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sábado, 20 de fevereiro de 2021

Maioria da bancada gaúcha vota contra prisão do deputado Daniel Silveira

 Votos favoráveis à soltura foram 17, enquanto 12 parlamentares do RS votaram pela detenção; dois não participaram do pleito



A maioria da bancada gaúcha na Câmara dos Deputados votou contra a prisão do deputado Daniel Silveira, em eleição no plenário na noite desta sexta-feira. Entre os parlamentares do Estado, 17 votaram pelo “Não”, enquanto outros 12 definiram pela continuidade da detenção. Dois não votaram. 

Silveira foi detido na terça-feira, após divulgar um vídeo fazendo apologia ao AI-5 e defendendo a destituição de ministros do STF. A prisão do deputado havia sido decretada por Alexandre de Moraes na terça-feira, após a divulgação do vídeo. A detenção foi feita pela Polícia Federal e confirmada na quarta-feira por unanimidade no plenário do Supremo.

Na noite desta sexta, o plenário decidiu com 364 votos a favor e 130 deputados contrários a decisão. Partidos como Novo e PP votaram contra, enquanto a oposição foi unânime por manter a decisão do STF. Veja abaixo como cada um votou:

Não: 17 

Afonso Hamm (PP); 
Alceu Moreira (MDB); 
Bibo Nunes (PSL); 
Daniel Trzeciak (PSDB); 
Danrlei (PSD); 
Jerônimo Goergen (PP); 
Liziane Bayer (PSB); 
Lucas Redecker (PSDB); 
Marcel van Hattem (Novo); 
Marcelo Brum (PSL); 
Marcelo Moraes (PTB); 
Marlon Santos (PDT); 
Maurício Dziedrick (PTB); 
Osmar Terra (MDB); 
Pedro Westphalen (PP); 
Sanderson (PSL);
Santini (PTB). 

Sim: 12

Bohn Gass (PT); 
Carlos Gomes (Republicanos); 
Fernanda Melchionna (PSol); 
Giovani Cherini (PL); 
Giovani Feltes (MDB); 
Heitor Schuch (PSB); 
Henrique Fontana (PT); 
Márcio Biolchi (MDB); 
Marcon (PT); 
Maria do Rosário (PT); 
Paulo Pimenta (PT); 
Pompeo de Mattos (PDT). 

Não votou: 2

Afonso Motta (PDT) 
Nereu Crispim (PSL)


Correio do Povo

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Jornalista chinesa que cobriu a pandemia em Wuhan é condenada a quatro anos de prisão

 Zhang Zhan divulgou reportagens nas redes sociais, a maioria delas sobre a caótica situação nos hospitais, e foi acusada de "provocar distúrbios"


Uma jornalista que cobriu a pandemia de covid-19 em Wuhan, na China, foi condenada nesta segunda-feira (28) a quatro anos de prisão, enquanto o governo local insiste no sucesso de sua gestão para combater a doença que, em um ano, se propagou por todo o planeta.

Zhang Zhan "parecia muito abatida quando a sentença foi anunciada", declarou à AFP um de seus advogados, Ren Quanniu, que expressou "muita preocupação" com o estado psicológico da cliente.

Os jornalistas e diplomatas estrangeiros que compareceram ao tribunal de Xangai em que a ex-advogada de 37 anos foi julgada foram impedidos de entrar na sala de audiências. Alguns simpatizantes de Zhan foram afastados pelas forças de segurança.

Zhang Zhan poderia ser condenada a até cinco anos de prisão. Natural de Xangai, ela viajou em fevereiro a Wuhan, na época o epicentro da epidemia, e divulgou reportagens nas redes sociais, a maioria delas sobre a caótica situação nos hospitais.

Ela foi detida em maio e acusada de "provocar distúrbios", uma terminologia frequentemente utilizada contra os opositores do regime do presidente Xi Jinping. O tribunal a acusou de ter divulgado informações falsas pela internet, informou à AFP outro advogado de defesa, Zhang Keke.

O processo de Zhang aconteceu um pouco antes da chegada de uma missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) a China, em janeiro, para investigar as origens da epidemia. A resposta inicial da China à doença foi muito criticada — Pequim só decretou a quarentena em Wuhan e região em 23 de janeiro, apesar da detecção de casos desde o início de dezembro de 2019.

De acordo com o balanço oficial, a metrópole de 11 milhões de habitantes registrou quase 4 mil mortes por covid-19, ou seja, a maior parte dos 4.634 óbitos contabilizados em toda China entre janeiro e maio.

Há praticamente um ano, em 31 de dezembro de 2019, o primeiro caso foi comunicado à OMS. Porém, ao mesmo tempo, os médicos que mencionaram o surgimento de um misterioso vírus foram interrogados pela polícia e acusados de "propagar boatos".

Um deles, o médico Li Wenliang, morreu vítima da covid-19 no início de fevereiro, o que provocou indignação nas redes sociais.


GZH