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terça-feira, 31 de março de 2015

A IMPORTÂNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS NA POLÍTICA ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS!


         
1. Lacerda, depois da derrota de Flexa Ribeiro, em 1965, impulsionada pelos servidores após um atraso no pagamento 4 meses antes da eleição, cunhou uma frase que passou a ser axiomática: "Servidor pode não fazer ganhar eleição, mas faz perder". Se era assim há 50 anos, agora é muito, muito mais.
          
2. As organizações (governos entre elas), por muitas décadas, desde o século 19 até os anos 1960, tinham estruturais piramidais, verticais e rígidas. "Manda quem pode, obedece quem tem juízo." Grande parte da teoria organizacional tinha como lastro a organização militar, o que reforçava essa rigidez dentro das organizações e nas relações pessoais.
          
3. A partir dos anos 1980, com o aprofundamento da eletrônica, com a informação em tempo real e depois com o acesso individual a tecnologia da comunicação e da informação, através da internet, esse processo estilhaçou as estruturas verticais e piramidais. Vide a implosão da URSS e de seu planejamento de longo prazo centralizado.
          
4. Já no século 21, com sofisticação desse processo e a individualização na entrada e multiplicação das redes sociais, as organizações que insistiram na rigidez vertical e piramidal perderam competitividade e foram excluídas do mercado. Os partidos políticos, não só no Brasil, são exemplos disso. Os comitês centralizados perderam expressão. Depois de se reunirem e convocarem uma coletiva de imprensa, passaram a descobrir que o debate já era público e que o documento que iriam divulgar já não tinha valor comunicacional.
          
5. Essa é uma razão de fundo para a implosão dos partidos no Brasil. Os parlamentares e militantes, individualmente, passaram a correr e opinar fora da organização. E também para a implosão dos governos que insistiram e insistem em suas estruturas piramidal e vertical. Ou se abrem para seu público para fora e para seu público (funcionários, trabalhadores e servidores), ou ficam sem rumo.
          
6. Os servidores públicos detêm as informações primárias e antes dessas subirem alguns degraus da pirâmide, podem ser distribuídas através das redes sociais. Quando os governos vivem uma situação muito favorável, seja pelos fatores externos, receitas, etc., e ganham popularidade, cria-se certo cuidado -ou constrangimento- por parte dos servidores. Afinal os patrões estão bem vistos e tem até popularidade.
          
7. Mas quando isso não ocorre, as redes sociais impulsionadas pelas informações dos servidores em função do que ocorre em seus órgãos se tornam viróticas, multiplicando a opinião pública.
          
8. Outro elemento fulcral e distintivo da situação atual são os sindicatos e associações corporativas. Estas são organizações ainda do período industrial. São lentas por serem verticalizadas. As assembleias reúnem uma quantidade mínima de participantes em comparação com os participantes desses órgãos nas redes sociais.
          
9. Os governos que não se abrem -para fora e para dentro- implodem numa conjuntura não favorável e com uma enorme velocidade quando além da rigidez, são autoritários e arrogantes.  Imaginam que se livram dos servidores privatizando e terceirizando. Ilusão treda. Por mais que terceirizem a coluna vertebral da administração pública é interna. E ainda constroem novas redes de pessoal terceirizado, que são muito menos controláveis.
          
10. 2015 já começou a mostrar isso em vários lugares, Brasil afora. Instrumentos ainda pouco usados como grevilha e operação padrão, crescerão. 2015 mostrará muito mais. As ruas virtuais são muito mais poderosas que as ruas reais. "Quem viver, verá"!


Ex-Blog do Cesar Maia 


Empresas querem levar a vida financeira para as redes sociais

por TÁSSIA KASTNER

Você organiza um churrasco com os amigos, avisa quanto vai custar e tem de esperar todo mundo fazer a transferência bancária antes de comprar a carne.

Ter de esperar para o dinheiro cair na conta ou pagar uma taxa para o banco para fazer a transação pode, em breve, virar coisa do passado. Redes sociais e start-ups (empresas iniciantes) estão tentando facilitar os pagamentos entre amigos -também chamados de transferência "peer-to-peer" (ou P2P).

Em março, o Facebook lançou o serviço dentro do aplicativo Messenger para alguns usuários da rede social nos EUA. Antes disso, em agosto do ano passado, o Snapchat criou o Snapcash, com a mesma funcionalidade. Há ainda o Venmo, plataforma social de transferência de dinheiro do PayPal, que processou US$ 906 milhões em pagamentos no quarto trimestre de 2014, 29% a mais que em igual período do ano anterior.

  Fotos Reprodução/Editoria de Arte  
 
O fenômeno, que tem direito a "likes", "emoticons" e comentários, já tem nome nos Estados Unidos: "social payment", ou pagamento social. Trata-se de uma tentativa de levar a febre das redes sociais para os serviços financeiros.

No Brasil, existem algumas iniciativas parecidas, como a da start-up PicPay, que criou uma carteira eletrônica que é carrega com cartão de crédito e pode ser usada para transferir dinheiro a amigos.

Para Samantha Carvalho, professora da ESPM-RS, a maior parte das experiências de pagamento pelo celular, até aqui, foram negativas. "O usuário tem a sensação de que não funciona e desiste."

Com empresas como o Facebook entrando no mercado, isso pode mudar, afirma.

No Brasil, um dos exemplos de sistema de pagamento móvel que tem uso mais intensivo é o Easy Pay, plataforma do aplicativo de táxi Easy Taxi. Para pagar, é preciso cadastrar um cartão de crédito e apertar um botão no app.

"Hoje, 30% das corridas em São Paulo são pagas pelo aplicativo", diz Dennis Wang, presidente da companhia.

RESISTÊNCIA

Internacionalmente, as principais plataformas de transferência P2P realizam operações a débito -com o dinheiro saindo da conta corrente do usuário. As senhas podem ser um código numérico cadastrado no aplicativo, ou, no caso dos iPhones 5S ou superiores, impressão digital.

Mas bancos brasileiros são bastante resistentes à forma como essas operações são realizadas. No caso do app nacional PicPay, o usuário faz um saque do cartão de crédito para colocar dinheiro na carteira eletrônica -assim, é mais fácil reaver dinheiro desviado em fraudes.

E, quando um cliente realiza um pagamento a débito, tem o cartão com chip (onde estão as informações de agência e conta) e informa uma senha.

O cofundador da start-up, Diogo Roberte, diz que, "em breve", vai conseguir que usuários carreguem a carteira a partir do débito.

O diretor de canais digitais do Bradesco, Luca Cavalcanti, diz que o banco já oferece serviços de internet banking no Facebook. Mas, para operações financeiras, são exigidos passos de segurança equivalentes aos do site da instituição.

"O Facebook permitirá a criação de aplicativos que vão rodar dentro do Messenger. Os bancos devem desenvolver aplicações dentro da plataforma para tornar a transação mais segura", conta.
Fonte: Folha Online - 31/03/2015 e Endividado
 
 

Congresso adia votação projeto que mudaria licitações da Petrobras

por RANIER BRAGON e MÁRCIO FALCÃO

A base governista na Câmara conseguiu adiar nesta segunda-feira (30) a votação do projeto que retira da Petrobras a autorização para realizar processos simplificados de licitação.

Desde 1998, no primeiro mandato do tucano Fernando Henrique Cardoso, a estatal está livre das regras mais rígidas estabelecidas na Lei de Licitações (8.666/1993) sob o argumento de que ela ficaria em desvantagem em relação às suas concorrentes privadas.

Após o escândalo da Lava Jato, porém, políticos passaram a apontar o regime simplificado de licitação da Petrobras como uma brecha para a corrupção.

Nesta segunda seria aprovada a tramitação do projeto em regime de urgência, o que o deixaria pronto para análise do plenário da Câmara.

O PT e a liderança do governo na Casa fecharam, entretanto, acordo segundo o qual o tema será debatido em uma comissão especial para tratar de mudanças na Lei de Licitações.

"Essa é uma sinalização de que estamos preservando a Petrobras nesse momento de dificuldade que ela passa devido à operação Lava Jato", afirmou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Segundo ele, um endurecimento das regras de licitação da estatal poderia ter um grande impacto negativo no mercado.

Apesar do adiamento da votação, o oposicionista DEM conseguiu apoio para votar a aprovação da tramitação em regime de urgência de projeto que retoma o sistema de concessão (no lugar da partilha) na exploração dos novos campos de petróleo ou que reduz o papel da Petrobras nessa área.
Fonte: Folha Online - 30/03/2015 e Endividado


Caixa não responde por problemas de imóvel financiado pelo SFH

Nos contratos de financiamento do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a Caixa Econômica Federal atua como um mero agente financeiro, liberando recursos para a aquisição do imóvel. O banco não pode, portanto, ser responsabilizado pelos problemas apresentados pelo imóvel financiado, já que não participou do empreendimento.

Esse foi o entendimento aplicado pelo desembargador Hélio Nogueira, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, ao negar um pedido de indenização. Na ação, o autor alegou que a Caixa deveria responder solidariamente pelos vícios apresentados, porque a perícia a cargo da instituição financeira teria sido feita com desídia.

O pedido, no entanto, foi negado pela Justiça. Ao analisar o caso, o desembargador Hélio Nogueira assinalou que, de acordo com o contrato apresentado, a Caixa não financiou nenhum empreendimento em construção com prazo de entrega. Segundo o relator, trata-se meramente de contrato de mútuo e alienação fiduciária em garantia no âmbito do SFH, pelo qual os autores da ação obtiveram recursos para financiar a compra de imóvel de terceiros particulares.

De acordo com o contrato, a Caixa atua em tal situação estritamente como agente financeiro, sendo que sua perícia não tem por objetivo atestar a solidez da obra, mas apenas resguardar o interesse da instituição financeira, já que o imóvel financiado lhe é dado em garantia.

“Assim, uma vez que do contrato se vê claramente que a Caixa não financia, no caso, um imóvel em construção, mas tão somente libera recursos financeiros para que os compradores adquiram de terceiros imóvel já erigido, não há falar em responsabilidade da CEF pelos vícios apresentados pelo imóvel financiado, já que não participou do empreendimento”, concluiu.

Pelo fato de ser isenta de responsabilidade, o relator entendeu que a Caixa não deveria nem mesmo figurar no polo passivo da ação, devendo a indenização ser cobrada na Justiça Estadual. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-3.

Processo 2011.03.00.000500-5/SP
Fonte: Conjur - Consultor Jurídico - 30/03/2015 e Endividado