Pfizer e AstraZeneca fizeram anúncios que provocaram descontentamento em vários países
Depois da farmacêutica Pfizer, chegou a vez da AstraZeneca anunciar atrasos na entrega de vacinas na Europa. As declarações provocam tensão em vários países.
As entregas para países europeus da vacina desenvolvida pela AstraZeneca/Oxford serão menores do que o esperado, devido a uma "queda de desempenho" em uma das fábricas, disse o grupo britânico na sexta. A Comissão Europeia reservou inicialmente até 400 milhões de doses do imunizante. O anúncio despertou, de forma imediata, um "profundo descontentamento" da Comissão Europeia e dos Estados-membros, tuitou a comissária de Saúde europeia, Stella Kyriakides, insistindo em "um calendário de entrega preciso".
"Notícias muito ruins", lamentou o ministro austríaco da Saúde, Rudolf Anschober. "Não estamos dispostos a aceitá-las e vamos lutar" para que as entregas "se recuperem o mais rápido possível", garantiu. Segundo ele, a Áustria deve receber em fevereiro apenas "340 mil doses" da vacina da AstraZeneca, contra os 650 mil inicialmente esperados.
A Lituânia estimou, por sua vez, em 80% a redução das doses da vacina da AstraZeneca que esperava receber no primeiro trimestre de 2021. Questionado na emissora pública irlandesa RTE, o primeiro-ministro Micheal Martin falou sobre o impacto dos atrasos nas entregas. "Isso pode ter impacto no programa de vacinação mais amplo (já visto) e vai atrapalhar nossos planos", afirmou. Ele disse esperar que se chegue a um "compromisso sólido" entre a Comissão Europeia e a AstraZeneca nos próximos dias.
AFP e Correio do Povo
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