quinta-feira, 3 de abril de 2025

VIVA O 31 DE MARÇO DE 1964!

 

    Estamos a comemorar o 61° aniversário da Contrarrevolução de 31 de março de 1964!
  A respeito desse Movimento Cívico-Militar, que mais se afigura como uma contrarrevolução que descomunizou a Pátria amada, muito já foi dito. Desafortunadamente, certa imprensa venal e vendida vem denegrindo o relevante episódio histórico de forma altamente perniciosa. Assim, tenho lido que gente revanchista e impatriótica deseja que o Exército Brasileiro extinga a denominação histórica de "Brigada 31 de Março", concedida, em 7 de novembro de 1974, à 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, de Juiz de Fora (MG), de onde partiu o "Destacamento Tiradentes" (ao qual este escrevedor estava integrado) para a cidade do Rio de Janeiro, então estado da Guanabara, a fim de derrubar o governicho cripto-comunista de João Goulart, que lá se encontrava. A ação militar foi um dos maiores feitos recentes de nossas Forças Armadas, sendo o Exército o seu grande protagonista. E ainda no enaltecimento da Contrarrevolução, a Força Terrestre outorgou outras cinco augustas denominações históricas e os respectivos estandartes a Organizações Militares, alusivas aos presidentes da República do período revolucionário e ao general Lyra Tavares, membro da Junta Militar de 1969 (menos ao presidente João Figueiredo: nada em contrário a este ínclito militar; simplesmente não houve proposta para a concessão da honraria, o que acho, desde os meus tempos de chefe do CDocEx, que deveria ser reparado, para o enriquecimento do portentoso historial da Foça verde-oliva). Tais honorificências castrenses são constantes motivos de elevada vibração da parte dos militares do altaneiro, glorioso e invicto Exército Brasileiro e nunca, jamais, em tempo algum, podem ser questionadas ao vão e passageiro sabor da época atual, por motivos ideológicos e/ou por torpes e mesquinhas causas menores, eis que são verdadeiras questões fechadas, tótens, 'cláusulas pétreas', inegociáveis, no entender deste velhusco Soldado...
  A Contrarrevolução foi INEVITÁVEL, frise-se em letras versais. Quem viveu aqueles tempos bicudos bem sabe do que se passava no País. Mas, em contrapartida, houve manifestações espontâneas do povo, como as famosas "Marchas da Família com Deus e pela Liberdade", que inundaram de gente as principais capitais do Brasil. Acrescente-se que TODOS os governadores (à exceção de dois) aderiram à Revolução, testificando-se, destarte, que o Movimento foi de enorme abrangência e genuinamente brasileiro! E tem mais: o Congresso Nacional, em sua grande maioria, a Igreja Católica, entidades de classe, empresários, agremiações estudantis, universidades (como a Mackenzie, de São Paulo), pensadores, historiadores, intelectuais e jornalistas, como Pedro Calmon, Gilberto Freyre, Rachel de Queiroz, Augusto Frederico Schmidt e outros exultaram com a vitória da reação patriótica, inevitável, fazemos questão de frisar. A mídia nacional, à época, era esmagadoramente favorável à derrubada de João Goulart, devendo-se lembrar, entre outros meios de comunicação, os "Diários Associados", de Assis Chateaubriand; as revistas "O Cruzeiro"; "Manchete" (de Adolfo Bloch) e "Fatos e Fotos"; os jornais "O Globo";  "Tribuna da Imprensa"; "Correio da Manhã"; "O Estado de São Paulo"; "Folha de São Paulo"; "Estado de Minas"; "Jornal do Brasil; "Correio do Povo"; "Folha da Tarde"; "O Jornal" e tantos e tantos outros que deixo de mencionar para não cansar os leitores. É importante que cientistas sociais, políticos e historiadores de tomo resgatem os editorias desses veículos de comunicação, subsequentes ao dia 31 de março de 1964, o que se pode facilmente obter em face dos recursos atuais da internet. O notável e saudoso jurista Pontes de Miranda declarou: "As Forças Armadas violaram a Constituição para poder salvá-la". O renomado historiador Gustavo Barroso afirmou: "Todos nós passamos. O Brasil fica. Todos nós desaparecemos. O Brasil fica. E o Exército deve ser o guardião vigilante da eternidade do Brasil"! Sim, esses sacrossantos truísmos, perdão pela tautologia, são verdades verdadeiras e nos recordam de que a Exército de Caxias é essencialmente uma instituição conservadora! Porém, grupos minoritários covardes e revanchistas, vendilhões da Pátria, ensejaram e ainda ensejam erodir os pilares da autoridade, da hierarquia e da disciplina, no desejo da quebrar as nossas união e coesão, o que nunca, em tempo algum, conseguirão! "Fizemos ontem! Fazemos hoje! e Faremos sempre"!!
    Por derradeiro, urge repetir aos que proposital ou ingenuamente vêm alardeando que "o Exército de hoje é muito diferente do de ontem", um importantíssimo mote/"slogan", há tempos difundido: "Exército Brasileiro - Ontem, Hoje e Sempre, os mesmos Valores, Princípios e Ideais"!!
    Auguro que o Movimento Cívico-Militar de 1964 seja analisado de forma isenta, imparcial, olímpica, sem paixões e caprichos, do alto e à distância, posto que História é Verdade e Justiça!!
    Encerro estas singelas e sintéticas considerações com uma emblemática declaração do já saudoso general Gleuber Vieira: "A História não se apaga nem se reescreve"...
     Salve o 31 de março de 1964!!
    Coronel Reformado, de Infantaria e Estado-Maior, Manoel Soriano Neto

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