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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Maia reclama de divisão e diz que DEM pode pegar pecha de "partido da boquinha"

 Atual presidente da Câmara citou desgaste para a imagem da sigla



Depois de deputados do DEM posarem para fotos ao lado do candidato à presidência da Câmara Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reclamou da divisão interna do partido e alertou os colegas da legenda que o desgaste da sigla poderia render o apelido de "partido da boquinha" à sigla.

"Eu disse que estava uma divisão interna, gerando desgaste para o partido, e que um amigo tinha mandando uma mensagem de um empresário dizendo estar preocupado com isso, com muitos querendo votar por troca de emenda e cargo, e isso ia acabar gerando uma pecha de partido da boquinha. Apenas relatei isso", disse Maia ao Estadão/Broadcast Político.

O comentário de Maia foi feito em uma reunião na manhã desta terça-feira, 26, na sede da prefeitura do Rio de Janeiro, juntamente com o prefeito Eduardo Paes (DEM) e demais deputados da bancada fluminense. Ele é aliado do candidato Baleia Rossi (MDB-RJ), ao lado de outros partidos do centro e da oposição.

Na segunda, 25, o adversário na disputa, Arthur Lira, esteve em Salvador (BA), onde se encontrou com o presidente do DEM, ACM Neto, acompanhado de deputados do partido, entre eles, Elmar Nascimento (DEM-BA) - um dos primeiros do partido a declarar apoio ao líder do Centrão. Embora Maia tenha dito que ACM Neto iria reafirmar, a Lira, o apoio do DEM ao candidato Baleia Rossi, não houve manifestação pública do dirigente da legenda.

Depois desse desgaste, Maia cobrou mais participação de ACM Neto na campanha pela eleição de Baleia. "Ele nunca esteve fora, mas esse é o momento mesmo em que os presidentes de partido virão para comandar o processo, não só do nosso, mas de todos os partidos do bloco", afirmou.

No também dividido PSDB, outro partido do bloco de Baleia, alguns deputados declararam apoio a Lira, mas o presidente da legenda, Bruno Araújo, tem atuado para reduzir as defecções nas últimas semanas, afirmam fontes.

A eleição da Câmara está marcada para a próxima segunda-feira, dia 1º. Atualmente, Lira tem o apoio de 11 partidos, com 259 deputados, enquanto Baleia conta com 11 partidos e 238 deputados.

Agência Estado e Correio do Povo

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Maia fala em “papelão” de Pazuello com vacinas e em futura CPI

 Presidente da Câmara critica tentativa do ministro de capitalizar com imunização, que não foi priorizada na sua gestão



O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez duras críticas ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e à gestão do governo federal no combate à pandemia da Covid-19. Ele chamou de "papelão" a atuação do ministro em relação à vacinação da população.

"O presidente da República disse várias vezes que não compraria a vacina chinesa, mas na hora da verdade a coragem não é a mesma.  Pelo menos apesar do papelão do ministro Pazuello, agora querendo capturar o tema das vacinas, agora conseguiram comprar e pelo menos 6 milhões de brasileiros estarão imunizados nas próximas semanas". 

Maia criticou a falta de planejamento do governo e cita caso de farmacêutica que tentou vender vacina para o Brasil no ano passado, mas não teve nem o e-mail respondido. Para ele, o problema é que o governo não acreditava na importância da vacinação.

"Não tem planejamento no governo federal. O presidente coloca uma narrativa que o Supremo tirou o poder do governo federal, não foi nada disso. O Supremo deixou claro que a coordenação do SUS é do governo federal. Sei de farmacêutica que mandou e-mail para o governo federal querendo vender vacina por semanas e não foi nem respondido. Não há planejamento e não se acreditava nesse tema, da importância da vacina".

A atuação do governo federal no combate à pandemia deve ser tema de CPI no Congresso, avalia Maia, dizendo ainda que Pazuello foi escolhido para comandar o Ministério da Saúde pela capacidade de logística, mas que até o momento foi um fracasso nessa área.

"O motivo que o levou ao ministério era ser bom de logística se mostrou um fracasso, pelo menos até o momento. Se ele fosse bom teria acompanhado problema em Manaus para não faltar insumos. Mas isso vai acabar em uma grande investigação. É inevitável que a gente tenha uma CPI da Câmara ou do Congresso mais na frente para encontrar os responsáveis que não responderam e-mail de farmacêutica querendo vender vacina para o Brasil, que agora não tem mais essa vacina. Toda a desorganização e falta de capacidade de logística vai ficar claro mais na frente, mas a gestão da saúde me parece que ao que veio, logístico, não parece que tenha atendido os objetivos da sua nomeação".


R7 e Correio do Povo