Ataque teria ocorrido no centro de Sanaã, território sob controle dos rebeldes do Iêmen desde 2014
Os rebeldes huthis do Iêmen afirmaram nesta segunda-feira (20) que vários bombardeios atribuídos aos Estados Unidos contra a capital, Sanaã, deixaram "12 mortos e 30 feridos", segundo um balanço do Ministério da Saúde, em um contexto de ataques americanos quase diários.
"Doze pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas pelos ataques do inimigo americano contra o mercado de Farwa e o bairro popular de mesmo nome", no centro de Sanaã, de acordo com um comunicado do Ministério da Saúde dos huthis citado pela agência de notícias oficial dos rebeldes, Saba. O comunicado acrescenta que se trata de um "balanço provisório".
Na sexta-feira, os huthis informaram sobre 80 pessoas mortas e 150 feridas após ataques noturnos dos Estados Unidos contra o porto petroleiro de Ras Isa, na costa do Mar Vermelho. Foi a investida mais mortal da campanha que Washington lançou há um mês para responder aos ataques marítimos contra navios mercantes e militares.
O porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas disse no sábado que Antonio Guterres estava "profundamente preocupado" com os ataques. Além dos bombardeios em Sanaã, sob controle dos huthis desde 2014, na noite de domingo foram registrados ataques aéreos nas províncias de Marib, Hodeida e Saada, segundo a agência Saba.
Os rebeldes começaram a atacar embarcações no Mar Vermelho e no Golfo de Aden em solidariedade aos palestinos após o início da guerra de Israel em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Em janeiro de 2024, teve início a resposta americana com ataques quase diários ordenados pelo governo do presidente Donald Trump.
Os ataques huthis a embarcações no Mar Vermelho, por onde normalmente passa cerca de 12% do comércio mundial, obrigaram muitas companhias de navegação a desviar para o extremo sul da África, com um custo adicional no transporte.
AFP e Correio do Povo
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