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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Covid-19: Pessoas vacinadas ainda podem transmitir o vírus, diz OMS

 




Covid-19: Pessoas vacinadas ainda podem transmitir o vírus, diz OMS
A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, orientou que as pessoas mantenham medidas de proteção mesmo após a vacina.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Especialistas da OMS chegam a Wuhan para estudar origem do coronavírus

 Recentemente, o diretor-geral da OMS revelou estar ''muito desapontado'' com com os obstáculos que Pequim estava colocando para a investigação ocorrer



A China confirmou, nesta quinta-feira, que a equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregada de investigar as origens do novo coronavírus chegou à China viajando diretamente para Wuhan. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, informou, durante uma conferência de imprensa, que a equipe da OMS iniciará a sua jornada em Wuhan, cidade onde os primeiros casos de Covid-19 começaram a ser registrados há pouco mais de um ano.

Zhao, citado pela agência de notícias estatal Xinhua, acrescentou que a equipe - formada por cientistas de várias organizações dos Estados Unidos, Japão, Rússia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Austrália, Vietnam, Alemanha e Catar - "cooperará" com os cientistas locais nas investigações. 

No entanto, Zhao não deu mais detalhes ou esclareceu se os membros da OMS deverão ficar em quarentena ao chegar na China, conforme noticiado na segunda-feira pelo jornal South China Morning Post de Hong Kong. A China exige que qualquer viajante vindo do exterior faça duas semanas de quarentena num hotel. Esta regra deve, portanto, ser aplicada aos investigadores da OMS, mesmo que isso não tenha sido formalmente confirmado.

A chegada da equipe causou polêmica nas últimas semanas depois de o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmar estar "muito desapontado" com os obstáculos que Pequim estava colocando para a missão, embora as autoridades chinesas negassem.

O responsável da OMS sempre elogiou Pequim pela sua colaboração na pandemia ao longo de 2020, algo que lhe rendeu duras críticas no Ocidente, especialmente dos Estados Unidos, que acusava a China de ser a culpada pela propagação global do SARS-CoV-2. O objetivo da missão é encontrar a possível origem animal do SARS-CoV-2 e os seus canais de transmissão para humanos. Embora a teoria inicial seja de que o vírus se espalhou a partir de um mercado de produtos frescos e animais em Wuhan, a imprensa oficial chinesa tem promovido uma narrativa alternativa nos últimos meses que assegura que esse surto pode ser devido a alimentos congelados de outros países.

A China reconheceu que o vírus foi detectado pela primeira vez em Wuhan, mas sublinhou que pode ter tido origem e sido transmitido de animais para humanos em outras partes do país ou do mundo. Marion Koopmans, um dos participantes na missão da OMS, disse à televisão chinesa CGTN que a equipe estaria "aberta a todas as hipóteses". "Não acho que devamos descartar nada, mas é importante começar no local, obviamente em Wuhan, onde ocorreu um grande surto", disse a investigadora.

Os especialistas deveriam chegar na semana passada, mas um problema de última hora com as autorizações para entrar em território chinês atrasou a sua chegada. Embora especialistas da OMS já tenham visitado a China com esse propósito em fevereiro e julho do ano passado - sem muitos detalhes serem revelados - a organização desta missão está atrasada há meses e tem sido cercada de sigilo, tanto por parte do organismo da ONU quanto das autoridades chinesas. (Com agências internacionais).


Agência Estado e Correio do Povo

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Missão da OMS viaja para a China sem autorizações necessárias de Pequim

 Comunicado foi feito pelo diretor-geral da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que disse estar "decepcionado"



A equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregada de investigar a origem da pandemia de Covid-19 na China viajou sem todas as autorizações necessárias, anunciou nesta terça-feira o diretor-geral da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que disse estar "muito decepcionado".

"Hoje nos informaram que as autoridades chinesas não terminaram as autorizações necessárias para a chegada da equipe na China. Estou muito decepcionado com esta notícia, porque dois membros já iniciaram a viagem", declarou o chefe da OMS aos jornalistas.

"Estive em contato com altos funcionários chineses e disse claramente mais uma vez que a missão era uma prioridade para a OMS e a equipe internacional", acrescentou, afirmando que está "impaciente para iniciar a missão o mais rápido possível".

Ao seu lado, o responsável das situações de emergência sanitária da OMS, Michael Ryan, explicou que se trata de uma questão de vistos.

"Esperamos que seja simplesmente um problema logístico e burocrático que poderemos resolver rapidamente", disse. Um dos especialistas teve que voltar e outro está aguardando em um terceiro país, afirmou.

Após mais de um ano da detecção dos primeiros casos de Covid-19 na região chinesa de Wuhan (centro), esses dez proeminentes cientistas escolhidos pela OMS após um longo processo de seleção, precisam viajar para a China para analisar as origens do vírus e saber como foi transmitido aos humanos.

No entanto, essa missão se tornou muito delicada para o governo chinês, que não quer assumir nenhuma responsabilidade sobre a pandemia, que já causou mais de 1,8 milhão de mortes no mundo.


AFP e Correio do Povo


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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Especialistas da OMS alertam que vacina aprovada às pressas pode piorar pandemia

 Cientistas criticam “pressões políticas e econômicas” para autorizar imunizações experimentais o quanto antes



As futuras vacinas contra a covid-19 não protegerão todas as pessoas que as receberão. Ter 100% de eficácia é sempre um sonho, mas é possível que algumas das primeiras vacinas contra o novo coronavírus estejam tão distantes desses 100% que seria melhor até mesmo não ter nada, como adverte agora um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nenhuma das 33 vacinas experimentais que já estão em fase de testes em humanos demonstrou a sua segurança e eficácia por enquanto. “Existe o perigo de que as pressões políticas e econômicas para introduzir rapidamente uma vacina contra a covid-19 possam provocar a introdução generalizada de uma vacina que na verdade seja muito pouco efetiva, por exemplo, que só reduza a incidência em 10% a 20% a incidência da covid-19”, alertam os especialistas, entre eles a médica colombiana Ana María Henao, coordenadora do Plano de Pesquisa e Desenvolvimento de Diagnósticos e Vacinas da OMS. O Governo de Donald Trump prometeu iniciar a administração da vacina nos EUA já em outubro, bem a tempo para a reta final da campanha para a eleição presidencial de 3 de novembro.

Não está claro qual seria o mínimo de eficácia necessário para frear a pandemia. A OMS prefere uma vacina de uma só dose com mais de 70% de eficácia, mas se conformaria com uma vacina de duas doses e 50% de eficácia, segundo os parâmetros estipulados em abril. Uma recente simulação, dirigida pelo pesquisador Bruce Y. Lee, da Universidade da Cidade de Nova York, sugere que, para prevenir novas epidemias sem outras medidas de controle, a vacina teria que oferecer uma eficácia de 60% se for inoculada em todo mundo, de mais de 70% se só três quartos das pessoas forem imunizadas, e de 80% se abranger apenas 60% da população.

“Ainda não sabemos qual será a eficácia [das atuais vacinas experimentais]”, admitiu há três semanas Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA. Em todo caso, mesmo uma utópica vacina com 100% de eficácia não seria muito útil se metade dos cidadãos decidirem não usá-la, segundo a simulação de Lee.

“A utilização de uma vacina pouco efetiva poderia piorar a pandemia de covid-19 se as autoridades assumirem erroneamente que reduz o risco de maneira substancial, ou se as pessoas vacinadas acreditarem equivocadamente que são imunes, reduzindo-se outras medidas de controle da covid-19 ou seu cumprimento”, alertam os especialistas da OMS em um artigo publicado na revista médica The Lancet.

Os pesquisadores advertem também para um fenômeno conhecido como bioarrasto ou biocreep. A eficácia e a segurança das atuais vacinas experimentais são analisadas comparando-se os resultados de dezenas de milhares de voluntários vacinados com um grupo de controle de outras tantas pessoas não vacinadas. Se houver muitos menos doentes de covid-19 entre os vacinados e não se registrar nada de anormal, a vacina será eficaz e segura. Mas se, dada a emergência, for autorizada uma vacina pouco eficaz e esta se transformar no tratamento preventivo padrão, as vacinas experimentais seguintes não teriam que demonstrar que são melhores que um placebo, mas sim que não são piores que a vacina já aprovada. O fenômeno do bioarrasto é a possibilidade de que, por miragens estatísticas, acabem sendo aceitas como equivalentes vacinas que são cada vez menos eficazes.

Para garantir a eficácia das futuras inoculações, a equipe de especialistas da OMS propõe estudar ao mesmo tempo múltiplas vacinas experimentais, comparando-as entre si e com um placebo. Os pesquisadores acreditam que um ensaio de entre três e seis meses seria suficiente para identificar uma vacina capaz de reduzir o risco pela metade. A OMS faz um apelo aos desenvolvedores de vacinas para que se incorporem a esta futura análise múltipla, denominada Solidariedade. Alguns deles —como a Universidade de Oxford, as empresas norte-americanas Moderna, Inovio, Arcturus Therapeutics e Johnson & Johnson, a biotecnológica alemã Curevac e a chinesa CanSino Biologics— assinaram em abril uma declaração em que se comprometiam a cooperar e compartilhar dados. Todos eles já começaram a ensaiar suas diferentes vacinas experimentais em humanos, mas por enquanto separadamente.

“Se começarmos a vacinas as pessoas, será preciso saber que nenhuma vacina é 100% efetiva. Algumas pessoas adoecerão apesar da minha vacina”, reconhecia há alguns dias no EL PAÍS o médico israelense Tal Zaks, diretor-científico do laboratório Moderna, uma empresa biotecnológica norte-americana que está testando uma vacina experimental em 30.000 voluntários nos EUA. Zaks disse que sua maior preocupação é que a epidemia seja controlada temporariamente e, diante da ausência de contágios, seja impossível saber se a vacina funciona ou não. O ensaio internacional Solidariedade da OMS evitaria esse risco de fracasso, ao oferecer “centenas” de lugares para experimentar as vacinas.

“Um ensaio mundial de múltiplas vacinas com um mesmo grupo de controle compartilhado poderia proporcionar resultados mais confiáveis e mais rapidamente [...], acelerando o descobrimento de várias vacinas seguras e efetivas”, assinalam os pesquisadores da OMS. Entre os signatários se encontram Philip Krause, especialista em vacinas da agência de medicamentos dos EUA (a FDA), e o epidemiologista Richard Peto, da Universidade de Oxford, ambos do grupo de especialistas da OMS para o ensaio Solidariedade. “O custo do ensaio será uma fração do custo social da covid-19, e esta colaboração global poderia rebater o niilismo e o nacionalismo no âmbito das vacinas”, acrescentam.

O ministro espanhol da Saúde, Salvador Illa, afirmou que as primeiras doses da futura vacina de Oxford chegarão ao seu país em dezembro “se tudo correr bem” nos testes clínicos atualmente em andamento. Mas o fato de chegarem não significa que serão administradas. A Agência Europeia de Medicamentos calcula que “pelo menos até o começo de 2021” nenhuma vacina estará em condições de ser autorizada.

Os países ricos se apressaram em reservar vacinas experimentais sem esperar que os ensaios clínicos terminem. O objetivo é ganhar tempo numa pandemia que atualmente mata 40.000 pessoas por semana no mundo. A UE tem acordos preliminares para comprar 300 milhões de dose da vacina de Oxford, 300 milhões do produto do laboratório Sanofi-GSK, 225 milhões de doses da Curevac, 200 milhões da Johnson & Johnson e 80 milhões da Moderna. Ainda não há garantias de que qualquer uma delas funcione.


El País