27 DE
NOVEMBRO DE 1935
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SERGIO TASSO VÁSQUEZ DE AQUINO
Neste
dia de hoje, por muitos anos, a Nação e as Forças Armadas
homenageavam, cultuavam a memória e celebravam o sacrifício extremo
dos militares do Brasil, traiçoeiramente assassinados enquanto
dormiam por colegas pervertidos pela ideologia marxista, na primeira
tentativa de tomada de poder pelos vermelhos em nossa Terra, pela via
armada. Era 27 de novembro de 1935 e a rebeldia torpe, mortífera e
cruel lavrava no 3* Regimento de Infantaria e na Escola de Aviação
Militar, no Rio de Janeiro, e em Pernambuco e no Rio Grande do Norte.
No
monumento aos mortos heróicos e inocentes da Intentona Comunista,
erguido na Praia Vermelha, todos os anos, nesta data, congregavam-se
as mais altas autoridades da República, representações expressivas
das Três Forças, membros das famílias enlutadas e tão
tragicamente atingidas e apreciáveis contingentes do povo comum,
para chorar os mortos queridos e não deixar esquecer a saga do seu
glorioso sacrifício em proveito da liberdade da Pátria. Eu próprio
tive o privilégio de, uma vez, ser o orador, que falava em nome das
Forças Armadas em tão tocante quanto significativa cerimônia.
O
tempo passou e assumiram o governo e o poder, no Brasil, partidos e
pessoas alinhados com as causas revolucionárias marxistas, que
passaram a encaminhar, progressivamente, nossa querida Terra de Santa
Cruz para o inaceitável destino vislumbrado por seu louco e cruel
projeto de destruição da ordem democrática, para substituí-la
pela perversa “nova ordem” vermelha, que tantas misérias, dores,
sofrimentos e genocídios semeou pelo mundo, principalmente nas
infelizes nações que caíram sob seu jugo nefasto.
A
fraqueza e a tibieza de tantos, que não tinham o direito de
render-se, levaram a que, finalmente, a história oficial fosse
reescrita segundo os ditames revolucionários extremados, e o 27 de
novembro de 1935 e o 31 de março de 1964 fossem riscados do
calendário cívico-miltar, bem como apagados fossem fatos do nosso
passado altivo e glorioso e as pessoas e os feitos dos nossos
autênticos Heróis. Onde estão Tiradentes, o Dia da República, o
Dia da Bandeira, a lembrança permanente das grandes batalhas e
combates, em que a coragem dos militares e dos bravos civis a eles
unidos escreveram as páginas da Grande Epopéia Brasileira? Quantos
compatriotas de hoje sabem o que foram e significaram Guararapes,
Riachuelo, Tuiuti, Itororó, a Passagem de Humaitá, os feitos da
Divisão Naval em Operações de Guerra, na Primeira Guerra Mundial,
e da Força Expedicionária Brasileira e do Primeiro Grupo de Caça
da Força Aérea Brasileira, na Itália, e da Marinha do Brasil, na
Batalha do Atlântico, na Segunda Guerra Mundial? Está tudo
encoberto por um deliberado véu de esquecimento, urdido e montado
para matar a memória nacional, para sepultar nosso glorioso passado
de lutas invictas, para destruir nosso acervo patriótico e a
herança, a tradição e o moral nacionais, para mais facilmente
sermos, bovina e mansamente, conquistados pelos inimigos declarados
do Brasil!
Neste
momento e lembrando seu sacrifício sagrado, venho trazer o preito do
meu reconhecimento, da minha gratidão e do meu profundo respeito aos
mártires da liberdade, imolados no altar da Pátria e em sua defesa
há exatos 80 anos. Emocionado, apresento-lhes armas, em continência!
Sei que não estou só: acompanham-me nesta homenagem todos os
brasileiros de bem, os que não mentem, não se vendem, não traem a
fidelidade para com o Amado Torrão Natal, a felicidade do Povo e a
salvaguarda e a permanência das Instituições Democráticas. Comigo
estão os que envergam e envergaram com honra os imaculados uniformes
branco, verde e azul que distinguem e caracterizam os militares do
Brasil e que se mantiveram, apesar de todas as tentações de
aliciamento pelo inimigo, via ofertas de dinheiro, honrarias, poder,
fiéis ao solene juramento feito diante da Bandeira Nacional.
Estamos atravessando momentos
decisivos. O pútrido esquema de poder que parecia invencível no seu
nefasto predomínio sobre nós, e que une os fanáticos ensandecidos
pela perversa ideologia vermelha assassina e os integrantes da maior
e mais abusada quadrilha de larápios que já arrasou um país, está
chegando ao fim, perdido, desmoralizado e desorientado pelo
inexorável ajuste de contas em processamento, graças a Deus e ao
trabalho e ao esforço de autênticos Heróis do Brasil, no
Judiciário, no Ministério Público Federal e na Polícia Federal.
Todos os seus malsinados integrantes serão escorraçados dos cargos,
mandatos e funções que ocupam e da vida pública que tanto
conspurcaram, e punidos por seus crimes e atirados ao lixo da
História, como sempre ocorreu nas sociedades conscientes, senhoras
dos seus destinos e estribadas na Virtude! Deus seja louvado, sempre
e uma vez mais, por isso!
Finalmente, nesta homenagem aos
Heróis Brasileiros de 1935, quero repetir minha profissão de fé de
devoção integral e sem limites à Pátria e o compromisso da
prontidão para sempre combater o Bom Combate! A eles, dedico também
o texto da inscrição que mandei gravar no monumento que fiz
construir na Força de Submarinos, quando dela Comandante, em
comemoração aos 75 anos de sua gloriosa existência, em 17 de julho
de 1989, e em memória dos submarinistas e mergulhadores mortos em
serviço na Segunda Guerra Mundial e nos tempos de Paz:
PERPÉTUA GLÓRIA AOS BRAVOS, QUE
TOMBARAM COM HONRA NO CUMPRIMENTO DO DEVER!
UMA
VEZ BRASIL, SEMPRE BRASIL! TUDO PELA PÁTRIA!
Rio
de Janeiro, RJ, 27 de novembro de 2015.