A falácia do espantalho (também conhecida como falácia do homem de palha) é um argumento em que a pessoa ignora a posição do adversário no debate e a substitui por uma versão distorcida, que representa de forma errada, esta posição.[1][2] A falácia se produz por distorção proposital, com o objetivo de tornar o argumento mais facilmente refutável, ou por distorção acidental, quando o debatedor que a produz não entendeu o argumento que pretende refutar.[2]
Nessa falácia, a refutação é feita contra um argumento criado por quem está atacando o argumento original; não é uma refutação do próprio argumento original.[2] Para alguém que não esteja familiarizado com o argumento original, a refutação pode parecer válida, como refutação daquele argumento.[2]
Formato
Uma das formas desta falácia é a seguinte:[1]
Pessoa A defende o argumento X
Pessoa B ataca o argumento Y como se ele fosse o argumento X, quando na verdade ele é uma versão distorcida de X
Exemplo
A falácia do espantalho muitas vezes acontece em debates sobre questões públicas, como esse (hipotético) debate sobre legalização e proibição:
A: Nós deveríamos ter leis menos rígidas em relação a legislação da cerveja;
B: Não, toda a sociedade com acesso irrestrito a bebidas alcoólicas acaba perdendo qualquer senso ético e termina em ruína.
A proposta original era ser menos rígido com a legislação da cerveja. A pessoa B interpreta erroneamente, de boa-fé ou não, respondendo que se isso acontecesse "(nós deveríamos ter...) acesso irrestrito a bebidas alcoólicas". É uma falácia lógica pois a pessoa A jamais defendeu o acesso irrestrito a bebidas alcoólicas.
Referências
Ver também
Algumas falácias relacionadas:
Ligações externas
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