sábado, 12 de abril de 2025

Presidente da Comissão do IR prevê votação na Câmara em agosto

 Rubens destacou que não há urgência na análise do texto, uma vez que as mudanças só vão valer em 2026



O deputado Rubens Junior (PT-MA) classificou nesta sexta-feira, 11, o sistema tributário atual como um sistema “injusto, regressivo e burro”, sem “nenhum tipo de racionalidade”.

Presidente da Comissão Especial que vai discutir o projeto de lei que amplia a isenção do imposto de renda, Rubens frisou que é necessário "combater o modelo que faz tanto mal para a gente”.

Em evento em Harvard, o parlamentar afirmou que o projeto só deve ser votado no início do segundo semestre, entre agosto e setembro - como mostrou o Broadcast Político. Rubens destacou que não há uma “pressa urgentíssima” na análise do texto, uma vez que as mudanças só vão valer no ano que vem.

Segundo o deputado, o projeto enviado ao Congresso pelo governo Lula só vai ter sucesso se "cumprir a responsabilidade fiscal e a social”.

Rubens Junior destacou o caráter inédito do projeto, ponderando que “falar em tributação progressiva até um tempo atrás era um verdadeiro ato de comunismo”.

O PL prevê a taxação da alta renda como compensação à ampliação da isenção do IR. "Na nossa base, a contribuição de quem ganha mais foi mais comemorada do que a isenção, porque todo mundo sabe como é difícil cobrar um pouco mais de quem ganha muito no Brasil”, ponderou.

Rubens Júnior ponderou que o impacto fiscal do projeto é “zero” e que “não há risco de rombo nos cofres públicos”. Segundo o deputado, trata-se de uma mudança “que pode parecer pouco aos olhos de quem tem muito e é muito nas mãos de quem tem muito pouco”.

Ao criticar o atual sistema tributário do País, Rubens Júnior explicou que o mesmo “desconsidera a capacidade contributiva de cada um”. “Quem tem menos condição de pagar paga proporcionalmente ainda mais”, indicou.

O deputado ponderou que, entre as opções de tributar propriedade, renda e consumo, o País optou por tributar prioritariamente renda e consumo. “Isso é errado”, afirmou Rubens.

“E o sistema é burro porque o empresário honesto chega no final do ano e pergunta para o advogado dele: 'e aí paguei tudo?' E ninguém sabe dizer se pagou ou não. Porque é ininteligível e isso a gente tem que superar”, apontou.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário