Medida reduz o impacto de custo de vários produtos populares de alta tecnologia para os consumidores americanos
O governo de Donald Trump eliminou as tarifas sobre smartphones, computadores e outros dispositivos eletrônicos, reduzindo o impacto de custo de vários produtos populares de alta tecnologia para os consumidores americanos.
A medida, divulgada na sexta-feira à noite pela Alfândega e Proteção de Fronteiras, abrange vários produtos eletrônicos, como smartphones e componentes, que entram nos Estados Unidos vindos da China, agora sujeita a uma tarifa adicional de 145%.
Os semicondutores também foram excluídos de uma tarifa 'base' de 10% para a maioria dos parceiros comerciais.
A orientação vem depois que Trump impôs tarifas recíprocas de 125% sobre os produtos da China (além de outros 20% anunciados em fevereiro e março), uma medida que estava prestes a afetar empresas de tecnologia como a Apple, que fabrica iPhones e a maioria de seus outros produtos na China.
É o primeiro recuo de Trump que afeta as tarifas impostas à China. Na quarta-feira, 9, ele havia anunciado a suspensão por 90 dias das tarifas recíprocas para todos os países, exceto a China.
Apple, Nvidia, Dell e outras recebem isenção
Os importadores desses eletrônicos não enfrentarão mais as novas taxas, e a alíquota para produtos chineses foi reduzida para 20% para esses casos. As isenções abrangem US$ 385 bilhões em importações de 2024, o que representa 12% do total. Desses, US$ 100 bilhões são da China - 23% das importações dos EUA vindas de lá em 2024. Para esses eletrônicos, a taxa média de imposto caiu de 45% para 5% com essa nova regra.
A maior isenção global é para a categoria de importação que inclui PCs e servidores, com US$ 140 bilhões em importações em 2024 - 26% vindos da China.
As circunstâncias podem mudar novamente, mas essa mudança beneficia a líder em IA Nvidia, fabricantes de servidores como Dell, Hewlett Packard Enterprise e Super Micro, e fabricantes de PCs como Dell e HP. Segundo cálculos da Barrons, a taxa média de imposto nesse segmento caiu de 45% para 5%.
A maior categoria recém-isenta para produtos chineses são os smartphones, com US$ 41 bilhões em importações nos EUA em 2024, representando 81% de todas as importações de smartphones. Uma tarifa de 145% sobre isso equivaleria a US$ 60 bilhões, mas mesmo a nova taxa de 20% ainda representa US$ 8 bilhões.
A Apple monta seus dispositivos principalmente na China, além da Índia e do Vietnã. Se essas regras permanecerem em vigor, a maior beneficiária será a fabricante do iPhone, embora ela ainda enfrente uma tarifa de 20% sobre suas importações da China. A taxa média de imposto sobre importações de smartphones caiu de 119% para 16% no novo sistema, de acordo com os cálculos.
As isenções também destacam como a Casa Branca está escolhendo vencedores e perdedores nessa nascente guerra tarifária. Por exemplo, a indústria de vestuário, calçados e acessórios continuará enfrentando tarifas de 145% sobre importações chinesas, e de 20% de outros lugares. Sua taxa média de imposto permanece em 44%.
Com informações da Estadão Conteúdo
AFP e Correio do Povo
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