sábado, 16 de janeiro de 2021
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Brasil é segundo país do mundo mais disposto a se vacinar, diz pesquisa
De acordo com o estudo publicado pela Ipsos Global Advisor, 78% dos brasileiros concordam em se vacinar contra o coronavírus
A China lidera os países onde é mais provável que as pessoas se vacinem (80%), à frente de Brasil (78%) e Reino Unido (77%), que iniciou a vacinação em 8 de dezembro, aponta uma pesquisa publicada, nesta terça-feira, pelo Ipsos Global Advisor, em associação com o Fórum Econômico Mundial.
Estados Unidos, onde também teve início uma enorme campanha de vacinação, é o único país onde as intenções de vacinação estão aumentando (69% hoje, 64% em outubro). Apenas quatro em cada dez franceses querem se vacinar contra a Covid-19, de acordo com o estudo que mostra a França como o "campeão mundial" dos países refratários, à frente da Rússia e da África do Sul.
Na França, onde acaba de começar a campanha de vacinação, 40% das pessoas entrevistadas concordariam em se vacinar contra a Covid-19, de acordo com este estudo. Uma quantidade muito baixa em comparação com um estudo anterior publicado em outubro (54% queriam se vacinar) e inclusive ainda mais em comparação com agosto (59%).
A França não é o único país onde as intenções de vacinação são relativamente baixas. Segundo o estudo do Ipsos Global Advisor, somente 43% dos russos estão prontos para receber a vacina, e 53%, dos sul-africanos. Depois deles, vêm Japão (60%), Itália e Espanha (62%) e Alemanha (65%).
Nos países em que a pesquisa foi aplicada, o principal motivo dos refratários é o medo dos efeitos colaterais (80% na Coreia do Sul, 76% no Japão, 72% na França). A dúvida sobre a eficácia é a segunda razão em muitos países. Em terceiro, está a oposição geral às vacinas, que preocupa aproximadamente um quarto da população entrevistada na Rússia (26%) e África do Sul (23%), mas menos de 10% na Coreia do Sul (7%), Japão (8%) e China (9%). Na França, 14% das pessoas entrevistadas dizem ser contra as vacinas em geral.
O estudo foi realizado em 15 países pela plataforma on-line Ipsos Global Advisor entre 17 e 20 de dezembro com uma amostra de 13.542 adultos (incluindo cerca de mil franceses de 18 a 74 anos).
AFP e Correio do Povo
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
Bolívia cria imposto para os 152 mais ricos
Luis Arce promulgou a Lei 1357, aprovada nos últimos dias pelo Contresso, nesta segunda-feira
O presidente da Bolívia, Luis Arce, esquerdista, promulgou nesta segunda-feira um imposto sobre as fortunas superiores a 30 milhões de bolivianos, ou 4,3 milhões de dólares, que irá atingir 152 pessoas.
Arce, no poder desde novembro, anunciou no Twitter que, "para a redistribuição da riqueza na Bolívia, promulgamos a Lei 1357 de Imposto sobre as Grandes Fortunas, que será aplicado àqueles que possuem um patrimônio superior a 30 milhões de bolivianos", assinalando que "o benefício chegará a milhares de famílias bolivianas".
Para la redistribución de la riqueza en #Bolivia promulgamos la Ley 1357 de Impuesto a las Grandes Fortunas, que se aplicará a quienes poseen un patrimonio superior a Bs30 millones. El impuesto alcanzará a apenas 152 personas. El beneficio llegará a miles de familias bolivianas.
— Luis Arce Catacora (Lucho Arce) (@LuchoXBolivia) December 28, 2020
O presidente assinou a norma, aprovada nos últimos dias pelo Congresso, controlado pelo governante Movimento ao Socialismo (MAS) por ampla maioria. A lei estabelece porcentagens graduais para o pagamento da alíquota: 1,4% para pessoas com riqueza de 30 milhões a 40 milhões de bolivianos; 1,9%, de 40 milhões a 50 milhões; e 2,4% para fortunas maiores.
O imposto será anual e permanente para todos que viverem na Bolívia, incluindo estrangeiros. A medida se aplica a pessoas naturais residentes no país que tiveram uma permanência na Bolívia por mais de 183 dias nos últimos 12 meses.
O ministro da Economia, Marcelo Montenegro, explicou que "as taxas efetivas estão dentro da média dos parâmetros de outras economias da região que aplicam um imposto semelhante, e a confidencialidade sobre as pessoas afetadas é mantida".
A autoridade da área econômica estimou previamente que seriam arrecadados cerca de 100 milhões de bolivianos com a nova norma. Partidos opositores e empresários fizeram observações sobre o imposto, que consideram um desestímulo aos investimentos.
AFP e Correio do Povo