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sábado, 27 de fevereiro de 2021

Prefeito Sebastião Melo publica foto em fila de supermercado e critica restrição

 Com todo o RS em bandeira preta, atividades não essenciais estão proibidas entre 20h e 5h



O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, publicou em seu Instagram uma foto em uma fila de supermercado, na noite desta sexta-feira. Na legenda da imagem, ele questionou: “Faz sentido fechar supermercado 20h?”. Na quinta-feira, ele chegou a solicitar que o governador Eduardo Leite ampliasse o tempo dos supermercados, mas não foi atendido. O horário foi determinado pelo Governo do Estado, que proibiu atividades entre 20h e 5h em razão da situação de colapso no sistema de saúde gaúcho. 

A partir deste sábado, Porto Alegre irá adotar os critérios da bandeira preta, o nível mais crítico do modelo de Distanciamento Controlado do Governo do Estado. Melo disse não concordar com a decisão: “Respeito a decisão do governador, mas não concordo. Nós vamos seguir trabalhando para abrir leitos e salvar vidas. Mas, não podemos descuidar da falta de renda e emprego, que está sufocando Porto Alegre”. 

Na noite desta sexta, Porto Alegre tinha menos de 20 leitos de UTI disponíveis, uma ocupação de 98%. Dos 827 pacientes em terapia intensiva, 433 tinham recebido o diagnóstico de Covid-19. Outros 50 eram considerados casos suspeitos. Conforme os dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), 126 pessoas com o coronavírus aguardavam uma vaga na UTI.  

Ainda segundo a SMS, o coronavírus já infectou 103.568 pessoas na Capital e está relacionado a 2.385 óbitos de moradores da cidade. 



Correio do Povo


Ocupação de leitos de UTI se aproxima de 98% em Porto Alegre

domingo, 3 de janeiro de 2021

Melo reconhece que privatizar pode ser solução para Carris

 Prefeito de Porto Alegre frisou que município não seguirá atual modelo de custeio



A crise do transporte público em Porto Alegre, apesar de não ter sido citada em discurso de posse pelo prefeito Sebastião Melo, tende a ser um dos temas mais espinhosos da gestão. O Executivo pretende fazer uma ampla revisão das contas da Carris e avalia a possibilidade de privatização, conforme o emedebista. A proposta é a mesma do ex-prefeito Nelson Marchezan Jr. à época da posse, em 2017.

O prefeito recém-empossado garante que o custeio da empresa pública de transporte coletivo pelo Executivo não pode mais se repetir. Somente no ano passado foram destinados R$ 66 milhões para manter a Carris. “A chance de isso continuar no nosso governo é zero. A Carris transporta 22% dos passageiros do sistema. Tem algo errado na companhia. Ou ela diminui o déficit ou a Carris poderá ser até privatizada”, sustentou.

Na próxima segunda-feira, uma reunião trata da repactuação do sistema de transporte público com as empresas privadas, Carris e EPTC. “Se o caminho é privatizar o sistema, vamos fazer, mas não pode ser bravata”, frisou. Citou também que existe um enorme passivo trabalhista, além de cerca de 400 trabalhadores afastados por diversas razões. Ainda há custo dos 98 veículos novos que foram comprados pela gestão Marchezan.

Ao ser questionado a respeito de soluções para reduzir o valor da passagem de ônibus, Melo disse que algumas alternativas são a diminuição do tamanho dos coletivos em circulação em horários de menor movimento de passageiros, assim como tarifas mais atrativas fora do pico.

Outro plano do governo consiste na criação de um programa de capacitação para cobradores em convênio com o SEST/SENAI. OK prefeito deixou claro que propostas já enviadas por Marchezan ao Legislativo poderão ser aproveitadas na atual gestão. “Se o projeto é bom, se é do governo anterior, podemos melhorar e mandar (para a Câmara). O que não vamos ter é preconceito, é necessário resolver o problema do transporte”, completou.

Estudo para a Carris

Na última terça-feira, a Secretaria de Parcerias Estratégicas apresentou o resultado parcial de um estudo sobre a Carris, feito por uma consultoria contratada pela Prefeitura de Porto Alegre.

Foram demonstrados cenários para a Carris e também propostas para melhorar e sanar problemas atuais de gestão da empresa. A primeira medida consiste na adequação da frota conforme a demanda. No segundo cenário, a empresa reduziria frota fixa, passando algumas linhas para outras concessionárias. Já o terceiro produto propõe 33 melhorias.

Neste caso, as principais sugestões envolvem a implementação de um Plano de Demissão Voluntária (PDV), a capacitação de motoristas – para reduzir o consumo de combustíveis, 27% maior em relação às consorciadas -, a implantação de meios eletrônicos de pagamento de passagem e terceirização de serviços.

O quarto cenário é deixar a empresa como está, podendo resultando resultar em necessidade de aporte pela Prefeitura de R$ 300 milhões na próxima década. A consultoria também indica a privatização como uma das medidas mais viáveis ao Executivo.


Rádio Guaíba e Correio do Povo