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domingo, 14 de março de 2021

Auxílio emergencial pode ficar para abril, diz Guedes

 Segundo ministro da Economia, benefício vai variar de R$ 150 a R$ 375



Embora o governo esteja trabalhando para retomar o pagamento do auxílio emergencial ainda em março, a primeira parcela da nova rodada deverá ficar para abril, disse na sexta-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em entrevista a um portal de internet, ele declarou que o benefício vai variar de R$ 150 a R$ 375.

De acordo com Guedes, o Ministério da Cidadania está definindo a formatação do programa para decidir em que casos o beneficiário receberá o menor e o maior valor. O ministro disse que a renovação do auxílio emergencial só não saiu antes porque a política tem um tempo próprio para autorizar os gastos extras.

“Não há disputa. Ninguém está fazendo política subindo em cadáver”, rebateu. Para Guedes, as contrapartidas fiscais exigidas na proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial foram necessárias porque o governo não tinha condições de continuar a pagar um benefício de R$ 600.

“Um auxílio de R$ 600 não seria sustentável e ia virar inflação, o que prejudicaria os mais pobres. Com R$ 600 por mais dois anos, a inflação vai a 5%, 6%, 7%”, argumentou o ministro.

Desidratação

Em relação à aprovação da PEC, Guedes admitiu que o texto não ficou 100% do que a equipe econômica desejava. Para ele, a retirada de pontos propostos pelo governo é natural e faz parte da independência dos Poderes. “Uma certa desidratação é natural do processo político”, declarou.

Mesmo com o resultado, o ministro ressaltou que a PEC passa uma mensagem importante de responsabilidade fiscal, ao instituir um “protocolo fiscal com gastos” ao determinar contrapartidas para a nova rodada do auxílio emergencial. “Se o mercado perceber que você está sendo inconsequente, na mesma hora inflação e juros sobem e o Brasil vai para estagflação de novo”, advertiu o ministro.

Seguro-emprego

O ministro voltou a confirmar que pretende reinstituir o programa de suspensão de contratos e de redução de jornada de trabalho para preservar empregos e deu mais detalhes sobre a criação do “seguro-emprego”. Segundo Guedes, esse novo seguro representa a antecipação do seguro-desemprego e ajudará a financiar parte do Benefício Emergencial (BEm), compensação paga aos trabalhadores com contrato suspenso ou jornada diminuída.

“Vamos pagar R$ 500 para ele [o trabalhador] ficar protegido por 11 meses. A cobertura é maior e é mais barata pra nós”, acrescentou o ministro. Pela ideia, o governo pretende dividir o custo do BEm com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), por meio da antecipação do seguro-desemprego.

Inflação

Sobre a alta da inflação, Guedes disse que o aumento de preços é temporário, relacionado à subida do dólar e do preço internacional das commodities (bens primários com cotação internacional). Ele também atribuiu parte da inflação ao aumento de demanda por alimentos e material de construção relacionada ao auxílio emergencial.

Segundo o ministro, a aprovação da autonomia do Banco Central e das reformas fornecerão o sinal de que a inflação não é permanente. Para ele, os novos presidentes da Câmara e do Senado podem destravar a pauta de votação e trabalhar pela aprovação de projetos que atraiam investimentos, como a construção de ferrovias, a navegação de cabotagem, as concessões e as privatizações da Eletrobras e dos Correios.

“O Brasil vai ser a maior fronteira de investimentos em 2021. Ninguém vai oferecer tanta oportunidade de investimento”, declarou.


Agência Brasil e Correio do Povo


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sábado, 13 de março de 2021

Autorização para pagar auxílio emergencial deve sair segunda-feira, diz Guedes

 Ministro da Economia afirmou que nova rodada do benefício será paga apenas no início de abril, mas referente ao mês de março



O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a primeira parcela da nova rodada do auxílio emergencial provavelmente será paga apenas no início de abril, mas será referente ao mês de março. "Possivelmente, seremos autorizados a pagar o auxílio emergencial na segunda-feira. Promulgando a PEC na segunda-feira, na mesma hora o benefício passa à fase de execução. Queremos pagar ainda em março, possivelmente saia no início de abril, mas é relativo a março", afirmou.

Em evento virtual do site Jota, ele repetiu que a média do benefício será R$ 250. "Demos R$ 600 em um momento em que o Brasil teve colapso total, mas não pode continuar, não é sustentável. Vai virar inflação e justamente penalizar os mais frágeis", afirmou.

Guedes disse que virá à frente o Renda Brasil. "Vamos realmente fazer um programa de renda básica." Ele repetiu que o governo renovará programas de crédito, como o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), e o BEM (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego) e que este será aperfeiçoado sob a forma de "seguro-emprego".

"Ao invés de pagar R$ 1.000 por quatro meses de seguro-desemprego, vamos pagar R$ 500 para o empregado ser protegido por 11 meses", completou.


Agência Estado e Correio do Povo


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sexta-feira, 12 de março de 2021

Câmara aprova 2º turno da PEC que recria auxílio emergencial

 Emenda à Constituição abre espaço para o benefício, que ficará fora do teto


A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira, em segundo turno o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que trará de volta o auxílio emergencial aos brasileiros que ficaram sem verbas com a pandemia de Covid-19 e congela gastos públicos.

A proposta foi aprovada em segundo turno por 366 votos a favor, 127 contra e 3 abstenções. Os parlamentares votam, neste momento, os destaques. Caso não haja mudanças, o texto segue para promulgação do Congresso Nacional. Pelo texto, R$ 44 bilhões podem ser usados em 2021 para o pagamento do auxílio e esse recurso não ficará submetido ao teto de gastos. 

O texto também traz medidas de ajuste fiscal, como os "gatilhos" acionados sempre que a despesa obrigatória primária (não inclui os gastos com juros e amortização da dívida) ultrapassar 95% da despesa primária total da União. Para viabilizar a aprovação, as medidas de contenção da dívida pública que estavam no texto foram desidratadas. 

Será votado, nesta sessão, um acordo entre o governo e a maior parte dos partidos da base aliada que incluiu um destaque para retirar do texto a proibição de promoção ou progressão de carreira de qualquer servidor ou empregador público, um dos pontos da PEC criticados pela bancada de militares e policiais. Esse destaque vai contemplar ainda os servidores da União, inclusive no caso de se decretar estado de calamidade pública de âmbito nacional.

O acordo surgiu depois da perspectiva do governo de que seria aprovado destaque do PT retirando todas as restrições colocadas pela PEC a estados e municípios quanto às despesas com pessoal.

Para o relator, deputado Daniel Freitas (PSL-SC), o acordo foi importante para preservar outros pontos da PEC. “O governo entende que vai abrir mão mesmo prejudicando de forma substancial algumas questões desta PEC para permitir as progressões e as promoções para todas as categorias”, explicou.




Primeiro turno

aprovação em primeiro turno foi concluída na madrugada desta quinta-feira. A intenção do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) era concluir todo o processo durante a madrugada, mas não foi possível por falta de consenso.

A PEC Emergencial permite que as despesas com o auxílio não fiquem sujeitas as regras fiscais. A previsão é de que cerca de 40 milhões de brasileiros devem ser contemplados com quatro parcelas até junho. O valor não consta na matéria, mas deve ficar entre R$ 250 a R$ 300.

O texto prevê, como contrapartida, a criação de regras para o controle das contas públicas. Os gatilhos vão desde a criação de despesas obrigatórios a barreiras de concursos públicos e reajuste salarial de servidores.

R7 e Correio do Povo


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segunda-feira, 8 de março de 2021

Com auxílio emergencial, consumo de alimentos por mais pobres cresce 8% em 2020

 


Em 2020, já o volume de itens consumidos dentro dos domicílios de todas as faixas de renda cresceu 4% em relação a 2019 

No ano de pandemia, os brasileiros no geral aumentaram o consumo de alimentos dentro de casa, mas os mais pobres conseguiram colocar uma quantidade maior de comida no prato. Em 2020, o volume de itens consumidos dentro dos domicílios de todas as faixas de renda cresceu 4% em relação a 2019. No entanto, entre as camadas de menor renda, as classes D e E, o avanço foi o dobro, de 8%, mostra pesquisa exclusiva da consultoria Kantar.  

O aumento do consumo de alimentos pelos mais pobres foi embalado pelo auxílio emergencial, que injetou cerca de R$ 300 bilhões na economia em 2020. Cerca de 70% das classes D e E, com renda familiar de até R$ 2,6 mil, segundo o IBGE, receberam o benefício. Isso provocou um salto na receita dessa faixa da população, que gasta quase 25% do que ganha com comida.

Com mais dinheiro no bolso, os mais pobres incluíram itens que não faziam parte do cardápio. Presunto e apresuntados passaram a ser consumidos por 8,5 milhões de famílias das classes D e E no ano passado; 6,2 milhões de domicílios experimentaram empanados, do tipo nuggets, de frango, carne bovina e vegetais; 4,5 milhões foram às compras de hambúrguer, linguiça, maionese; 5,1 milhões passaram a usar manteiga e requeijão; e 7,1 milhões, azeite, mesmo do tipo misto, por causa da disparada de preço do óleo de soja.

O acesso a novas categorias de produtos por conta do auxílio emergencial lembra o movimento que ocorreu no início do Plano Real, em meados dos anos 1990. Na época, a queda abrupta da inflação permitiu a compra de frango e iogurte pelos mais pobres Agora, porém, esse movimento de consumo é tido como transitório E um primeiro sinal disso já começou a aparecer nos supermercados paulistas, que tiveram queda real de vendas este ano (mais informações nesta página).

"O brasileiro comeu melhor no ano passado, porque o auxílio emergencial criou um mundo fantasioso, um poder de compra temporário", afirmou David Fiss, diretor de serviços ao cliente da Kantar e responsável pela pesquisa. Semanalmente, a consultoria audita 11,3 mil domicílios para radiografar o consumo a partir do tíquete de compra.

Preço da carne 

A conta da inflação dos alimentos é mais alta para os brasileiros de menor renda. Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, a inflação do chamado prato feito dos mais pobres preparado em casa - e que leva arroz, feijão, batata, tomate, carne de segunda e óleo de soja - subiu quase 40%.

No mesmo período, entre fevereiro 2020 e fevereiro deste ano, o prato feito dos mais ricos, onde a única diferença é a substituição da carne de segunda pela de primeira (o filé mignon), teve alta de 31,6%. O diferencial foi a inflação da carne. O corte de segunda subiu 35% no período e o de primeira, 26,9%.O índice é elaborado pela consultoria GFK, que audita as vendas no varejo.

"O pobre, que tem menos renda disponível para comprar comida, é o que mais sofre com os efeitos do aumento das commodities no mercado internacional", afirma o diretor da consultoria e responsável pelo indicador, Fernando Baialuna. Ele diz que ficou surpreso com a grande diferença de custo, praticamente, da mesma refeição e destaca que arrancada maior na inflação do prato feito ocorreu no ano passado.

Baialuna ressalta, no entanto, que a enorme diferença entre o custo da alimentação das camadas de menor e maior renda é nítida quando se avalia um período mais longo. Entre janeiro de 2019, quando o indicador começou a ser apurado e fevereiro deste ano, o custo do prato feito dos mais pobres subiu 70% e o dos mais ricos, 48%.

O preço da carne bovina, que disparou por causa da forte demanda externa e da alta do dólar nos últimos meses, chegou no prato da diarista Roseli de Andrade Pereira, de 58 anos. "Carne agora é, no máximo, duas vezes na semana e de segunda." Também está optando pela linguiça e os ovos, no lugar da carne, para reduzir gastos.

Roseli viu sua renda despencar por conta da pandemia e teve de recorrer ao auxílio emergencial para se manter. Até dezembro, quando ainda recebia o benefício, conseguia fazer uma compra regular no supermercado. Mas, nos dois primeiros meses deste ano, sem o auxílio e sem retomar a totalidade das faxinas que fazia, só está repondo o que falta na dispensa. "A gente nem faz mais mercado como antes", reclama.

A economista Maria Andréia Parente Lameiras, técnica de planejamento e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), diz que a situação da população mais pobre piorou muito nos dois primeiros meses deste ano. "Eles estão se deparando com o aumento da inflação e sem o auxílio emergencial "

No ano passado, quando a inflação de alimentos consumidos no domicílio acumulou alta de 18%, segundo o índice oficial de inflação, o IPCA, havia uma renda extra, o auxílio emergencial, que suportava esse aumento de preços.

Na inflação oficial de janeiro, o último dado disponível, que foi de 0,25%, a alimentação respondeu por quase a totalidade do aumento, isto é, 0,22 ponto porcentual. Maria Andréia diz que a expectativa é de que a inflação dos alimentos comece a perder alguma força a partir do final do primeiro trimestre. Ainda que a situação da pandemia continue crítica no Brasil, em outros países a tendência é de volta à normalidade por causa do avanço da vacinação. "Isso deve gerar uma pressão menor de preços de alimentos no mercado internacional, o que deve trazer um alívio para inflação no Brasil."

De toda forma, o fator mais sensível para a inflação de alimentos é o câmbio, lembra. A cotação do dólar pode se estabilizar e até cair no momento em que a vacinação for acelerada no País, as reformas começarem a tramitar com mais velocidade e a confiança se recuperar.

No entanto, mesmo que a inflação de alimentos tenha menor força, Baialuna pondera que o cenário do consumo de alimentos para os próximos meses deverá ser mais complexo com o valor menor do auxílio emergencial.

O estudo da Kantar mostra que o auxílio turbinou o consumo de itens básicos - não sós alimentos - nas regiões mais pobres do País. No Norte e Nordeste, o gasto médio das famílias que receberam o auxílio cresceu 9,1% ante 2019, enquanto aquelas que não receberam desembolsaram 2,1% a mais na mesma região.

Também a cesta de produtos perecíveis, que inclui carnes, verduras e frutas, foi a mais beneficiada pelo aumento da renda em 2020. O gasto médio de todos os brasileiros que receberam auxílio aumentou 16% com esses itens. Já os que não receberam destinaram 13% a mais.

Moradora da comunidade de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, Jaqueline Santos da Silva, de 25 anos e mãe de três filhos, com sete e três anos de idade e um bebê de cinco meses, contou que conseguia comer melhor na época que recebia o auxílio emergencial de R$ 600. "Comprava bolacha que as crianças pediam, fruta, linguiça, frango, salsicha", disse ela. Agora, voltou para o Bolsa Família, cujo benefício não chega R$ 300, e busca doações de cesta básica, mas até as doações ficaram mais difíceis. "Pego a marmita de doação no almoço e me viro na janta com o que tem." Na semana passada, Jaqueline tinha dois quilos de arroz, uma garrafa de óleo fechada, sal e feijão. "Acho que a semana que vem não tem mais nada."

Fome

Ainda não há dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) disponíveis sobre como andou a fome no Brasil em 2020, disse na semana passada ao Estadão Alícia Bárcena, secretária executiva da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), órgão das Nações Unidas. Mas, considerando as informações sobre a redução da pobreza extrema, que é medida também pelo acesso a uma cesta básica de alimentos, Alícia calcula que 8,6 milhões de brasileiros deixaram a pobreza extrema no ano passado por causa do Bolsa Família, do Benefício de Prestação Continuada e do auxílio emergencial. "O desafio é sustentar essas medidas para que, no futuro, essa contenção possa se manter", afirmou.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza a volta do auxílio foi aprovada no Senado na última quinta-feira e agora segue para Câmara do Deputados - a previsão é que a votação aconteça entre terça e quarta-feira.

O valor do benefício deve variar entre R$ 150 e R$ 375. É uma cifra inferior aos R$ 600 pagos inicialmente em 2020. O governo ainda pretende restringir o auxílio a uma pessoa por família, ao contrário da rodada de 2020.

A interrupção do pagamento do auxílio emergencial já bateu nas vendas dos supermercados neste início de ano. Em janeiro, a receita dos supermercados no Estado de São Paulo, o maior mercado do País, caiu 0,2% em relação a janeiro de 2020, segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Para fevereiro, a perspectiva é de queda real de 1% em relação ao mesmo mês do ano passado, prevê o economista da Apas, Thiago Berka.

A ausência do auxílio emergencial nos dois primeiros meses do ano, somada ao cenário de desemprego alto e à base mais forte de comparação do início de 2020, contribuíram para o recuo dos números. Há redes que registram este mês queda superior a 5% no valor médio das compras ante o final de 2020.

Outro sintoma do aperto é o aumento da procura por marcas mais baratas e também a redução das vendas de produtos de indulgência, como chocolates, bombons e salgadinhos. "Esses itens, hoje, já não fazem o mesmo sucesso nas lojas que atendem às classes C, D e E", diz Berka.

Fonte: O Dia Online - 07/03/2021 e SOS Consumidor

quinta-feira, 4 de março de 2021

7,3 milhões de pessoas receberam auxílio emergencial indevidamente, aponta TCU

 


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Segundo o Balanço da Fiscalização do Auxílio Emergencial, o prejuízo com a fraude pode chegar a R$ 54 bilhões

No momento em que o Congress o discute uma nova rodada de pagamentos de auxílio emergencial , o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que o benefício foi recebido indevidamente por pelo menos 7,3 milhões de pessoas. O prejuízo com a fraude pode chegar a R$ 54 bilhões. Os dados estão no Balanço da Fiscalização do Auxílio Emergencial.

Segundo o órgão, os pagamentos com irregularidades foram causados pela falta de uma base de dados completa desde o início, o que não impediu o recebimento por militares e servidores de estados e municípios . Além disso, houve dificuldade do governo em verificar mês a mês se o beneficiário permanecia sem renda formal.

Continua após a publicidade Em entrevista à Agência Senado , o coordenador-geral de Controle Externo da Área Econômica e das Contas Públicas do TCU, Tiago Medeiros, citou ainda que o "ponto fraco" do auxílio emergencial foi a autodeclaração de renda e composição familiar:

"Esse é um caso que não tem solução fácil. A solução seria obrigar o beneficiário a atualizar esses dados mensalmente ou garantir acesso a informações bancárias", afirmou ele.

Tiago Medeiros avaliou ainda que a Medida Provisória 1.000, que estendeu o pagamento do auxílio com parcelas reduzidas, no ano passado, conseguiu reduzir as falhas de controle de acesso ao programa.

"A MP atacou algumas falhas de elegibilidade ao programa, reduziu o número de cotas para cada família de três para duas, e aumentou o controle de verificação mensal de renda dos beneficiários. Para isso, os grandes gestores de dados, como Tribunal Superior Eleitoral, INSS, devem trabalhar juntos", diz Medeiros.

O coordenador-geral de Controle Externo da Área Econômica e das Contas Públicas do TCU observou que, embora tenham sido identificadas irregularidades, o programa conseguiu alcançar o público que eram os trabalhadores informais e sem renda.

Em dezembro do ano passado, cerca de 56 milhões de pessoas receberam parcelas do auxílio emergencial, criado para socorrer trabalhadores que perderam renda e o emprego durante a pandemia de Covid-19 .

"O auxílio foi tempestivo, foi eficaz no sentido de que alcançou o público alvo esperado. Mas não foi eficiente porque pagou muitos benefícios indevidos. Se tiver novo pagamento, é preciso garantir que o recurso chegue a quem precisa realmente. A preocupação será a de garantir que não sejam excluídas as pessoas que de fato precisam, e que não sejam incluídas as pessoas que não precisam, seja porque estão protegidas por emprego formal, ou pagamento de benefícios previdenciários ou assistenciais", acrescentou ele.

Se o benefício voltar com as mesmas regras e pagamento de R$ 250, a despesa mensal deve ficar próxima de R$ 15 bilhões, segundo o coordenador do TCU. Dependendo ainda das regras de elegibilidade, valor e quantidade de parcelas, a segunda fase do auxílio poderá ter custo total de R$ 60 bilhões, estima o órgão.

Fonte: IG Notícias - 03/03/2021 e SOS Consumidor

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

IR 2021: Beneficiários do auxílio emergencial precisam declarar e devolver benefício; confira as condições

 

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Se encaixam na decisão aqueles que receberam mais de R$ 22.847,76 de rendimentos tributáveis, no ano passado, além do dinheiro do auxílio

Rio - Os brasileiros que receberam o auxílio emergencial no ano passado deverão ficar atentos às novas regras de declaração do Imposto de Renda. Com as mudanças, os beneficiários que tiveram mais de R$ 22.847,76 de rendimentos tributáveis, em 2020, e receberam o auxílio precisarão fazer a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2021, além de precisar devolver o valor recebido ao Governo. O período de entrega da declaração começa na segunda-feira da próxima semana, dia 1º de março, a partir das 8h, e vai até o dia 30 de abril.

  

No caso do auxílio emergencial, tanto o auxílio cheio, de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras), e do auxílio emergencial extensão, de R$ 300 (R$ 600 para mães solteiras), terão de ser declarados por serem considerados rendimentos tributáveis de pessoa jurídica. Quem recebeu mais de R$ 22.847,76 de rendimentos tributáveis no ano passado e tiver sido contemplado com o auxílio emergencial deverá devolver os valores do benefício. O dinheiro recebido do benefício, porém, não entra no somatório da taxa de isenção. 

A devolução do auxílio emergencial está estabelecida pela Lei 13.982, de abril de 2020. Aqueles que se enquadrarem nas condições de devolução do benefício poderão imprimir um boleto no próprio programa do IR. Mais informações sobre como devolver os recursos podem ser obtidas na página do Ministério da Cidadania na internet.

A declaração no Imposto de Renda e a devolução do benefício vale tanto para o contribuinte principal como para os dependentes. Quem ganhou menos que R$ 22.847,76 em rendimentos tributáveis em 2020 e recebeu auxílio emergencial está isento da declaração do IRPF e não precisa se preocupar. Para quem não recebeu o auxílio, a faixa de isenção foi mantida em R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis no ano passado.  

FGTS   

O saque emergencial de R$ 1.045 do FGTS, autorizado como medida de alívio durante a pandemia de covid-19, também precisará ser declarado, como todos os saques do Fundo de Garantia. O dinheiro deverá ser informado no campo “Rendimentos isentos e não tributáveis”. Por se tratar de um rendimento isento, o FGTS não altera a base de cálculo do IR, mas o valor deve ser declarado para comprovar a origem dos recursos

Fonte: O Dia Online - 24/02/2021 e SOS Consumidor


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Oposição quer manter auxílio emergencial por mais 4 meses

 Governadores também insistirão na prorrogação do Estado de Calamidade



No primeiro dia útil de 2021, a oposição confirma a disposição de pressionar pela manutenção de gastos públicos emergenciais para socorrer a parcela mais pobre da população e trabalhadores informais que perderam sua renda por causa da pandemia de coronavírus. O líder da minoria na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT/CE), protocolou hoje projeto de lei que prevê a continuidade do pagamento do auxílio emergencial em seu valor cheio, de R$ 600, pelo menos até abril. Pelo texto, a primeira parcela já seria paga já em janeiro. 

Para o deputado, "o auxílio ganha ainda mais importância com o aumento desenfreado do desemprego, que já atinge 14,1 milhões de brasileiros". A despesa extra não está nos planos da equipe econômica, apesar de declarações desencontradas do ministro Paulo Guedes, no correr dos últimos meses do ano passado. O próprio presidente Bolsonaro sinalizou com o fim do auxílio, considerado um dos responsáveis pelo aprofundamento do desequilíbrio fiscal. A meta para o ano de 2021 é de déficit de R$ 247,1 bilhões. 

Governadores também insistirão em mecanismos que permitam a manutenção de gastos para o socorro às vítimas da pandemia. O grupo ligado ao Forum Nacional de governadores deve redobrar a pressão junto às suas bancadas parlamentares pela manutenção do Estado de Calamidade decretado em março deste 2020 e aprovado por unanimidade pelo Congresso.


R7 e Correio do Povo


Município de Bagé irá adotar cogestão para manter protocolos de bandeira vermelha


Boris Johnson confirma novo lockdown no Reino Unido com escalada da Covid-19