Professores
da rede estadual aderem à greve unificada dos servidores. Região
Sul do Estado é a mais mobilizada, diz Cpers
Cerca
de 95% das escolas públicas estaduais pararam as atividades ontem,
porque a maioria dos professores aderiu à greve unificada dos
servidores, conforme o Cpers/Sindicato. A Secretaria Estadual da
Educação realizou um levantamento do número de instituições sem
aula, mas não divulgou a informação. A vice-presidente da entidade
sindical, Solange Carvalho, afirmou que a região Sul teve a maior
participação de professores no movimento. “A revolta da categoria
é muito grande e acreditamos que a adesão é fruto do trabalho de
visitas aos núcleos regionais.”
Na
Capital, algumas abriram parcialmente, como o Instituto de Educação
Flores da Cunha. Os professores que se apresentaram ao trabalho deram
aula a poucos alunos (menos de 3%). Um boneco feito pelos estudantes
foi pendurado na porta da instituição, simbolizando o
“enforcamento” da educação.
Na
Escola Técnica Parobé, apenas um professor do ensino médio
compareceu, porém, nenhum aluno esteve no colégio. Ao todo, são
2,5 mil matriculados, sendo que três quartos estão no curso
técnico, que não foi afetado pela greve, informou o diretor Luiz
Carlos de Oliveira. Segundo a professora de informática Lia Alves, o
currículo do Técnico é diferente e não seria possível recuperar
as aulas. Por isso, o trabalho não foi interrompido, “embora
tenhamos as mesmas reivindicações dos demais”.
Na
Escola Técnica Ernesto Dornelles, um cadeado trancava o portão na
manhã de ontem e não havia movimentação nem de alunos, nem de
professores.
Fonte:Correio
do Povo, página 15 de 21 de agosto de 2015.