Várias
moedas de ouro, prata e cobre foram cunhadas durante o período
imperial (1822 a 1889). Entre elas estava a de ouro de 20 mil réis,
cuja primeira emissão data de 1846 e última cunhagem foi registrada
em 1922. Nela, pode ser vista a efígie de dom Pedro II, a mais
representada na história do dinheiro brasileiro. Nos diferentes
tipos de moeda de ouro relativas a esse imperador, pôde-se
observá-lo retratado enquanto criança, adulto e velho.
Assim como as de 10 mil, 4 mil, 2
mil, mil e 400 réis, a moeda de 20 mil réis integrou a Chamada
Série Dobrões. Esta série tornou-se conhecida pela denominação
papo de tucano, por ostentar o imperador com o manto com que foi
coroado, adornado com penas dessa ave.
Em 1851, nova efígie do imperador
apareceu nas moedas de ouro, nas quais ele passou a ser representado
com barbas.
Três anos depois, foi cunhado em
ouro o novo valor de 5 mil réis, e as moedas de prata foram
alteradas.
Entre 1948 e 1852, foram cunhadas as
de 2 mil e 500 réis e, entre 1853 e 1867, o novo valor de 200 réis.
No entanto, em 1870 esta última cunhagem foi suspensa, e o antigo
padrão voltou à circulação.
O uso de cédulas generalizou-se
durante o Segundo Império, e a produção de moedas de cobre ficou
restrita a pequenos valores destinados a troco.
Houve a substituição gradativa do
cobre por ligas mais resistentes ao manuseio, como o bronze, em 1868,
e o cuproníquel, em 1871, utilizados em moedas fabricadas em
Bruxelas. A Casa da Moeda do Rio de Janeiro passou a fabricar as de
bronze em 1870 e as de cuproníquel em 1874.
Até a vinda da Corte portuguesa para
o Brasil, em 1808, o valor total das moedas em circulação não
ultrapassava 10 mil contos ou 10 milhões de réis, valor considerado
irrisório. O sistema monetário era complicado, chegaram a circular,
ao mesmo tempo, seis diferentes relações legais de moedas
intercambiáveis. Ms depois, no Segundo Império, houve falta de
dinheiro miúdo, o que incentivou particulares a emitirem moedas e
vales. Foi introduzido o hábito de se marcarem moedas de sobre já
fora de circulação com datas, iniciais, nomes e figuras de
fazendeiros, engenhos, negociantes ou firmas comerciais.