma Rousseff, o presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, confirmou que será julgado na próxima semana o processo sobre as contas do governo de 2014, marcado pela polêmica das “pedaladas fiscais”. O clima no Planalto é de pessimismo e a rejeição das contas é dada como praticamente certa. A expectativa é grande, já que há temor de que o desfecho do caso no TCU possa ser utilizado como base jurídica para reforçar clima favorável ao impeachment no Congresso. Especialistas sustentam que as pedaladas não são suficientes para embasar o impeachment, mas a essência do processo é política e depende do estado de espírito e dos cálculos feitos pela oposição e pelos sempre insatisfeitos aliados. O cenário fica ainda pior devido à crise econômica, que atinge em cheio o bolso da população e que está exigindo medidas impopulares, que agradavam já o baixo nível de confiança na presidente. Ontem à tarde, em reunião com a cúpula petista, Lula defendeu que Dilma adote discurso de que as mudanças no Ministério não são um caminho para evitar o impeachment, mas para marcar nova fase e superar a crise. Como se fosse possível esconder que Dilma, o Planalto e o PT se tornaram ainda mais reféns do PMDB visando à permanência na cadeira da presidência.


Fortunati responde


Em nota à coluna, o prefeito José Fortunati afirmou que “o PC do B tem uma criatividade fantástica para justificar suas perdas e atos. Da mesma forma como defende que a Albânia é um país democrático, tenta me imputar a responsabilidade pela saída do deputado João Derly”. Fortunati disse que recebeu dois telefonemas de João Derly, e que, em ambos contatos, afirmou que nem ele, nem sua esposa, Regina Becker, ingressariam na Rede.


PGE recorre


A Procuradoria-Geral do Estado recorreu ao Supremo Tribunal Federal, na terça-feira, para tentar reverter a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que indeferiu a ação cautelar que visava evitar o bloqueio das contas do Estado em função dos atrasos no pagamento de parcelas da dívida com a União. Com o recurso, a ação cautelar do Executivo passará por nova análise, agora no plenário, sendo submetida a todos os ministros da Corte.


Efeito contrário


A pressão de integrantes do PDT, com o coordenador da bancada federal gaúcha, Giovani Cherini, em defesa da substituição do secretário de Segurança, Wantuir Jacini, pelo deputado estadual trabalhista Enio Bacci, ao menos por ora, está gerando efeito contrário. Integrantes do Executivo afirmam que apesar de algumas manifestações polêmicas, Jacini contra com a total confiança do governador José Ivo Sartori. O secretário teria sido escolhido para o cargo justamente por seu perfil técnico e mais comedido, distinto de Bacci. Além disso, apesar das limitações financeiras que atingem à área, a avaliação é de que Jacini busca soluções sem críticas aos cortes, assume as deficiências e blinda Sartori.


Construção pessoal


No ato mais concorrido desde o início do governo, foi confirmada medida para quitar recursos atrasados com hospitais referentes a 2014 e 2015. A abertura de linhas de crédito foi uma construção pessoal do secretário da Saúde, João Gabbardo, que contrariou apostas de que o passivo de 2014 não seria pago e buscou uma saída.


Apartes


O rompimento do publicitário Jeferson Monteiro, criador do perfil Dilma Bolada – que conta com milhares de seguidores nas redes sociais – com o governo Dilma, foi um dos assuntos mais comentados ontem. No texto em que justificou sua posição, Jeferson afirmou que para Dilma “só importa o apoio do PMDB e de parte do empresariado para que ela se mantenha lá onde está. Trocou o governo pelo cargo”. Outra versão para o rompimento, no entanto, é de que Jeferson teria deixado de receber recursos por meio de agências que não teve o contrato renovado pelo PT.



Fonte: Correio do Povo, página 3 de 1º de outubro de 2015.