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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Álvares de Azevedo

Manuel Antônio Álvares de Azevedo foi o maior poeta da tendência “mal do século” no Brasil. Ele integrava a segunda geração de poetas do Romantismo na sua maioria jovens universitários do Rio de Janeiro e São Paulo que levavam uma vida desregrada, dividida entre os estudos acadêmicos, o ócio, os casos amorosos e a leitura de obras literárias europeias.

Eles copiavam o estilo de vida dos escritores românticos europeus Byron e Musset. Essa geração se caracterizava pelo espírito do “maldo século”: onde de pessimismo doentio dos jovens diante do mundo, que se traduzia no apego a certos valores decadentes, como a bebida, o vício e a atração pela noite e pela morte. Álvares nasceu em 1831, sendo um gênio precoce, pois já falava francês, inglês e latim aos 10 anos de idade. Estudou Direito e participou de altas orgias em reuniões com outros grandes escritores românticos, como o seu amigo Bernardo de Guimarães.

Azevedo também escreveu contos e uma peça de teatro Macário. Quando entrou na faculdade de Direito, teve um pressentimento de que não completaria o curso ao ver dois estudantes do quinto ano morrerem à sua frente. A morte foi uma constante em sua obra, já que o irmão faleceu prematuramente, e ele sentia fortes dores no peito. De fato, morreu meses após completar o quarto ano, com prematuros 20 anos de idade, de um tumor na fossa ilíaca descoberto após um acidente de equitação. Dois anos depois, sua obra romântica, dividida entre Ariel (o bem) e Caliban (o mal), passou a ser publicada. Entre suas obras mais importantes destacam-se o livro de contos Noite na Taverna e o livro de poesias Lira dos Vinte Anos.