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domingo, 7 de março de 2021

Leite esclarece que bebidas alcoólicas podem ser comercializadas nos supermercados

 Novo decreto estadual permite apenas venda de itens essenciais nos estabelecimentos do Rio Grande do Sul


O governador Eduardo Leite esclareceu, na manhã deste sábado, que bebidas alcoólicas e não alcoólicas se encaixam dentro do item alimentação nos supermercados, portanto, podem ser comercializadas no Rio Grande do Sul. " Não caia em fake news e não espalhe a desinformação", tuitou. 




As dúvidas de que bebidas alcoólicas poderiam ou não serem vendidas nos estabelecimentos surgiram após o anúnicio do governador, nessa sexta-feira, sobre a suspensão de vendas de itens não essenciais nos supermercados a partir desta segunda-feira. A medida visa evitar aglomerações para frear o avanço da propagação do coronavírus no Estado.

O que é ou não essencial

Os estabelecimentos só poderão comercializar produtos relacionados à alimentação, à saúde e à higiene da população. Mateiral escolar e de ferragem são considerados essenciais, segundo o governo estadual.

Os demais itens não essenciais, como por exemplo, eletrodomésticos, roupas, produtos de decoração e bazar, não poderão ser comercialziados. Logo não podem ficar expostos, podendo ser cobertos ou retirados das prateleiras. 

Segundo o governo do RS, o decreto define que, a partir de segunda-feira, 8 de março, os estabelecimentos que estão autorizados a abrir e que realizem mais de um tipo de atividade deverão observar as limitações, horários, modalidades e protocolos para cada tipo de atividade. Ou seja, os estabelecimentos ficam proibidos de prestar um serviço ou comercializar produtos não essenciais nos horários de funcionamento reservados às atividades essenciais. 


Segundo o governo estadual, o comércio de itens não essenciais está permitido pela modalidade de telentrega, mesmo na bandeira preta.

Correio do Povo

sábado, 6 de março de 2021

Leite suspende vendas de itens não essenciais em supermercados no RS

 Governador também estendeu até 31 de março a restrição geral das atividades das 20h até 5h no Estado



O avanço da pandemia da Covid-19 e a alta taxa de ocupação nos leitos do Estado motivaram o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a anunciar, nesta sexta-feira, a suspensão da venda de itens não essenciais em supermercados. A medida, que visa evitar aglomerações nos estabelecimentos, passa a valer a partir desta segunda-feira e os locais que não cumprirem sofrerão sanções. 

Com isso, os estabelecimentos só poderão comercializar produtos de alimentação, higiene e limpeza. Os demais itens, somente por tele-entrega, como já ocorre para serviços não essenciais.

"Não é apenas uma questão concorrencial, é também uma forma de buscar reduzir as aglomerações nos supermercados. Eles estão abertos pela essencialidade dos produtos que vendem e por isso eles precisam seguir abertos, mas os itens não essenciais não devem ser vendidos", explicou Leite. 

Restrições das 20h até 5h mantidas até dia 31 de março

Após ressaltar a alta de internações pela Covid-19, o chefe do Executivo também anunciou a manutenção da suspensão da cogestão até o dia 22 e estendeu o período de restrição geral das atividades - das 20h até 5h - até o dia 31 de março. De acordo com Leite, baseado nos exemplos de outros países, três semanas com restrições é o período para que os efeitos sejam observados nas internações e nos hospitais. 

Ainda sobre a cogestão, Leite projetou o retorno do modelo no dia 22 de março, mas com protocolos de bandeira vermelha mais rigorosos. A ideia do governador ao fazer projeções é que se tenha uma perspectiva de saída e assim, os protocolos sejam cumpridos. 

Nas regras atuais de bandeira preta, o governador comunicou algumas alterações. Entre elas, estão o fechamento de áreas comuns de condomínios. A determinação abrange academias, piscinas e outros locais. Banhos de mar, rio e lagoa também ficam proibidos no risco altíssimo para Covid-19.  

Correio do Povo


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segunda-feira, 1 de março de 2021

Leite: "Se situação continuar se agravando pode ser inevitável adotar algo próximo do lockdown"

 Governador decretou a implementação dos protocolos da bandeira preta do Modelo de Distanciamento Controlado



No momento mais crítico da pandemia no Rio Grande do Sul até agora, o governador Eduardo Leite fala sobre as estratégias adotadas após quase um ano de enfrentamento à Covid-19 e do risco de colapso na Saúde. Revela quais os indicadores que mais chamam atenção na fase atual e informa quais as alternativas estudadas pelo Palácio Piratini para garantir ampla cobertura vacinal à população gaúcha. O governador decretou a implementação dos protocolos da bandeira preta do Modelo de Distanciamento Controlado em todas as regiões do Rio Grande do Sul e, apesar da pressão de diversos prefeitos, ele ainda suspendeu o modelo de cogestão que vinha sendo adotado.

Por que esse está sendo considerado o momento mais crítico da pandemia no Rio Grande do Sul?

Todo momento é o mais crítico até que venha um que supere a criticidade do anterior. Vivemos momentos críticos no passado, mas sempre com fôlego e estrutura hospitalar para atender todos que precisavam. Foi assim no início do inverno, quando estávamos em plano processo de expansão dos leitos hospitalares, e também foi assim entre o final de novembro e início de dezembro, tínhamos uma estrutura, mas havia receio com relação às festas de fim de ano e por isso fomos mais restritivos naquele momento. E as restrições também acabam acontecendo sempre porque está crescendo o contágio e a demanda por leitos, não sabemos quanto vai aumentar e por quanto tempo vai continuar crescendo, estamos lidando com algo desconhecido e nunca sabemos como vai ser o comportamento do vírus. Agora é o momento em que verificamos que mais rapidamente está crescendo a ocupação dos leitos hospitalares, o que indica uma taxa de contágio mais acelerada do que nunca, os nossos leitos clínicos e de UTIs tiveram um salto de ocupação em 15 dias. No final da primeira semana de fevereiro, eram mais de 20% e agora já são mais de 54% de leitos clínicos ocupados. Nos leitos de UTI, a ocupação era de 75%, em média, e agora são mais de 94%, e isso aconteceu em 15 dias. Não tem como acompanhar na estruturação do sistema de saúde essa velocidade e, além disso, está se verificando um aumento da letalidade dos que são internados em leitos de UTI. As pessoas acham que leito de UTI é a cura, leito de UTI salva 40% dos pacientes que chegarem, 60% vai morrer. Ficar nessa ilusão de que abrir leito de UTI e “vida que segue” é uma total ilusão. A gente expande porque dá alguma chance de sobrevida, 40% não é pouco, mas está distante de ser o que as pessoas parecem acreditar.

O senhor disse que todos devem fazer a sua parte, mas pelas festas que aconteceram no Carnaval ou outras aglomerações que se têm visto, parece que muitas pessoas não vão fazer sua parte, inclusive foi o que levou todo o Estado à bandeira preta. O senhor cogita tomar medidas ainda mais duras, como lockdown, por exemplo?

Nós torcemos para que isso não seja necessário. Se houver adesão da população às restrições já estabelecidas, é possível que a gente possa pensar em restrições menores logo ali na frente, mas nada pode ser descartado neste momento. O lockdown aqui é menos possível. Visualizo menor chance de se fazer pelo nosso ordenamento jurídico, há uma dificuldade de se implementar uma medida que significasse o bloqueio da circulação das pessoas Isso ainda encontra obstáculo na própria consciência coletiva. O lockdown deve encontrar a compreensão das pessoas de que o momento é crítico. Se a situação continuar se agravando pode ser inevitável que adotemos algo próximo dele. É por isso que precisamos do apoio de toda a sociedade. Não se trata de buscar quem é o culpado (pela piora do contexto da pandemia), não é o restaurante, a academia. Entendo cada um dos representantes desses setores, que olham para si e para suas vidas e sofrem com isso se angustiam com isso, entendo e não se trata mesmo de buscar culpados. Trata-se (a restrição) de buscar impactar na vida das pessoas para que elas percebam que as coisas não estão no seu normal e que precisamos, portanto, mudar hábitos, mudar a cultura coletiva aqui para reduzir ao máximo a circulação. Vamos permanecer estudando e buscando identificar medidas que impactem nesse sentido, que é de certa forma alterar a rotina das pessoas para que elas possam ficar em casa o máximo possível e entendam, pela sua rotina alterada, que as coisas não estão em um nível normal.

Quais têm sido os principais desafios na implementação do Modelo do Distanciamento Controlado? Como estão sendo os trabalhos para as definições das bandeiras por região e os ajustes nos protocolos?

O Modelo do Distanciamento Controlado se propõe a dar maior objetividade na definição do nível de risco de contágio do novo coronavírus, para não ficar apenas na percepção de cada um, o que seria altamente subjetivo. A proposta é retirar essa subjetividade e dar objetividade. São 11 indicadores que a gente acompanha para entender o nível de risco e fica claro de que forma calculamos esse nível de risco para que seja transparente, compreensível e assim não tendo subjetividade na definição das restrições, retirar carga e pressão política. Assim, é possível entender por que se “mandou fechar” determinado setor. Isso também vem subsidiar a decisão do governador, porque (o Modelo do Distanciamento Controlado) orienta qual o nível de risco e assim a gente pode dar protocolos proporcionais em cada uma das regiões. Esse é o papel do Modelo e, com o passar do tempo, vamos identificando se o peso de um indicador ou outro está sendo subestimado ou superestimado. Isso ajuda a dar regras mais uniformes para o Estado, que definem o risco, ou seja, estamos avaliando o risco das regiões pela mesma ótica. Analisamos toda semana os números relacionados às síndromes respiratórias, hospitalizações, número de óbitos, expectativa para o futuro de óbitos. Para que, a partir disso, a gente possa ter algo objetivo que nos permita resistir às pressões. O que vai fechar, o que vai abrir, o modelo analisa matematicamente. Não significa que o governador goste de um ou outro, seja amigo de um ou de outro, o Modelo se propõe a fazer essa análise, de tudo que é objetivo em uma pauta tão polêmica. Acho que ajuda bastante para que a gente possa conduzir esse processo da melhor forma possível.

Em caso de colapso do sistema de saúde, com falta de vaga nas UTIs, que já vem sendo verificada, e até mesmo em leitos clínicos, quais são as alternativas?

Há uma zona cinzenta sobre esse colapso do sistema de saúde, porque ele começa dentro do hospital, onde tem um paciente que se agrava e não tem um leito de UTI naquele mesmo espaço, então tem que procurar outro hospital para ele. A partir daí, vai para a Central de Regulação, entra em lista de espera até achar outro hospital e aí começa a ficar difícil achar atendimento. Tem leito? Tem, mas a pessoa vai em um hospital que não tem disponibilidade porque estão todos ocupados, começa a ficar difícil encontrar a disponibilidade do leito, começa a ser uma batalha achar estrutura que socorra aquele paciente, que está agravando. Já estamos em situação que se encaminha para o colapso do sistema de saúde, como acontece em Santa Catarina, no Paraná e também parece estar começando a acontecer em estados como Ceará, São Paulo e Bahia, por exemplo. Os governadores (de Santa Catarina e do Paraná) já estão apresentando medidas muito semelhantes às nossas no sentido de estabelecer restrições. Temos um plano de contingência hospitalar, de emergência, que prevê níveis de acionamento do nosso sistema e que começa pela suspensão de cirurgias eletivas e vão alterando a lógica do funcionamento da estrutura hospitalar do Estado para que tenha capacidade de absorver a demanda da Covid-19. É importante dizer que isso acontece em prejuízo de outras demandas de saúde, não são cirurgias supérfluas que não precisam ser feitas, são aquelas em que não há risco de vida no paciente. Então, isso vai ficar represado e também o diagnóstico de outras doenças vai ficar represado e começa a gerar outros problemas de saúde para outras complicações. Imagina se seu pai ou sua mãe infarta e vai buscar leito em uma estrutura de saúde totalmente comprometida com atendimento da Covid-19. É muito ruim para todos, qualquer doença, qualquer enfermidade. Seguimos na lógica de expansão, buscando caminhos possíveis para continuar ampliando dentro das nossas possibilidades, mas temos uma estrutura limitada e que chegará ao seu limite. Portanto é fundamental ter ajuda da população para reduzir a circulação do vírus e o contágio.

Como o senhor avalia a agilidade do processo de vacinação? Com qual estimativa o governo trabalha para que tenhamos ampla cobertura vacinal no Estado?

Houve grande confusão gerada pela vacina no debate político e ideológico que se travou ao redor dela. O presidente infelizmente colocou em xeque a credibilidade da vacina, disse que não ia se vacinar, disse que quem se vacinasse poderia virar jacaré, toda uma crítica sobre a vacina que não colabora em nada, ainda mais nesse momento em que precisamos que a população busque a vacina. As manifestações geram especulações de que o cronograma foi atrasado pelos ataques do presidente sobre a vacina. A compra dessas vacinas está acontecendo, mas está muito lenta, então estamos estabelecendo contatos no sentido de o próprio Estado adquirir as vacinas. Estamos em contato direto com os laboratórios e também com o Fórum dos Governadores, buscando caminhos que se apresentem possíveis para adquirir as vacinas. Já temos negociações que acontecem ainda sob sigilo e não são fáceis, pois os laboratórios priorizam a venda ao Ministério da Saúde. Então estamos nessas pendências, buscando caminhos e alternativas.

Correio do Povo

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Leite assina acordo para estudo da viabilidade do hyperloop no RS

 Trem de alta velocidade teria a capacidade de fazer a rota entre a Capital e a Serra em menos de 15 minutos



O governo do Rio Grande do Sul anunciou, nesta terça-feira, a assinatura de acordo para um estudo inicial de viabilidade de utilização do sistema hyperloop no Estado. O transporte de altíssima velocidade que pode atingir 1.200 km/h faria a rota Porto Alegre-Serra Gaúcha em 12 minutos. A iniciativa, por meio do programa Techfuturo, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), é uma parceria com a empresa global de transportes HyperloopTT e apoio da Ufrgs.

O hyperloop é uma cápsula com capacidade para transportar pessoas e cargas dentro de um tubo que se movimenta de forma muito rápida, um pouco abaixo da velocidade do som, como explica o presidente da empresa, Dirk Alhborn, via videoconferência: “Não há a resistência do ar. A sensação é de estar dentro de uma aeronave por haver um sistema de baixa pressão. Resolve um dos maiores problemas do transporte hoje. Não há ferrovias ou metrôs lucrativos hoje em dia. Com baixo custo operacional, poderia funcionar de forma privada, sem subsídios do governo”. O empreendedor ressaltou, ainda, que o sistema é totalmente ecológico, à base de energia solar.

Para efeitos de comparação, presidente da HyperloopTT lembrou que uma viagem de carro à Serra dura atualmente 1h40min, em média, e de ônibus, três horas. “Há já um estudo no EUA, com a rota Chicago-Cleveland-Pittburgh, nos EUA, e um sistema em implantação em Toulouse, na França. O Brasil tem muito potencial e o RS poderá estar numa segunda onda com outros locais do mundo”, projetou Alhborn. O pró-Reitor de Inovação e Relações Institucionais da Ufrgs, Geraldo Jotz, saudou a parceria: “A inovação, se não mudar a vida da sociedade, em nada inovamos. É para isso que existimos. O transbordamento da ciência deve estar em favor das pessoas”, pontuou.

O governador Eduardo Leite, ao lado do secretário da Sict, Luís Lamb, salientou que sua gestão estimula o ambiente de inovação. “Aqui, somos demandados pelo passado do Estado, à luz dos feitos e defeitos. Mas para que possamos nos mover no presente em direção ao futuro, temos que agir”, declarou, citando que o RS tem “os melhores parques tecnológicos do país, profissionais premiados e empresas pujantes”. Segundo ele, iniciativas como o Inova RS e o Techfuturo, já estão “rendendo frutos”. “Já investimos em mais de R$ 5 milhões no ano passado em investimentos em pesquisa, uma sinergia entre poder público, universidades e iniciativa privada”.

Leite ressaltou que o RS tem uma sociedade e governo “que prezam pela ciência”. “Alguns podem pensar que este projeto não é possível de se realizar, que é futurista. Há alguns anos, já houve pessoas que não imaginariam que poderíamos ter vacinas”, lembrou. “A partir de estudos, podemos sonhar.” O governador concluiu que, apesar das dificuldades financeiras, o Estado nunca deixou de “ser rico em ideia e capacidades e empreendedor”. 


Correio do Povo


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