A IMPORTÂNCIA DO DISCERNIMENTO
Mais do que percebido, empresários, consumidores e governantes do mundo estão fazendo de tudo e mais um tanto para entender, compreender e, dentro do possível, tentar se defender das complicadas CONSEQUÊNCIAS do TARIFAÇO imposto pelo presidente Donald Trump. Diante do tamanho do fenômeno, até então nunca visto, o que mais prolifera por todos os cantos do mundo são os mais diversos comentários, análises e opiniões, onde raríssimos autores revelam boa e necessária capacidade de DISCERNIMENTO sobre o recorrente tema.
TEXTO KARINE MICHELIN
Pois, com o propósito de contribuir com o esclarecimento, publico abaixo o excelente texto produzido e bem discernido pela jornalista Karine Michelin, com o título -TRUMP ESTAVA CERTO: AS TARIFAS DOS EUA ESTÃO COLAPSANDO A CLASSE MÉDIA CHINESA-., que diz o seguinte:
A guerra comercial não acabou — ela apenas entrou em sua fase mais decisiva. Nesta quinta-feira,10 de abril, o ZeroHedge reportou que cerca de 200 mil empresas chinesas (um número subestimado, pois só abrange grandes cidades) vendem — ou melhor, vendiam — seus produtos na Amazon. Agora, com as tarifas impostas por Donald Trump, essas empresas estão AFUNDANDO. Estima-se que entre 20 a 100 milhões de chineses fiquem desempregados. A crise é brutal, e o impacto direto atinge o coração da chamada “classe média emergente” da China.
BALANÇA COMERCIAL É PODER GEOPOLÍTICO DISFARÇADO
Repito o que já disse há anos: balança comercial é poder geopolítico disfarçado. Quem tem déficit (como os EUA) gera empregos para quem tem superávit (como a China). Antes, os desempregados estavam em Ohio — como a família de J.D. Vance. Hoje, o desemprego se espalha por Xangai, Shenzhen e Guangzhou. E Xi Jinping está politicamente arruinado em casa.
REPOSICIONAMENTO DO OCIDENTE
Ser a favor das tarifas de Trump por um motivo simples: não há paz mundial possível com desequilíbrios comerciais permanentes. Um país com superávit crônico (como a China) e outro com déficit crônico (como os EUA) alimentam tensões explosivas. As tarifas, longe de serem agressivas, são um freio necessário à escalada imperialista de Pequim.
Ao impor barreiras comerciais à China, Trump não apenas protege a indústria americana. Ele obriga o Ocidente a se reposicionar: ou escolhem Trump e a reindustrialização, ou escolhem a China e a desindustrialização — ou seja, tornam-se depósitos humanos, como deseja a aliança globalista de Davos com Pequim.
O PRECEDENTE FOI CRIADO
O -milagre chinês- foi construído sobre dois pilares: exploração da mão de obra barata e consumo ocidental massivo. Se os EUA deixam de comprar, o castelo desaba. E é isso que estamos vendo agora: a China não tem clientes suficientes no resto do mundo para substituir os americanos.
Além disso, a baixa inflação global das últimas décadas, que enriqueceu desproporcionalmente as elites, foi sustentada pela China, que produzia tudo a custos irrisórios — às custas da liberdade e da dignidade de seu povo. Esse “truque” funciona até o momento em que o produtor fica tão forte que pode desafiar militarmente o comprador. A História ensina isso. Os EUA entenderam e agiram.
Diante do cerco econômico, Xi apelou para o que pode: pediu a venda de dólares, num ataque monetário que mostra o desespero do regime. Mas Trump pode reagir com um clique: cobrar a dívida de US$ 1 trilhão que a China tem com os EUA — mesma dívida que o Reino Unido já cobrou quando devolveu Hong Kong a Pequim. O precedente foi criado.
Pontocritico.com
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