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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Inflação oficial fica acima da meta pelo 4º mês seguido, diz IBGE

No acumulado de 12 meses, índice ficou em 6,56%.
Carne lidera ranking dos principais impactos, pelo 3º mês consecutivo.

Cristiane Cardoso e Marta CavalliniDo G1, no Rio e em São Paulo

 

INFLAÇÃO EM 12 MESES

Variação do IPCA, em %

<?XML:NAMESPACE PREFIX = "[default] http://www.w3.org/2000/svg" NS = "http://www.w3.org/2000/svg" />5,915,595,686,156,286,376,526,56,516,756,596,56Dez/13Jan/14Fev/14Mar/14Abr/14Mai/14Jun/14Jul/14Ago/14Set/14Out/14Nov/1402468

Fonte: IBGE

A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ganhou força em novembro – e seguiu acima do teto da meta do governo pelo quarto mês seguido.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,51% em novembro, acima da taxa de 0,42% do mês anterior.

Em 12 meses, o indicador acumula alta de 6,56%. Desde agosto, esse índice se mantém acima de 6,5%, o teto da meta de inflação estipulada pelo governo. Essa meta, no entanto, só vale para anos fechados – ou seja, o governo só terá descumprido a meta se a inflação em 12 meses seguir acima de 6,5% em dezembro.

No acumulado do ano, até novembro, o índice é de 5,58%.

Falando a jornalistas após a divulgação dos resultados do IPCA, o ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou apenas que o resultado "foi bom".

Carne
Pelo terceiro mês seguido, a carne foi o item que mais pesou na alta da inflação em novembro, contribuindo com 0,09 ponto percentual da taxa. Os preços subiram em média 3,46% em novembro, mais que em outubro (1,46%) – e acumularam alta de 17,81% no ano e de 20,56% em 12 meses.
Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE, a carne representa 2,7% do IPCA. “Isso é muito coisa”, afirmou. “Durante todo o ano a carne exerceu pressão sobre o custo de vida e hoje já estamos perto de 18% de aumento”.

“A seca prejudica os pastos, não há gado suficiente para abate. Além disso, as exportações têm sido muito fortes, principalmente da Rússia, que deixou de comprar dos Estados Unidos para comprar do Brasil. Não só carne, mas queijo e frango. Então, é uma pressão de demanda”, diz a coordenadora do IBGE.

A seca prejudica os pastos, não há gado suficiente para abate. Além disso, as exportações têm sido muito fortes. (...) É uma pressão de demanda"

Eulina Nunes dos Santos, coordenadora do IBGE

Com esses resultados, o grupo alimentação e bebidas foi responsável por 37% do IPCA de novembro, com a maior variação e o maior impacto no mês.
“Este ano foi praticamente marcado pelos alimentos e alguns administrados (preços que têm sua variação administrada pelo governo, como contas de luz). Além do sobe e desce das commodities, nós tivemos problemas sérios climáticos que prejudicaram as lavouras (...). Então, os alimentos foram marcantes no sentindo de definir os movimentos da série do IPCA”, explicou Eulina.
Gasolina
Em segundo lugar no ranking dos principais impactos vem a gasolina, que contribuiu com 0,07 ponto percentual da taxa. De acordo com o IBGE, o preço do litro da gasolina ficou 1,99% mais caro, refletindo, nas bombas, parte do reajuste de 3% nas refinarias, em vigor a partir de 7 de novembro. Goiânia foi destaque, com alta de 7,95% no mês.
Batata
Terceiro maior impacto no IPCA, a batata-inglesa ficou 38,71% mais cara, depois de registrar uma queda de 5,95% no preço em outubro. Em Salvador, a alta de preços chegou a 75,49%. “Mas o peso dela não é tão importante no orçamento da gente quanto a carne”, diz Eulina.

Torres com linhas de transmissão de energia começam a ser instaladas (Foto: Taísa Arruda/G1)Energia mais cara afeta a inflação
(Foto: Taísa Arruda/G1)

Eletricidade
Com alta média de 1,67%, a energia elétrica contribuiu com 0,05 ponto percentual do IPCA de novembro. As maiores variações foram registradas em Fortaleza (10,18%) e Salvador (6,97%), em decorrência de aumentos no PIS/Pasep/Cofins, além do Rio de Janeiro (8,83%), onde ocorreu reajuste de 17,75% em 7 de novembro em uma das concessionárias.

De acordo com Eulina, em 2013 houve queda de 15% no preço da energia, o que ajudou a conter a inflação naquele ano. No entanto, de acordo com ela, isso não aconteceu em 2014. “As tarifas que haviam sido contidas lá aumentaram agora por conta de todas as questões que o país está vivendo com a estiagem e o problema da água”, afirma. Com isso, junto com as carnes, o item está entre os que mais impactaram a inflação este ano.

Serviços
Os principais impactos do setor de serviços no mês de novembro, segundo o IBGE, são o conserto de automóvel seguido de refeição fora de casa, aluguel e cabelereiro. Em seguida vem empregada doméstica.
Índices regionais
Nos índices regionais, o maior foi o de Goiânia (1,21%), onde os combustíveis (7,84%) foram responsáveis por 0,53 ponto percentual do índice do mês, com alta de 7,95% na gasolina e de 9,70% no etanol. O aumento de 3,28% nos preços dos alimentos consumidos no domicílio também pressionou o resultado. O menor índice foi o de Vitória (0,03%), com as contas de energia elétrica 6,73% mais baratas em função das alíquotas do PIS/Pasep/Cofins.
A aceleração da taxa se deu quase em todas as regiões metropolitanas, segundo o IBGE. “Essa aceleração da taxa foi praticamente em todas as regiões metropolitanas de outubro para novembro. Goiânia liderou passando de 0,78% para 1,21%. Fortaleza foi para 0,81%. E, praticamente, os responsáveis por esse avanço foram os alimentos”, diz Eulina Nunes dos Santos.
“Quando a gente olha o resultado no ano e os últimos 12 meses, vê que eles estão chegando perto. As taxas estão tendendo a ficar mais próximas. E o Rio de Janeiro lidera tanto o resultado no ano quanto nos 12 meses, com 6,13% e 7,37% [respectivamente]”, completou.
Inflação pelo INPC
Nesta sexta-feira, o IBGE ainda divulgou o comportamento da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que variou 0,53% em novembro, acima do índice de 0,38% de outubro em 0,15 ponto percentual. No ano, o indicador acumula alta de 5,57%, acima da taxa de 4,81% relativa a igual período de 2013. Em 12 meses, o índice é de 6,33%, próximo dos 6,34% relativos aos 12 meses anteriores. Em novembro de 2013, o INPC havia sido 0,54%.
O INPC se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos e abrange 10 regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.

 

G1

 

 

Governo libera R$ 22,5 milhões para reparar danos causados por chuvas

 

A Secretaria Nacional de Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, autorizou o repasse de R$ 22,47 milhões para o reparo de prejuízos causados pelas chuvas em dez municípios, de seis estados. A autorização está na edição de hoje (5) do Diário Oficial da União.

Nos municípios beneficiados ocorreram deslizamentos, enxurradas, chuvas intensas e inundações. No Espírito Santo, receberão os repasses os municípios de Ecoporanga (R$ 1,5 milhão), Itaguaçu (R$ 6,6 milhões), Água Branca (R$ 613 mil), Santa Maria do Jetibá (R$ 500 mil) e Vila Pavão (R$ 2,1 milhões).

Natal (RN) receberá R$ 5,7 milhões, em três parcelas, para obras de reparação de danos causados por deslizamentos. Para Ipatinga, no interior de Minas Gerais, o repasse será de R$ 2,4 milhões. O município paranaense de Laranjeiras do Sul receberá R$ 432 mil para reparar prejuízos provocadas por chuvas intensas. No Rio Grande do Sul, a cidade de Vila Lângamo, atingida por enxurradas, receberá R$ 597 mil. Já Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense, terá R$ 1,9 milhão para obras de reparos a danos causados por inundações.

O prazo de execução das obras varia de acordo com o município e vai de 180 dias a 365 dias. Após a conclusão, os gestores têm prazo de 30 dias para apresentar a prestação de contas.

 

Agência Brasil e Jornal do Brasil

 

Ônibus com estudantes cai em ribanceira e deixa feridos em SP

No total, 23 pessoas ficaram feridas e foram levadas a hospitais.
Acidente aconteceu às 10h30 na pista de descida da rodovia Anchieta.

Mariane Rossi e Orion PiresDo G1 Santos

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Ônibus tombou e caiu na entrepista da rodovia Anchieta (Foto: Roberto Strauss/Arquivo Pessoal)Ônibus tombou e caiu na entrepista da rodovia Anchieta (Foto: Roberto Strauss / G1)

Um ônibus com 37 pessoas, entre eles estudantes, caiu em uma ribanceira na descida da serra da rodovia Anchieta, na manhã desta sexta-feira (5), na altura da cidade de Cubatão (SP). Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, pelo menos 23 pessoas ficaram feridas.

Peças do ônibus ficaram espalhadas após acidente (Foto: Roberto Strauss/Arquivo Pessoal)Peças do ônibus ficaram espalhadas após acidente
(Foto: Roberto Strauss/Arquivo Pessoal)

Segundo informações apuradas pelo G1, três ônibus com estudantes do oitavo ano da Escola Estadual Antônio Padilha, de Sorocaba, no interior de São Paulo,  viajavam para uma excursão no litoral de São Paulo. Os estudantes iriam passar o dia em Santos, andar de escuna, visitar o Aquário da cidade e o Museu Pelé.
De acordo com a Ecovias, o acidente aconteceu por volta das 10h30, próximo ao km 47 da rodovia. Testemunhas afirmaram que um dos ônibus perdeu o freio na descida da serra e tombou na entrepista da rodovia, que é uma espécie de acostamento.

No total, 23 pessoas ficaram feridas e foram socorridas por equipes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) e da Polícia Militar. Nove pessoas, sendo, cinco adolescentes e quatro adultos, foram encaminhados para o Pronto Socorro de Santos. Oito pessoas foram levadas para o Pronto Socorro de Cubatão e três para o Hospital Municipal de São Vicente. Além dessas, três crianças estão com ferimentos leves na Santa Casa de Santos.

Apesar do acidente, a Ecovias não registra pontos de lentidão na pista de descida. Apenas um trecho foi interditado para a realização do atendimento. 

Ônibus caiu em área de mata na Serra do Mar (Foto: Roberto Strauss/G1)Ônibus caiu em área de mata na Serra do Mar (Foto: Roberto Strauss/G1)

Vítimas do acidente são atendidas na rodovia Anchieta (Foto: Roberto Strauss/G1)Vítimas do acidente são atendidas na rodovia Anchieta (Foto: Roberto Strauss/G1)

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G1

 

IGP-DI registra inflação de 1,14% em novembro

 

Elza Fiúza/Agência Brasil

Construção civil

Construção civil foi um dos setores responsáveis por alta do IGP-DI em novembro

Vitor Abdala, daAGÊNCIA BRASIL

Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve inflação de 1,14%, em novembro, taxa superior às observadas em outubro deste ano (0,59%) e em novembro de 2013 (0,28%). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-DI acumula taxas de 3,39% no ano e 4,1% em 12 meses.

A alta do indicador entre outubro e novembro foi provocada por aumento dos preços no atacado, varejo e na construção civil. O subíndice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, subiu de 0,73% em outubro para 1,44% em novembro.

O subíndice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, subiu de 0,43% em outubro para 0,65% em novembro. Já a taxa do subíndice de Custo da Construção passou de 0,17% para 0,44% no período.

 

 

Exame

 

Ciclista morre após ser atropelado na Avenida Presidente Kennedy

Homem de 60 anos andava de bicicleta quando foi colhido por motociclista.
Motoqueiro ficou gravemente ferido e foi socorrido pelo Samu.

 

Um ciclista morreu atropelado na noite da quinta-feira (5) na Avenida Presidente Kennedy, Zona Leste de Teresina. A vítima, identificada como Antônio Correia Melo, 60 anos, andava pela avenida nas proximidades do parque Zoobotânico quando foi colhida por uma moto. Outro motociclista que passava pelo local no momento do acidente presenciou a cena e disse que o impacto foi muito forte.

“Eu ia passando aqui e vi aquela moto passando faiscando fogo já no chão”, contou. Segundo ele, após a batida o motociclista caiu e a moto se arrastou por alguns metros na pista. O ciclista morreu ainda no local do atropelamento.

A bicicleta conduzida pelo idoso ficou totalmente destruída e presa à motocicleta. De acordo com testemunhas, o motoqueiro sofreu vários ferimentos e foi socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Policiais militares estiveram no local.

 

 

G1